A vossa que lê porque procura, a
que se aproxima pensando não ter corpo, projetando suas alegrias, angustias,
medos, como fosse a página que vai sendo escrita uma acomodação em equilíbrio,
um espelho onde se sente bela ou feia, alegre ou triste, contando história.
Tu se respeitas aquele que se
apresente da forma que esteja, de certo que sempre encontra amigos onde esteja,
respeito, constrói convivências e se for causa de crença, não nos deve dividir
pois cada um crê ou sabe, pensa que crê ou sabe, nem uma alma pode dizer-se
completa, em plenitude ate que este ponto alcance, e enquanto por aqui, por
justa vista podemos estar distantes.
Pode-se contar historia com
lastro na intimidade, é sempre assim que se conta o que se sabe sobre si, ou se
crê, já que por ser forte rebusca-se em ajustes oportunos, e o crescimento
evolutivo da consciência atenta a si, estabelece metas, aceitação das almas que
se lhe apresentem pedindo ou oferecendo préstimos, se aceitos, verdadeiros
quanto amparem, edifiquem, ofereçam renovada vista sobre antigos conceitos,
muda-se a historia a partir do presente dado.
Parece-nos muita vez que veio dos
filhos que nos são semelhantes, já que todos de mesma origem, cabe-nos nos
caminhos administrar nossos aprendizados mais importantes, não ficando
entretanto na expectação que nos sejam servidores as potestades condutoras da
humanidade, estas sugerem posturas e empreendimentos construtivos que nos cabe,
o caminho, grande parte das vezes, na área de construção intima é dependente da
convivência pacifica.
Quando entretemos outras com o
nosso histórico, na fala, na escrita, na vivencia ilustrando o que trazemos em
nós em ações edificantes, ajustamos no presente a continuidade de ser, e somos
almas melhoradas, já que as disposições construtivas ocupam nossa atenção, e
agimos por conceituações adquiridas.
Essas por sua vez são transmutadas
na presença muitas vezes de testemunhas invisíveis a nós que presenciam nossos
feitos bons e aqueles que reprovaríamos se nos olhássemos como fossem de outrem,
é assim que reagimos em nossos julgamentos inapropriados, repousando na incoerência
formamos juízos equivocados, cobranças daquilo que não fazem parte de nossos
procedimentos e com isso nosso histórico fica devedor em boas realizações que
nos felicitem mais a frente.
Rogamos muito inconscientes, nos
negando muita vez a ver no espelho o que estamos realizando no ser ali visto na
imagem refletida, pensamos que seja a melhor criatura deste mundo, enquanto os equívocos
povoam nossas ações diante de outras almas como a nossa, partimos para acertos
importantes quanto visualizemos neste reflexo a pessoa integral, com seus acertos
e desacertos, e estabelecendo limites razoáveis de compreensão para as intolerâncias
que ela tenha em seu histórico de convivência.
Estamos assim, relocando situações,
gerando imagens para reflexões diversas, nos quadros apresentados muita vez
estabelecendo racionalidade produtiva, influenciamos com renovadas propostas,
pois atentos a nós mesmos as realizamos rotineiramente em processo de transformação
interior continuada.
Fazemos assim na quantidade que
nos cabe como membros da criação divina em suas disposições providentes, tanto
que com nossa vontade ativa, quando visualizamos por elevação em nossa consciência
o quadro abrangente de nosso histórico, mais compreendemos os consequentes
retornos indesviáveis, mais realizamos no campo de nossos sentimentos que influenciam
nossas ações renovadas.
Há em nossa humanidade e vemos
isso entre os primitivos cristãos, muitos que debandam de ações benéficas a si,
prisioneiros que estão por próprio arbítrio das disposições transitórias, e
quanto os alertemos, se afastam incomodados como fosse nossa conceituação transmitida
repleta de equívocos.
Assim, oferecemos a vossa vista,
alguns quadros, pontos de energias que podem te tocar se permitires, e ver no
espelho a pessoa que fazes de ti mesmo. Nossa fala, sem tanta sabedoria, em
simplicidade por nossa vista, não visa outra coisa que trazer contribuição construtiva,
a obra individualizada não é de nossa competência, trazer nossas vivencias para
considerações isso é de origem em sentimento de profundo amor pela humanidade.
A escolha de estar aqui em
parceria é nossa, como quando o violinista pega o instrumento e segundo o seu
talento executa musica por vosso arbítrio diga a si o que te serve, se nada,
pode descartar deixando longe de vossa vista, de nossa parte amamos você por
isso nos apresentamos na forma escrita.
Autor espiritual
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Antonio Carlos Tardivelli