Que se diga, a conversação não se situa
Nem ao campo de compreensão segura
Ou por outra não confessada, mas ressentida.
Por elas se estabelece dualidades as mais amplas
Ou se confessa amor ou a sua ausência
No primeiro movimenta sentimento, no segundo a indiferença
Por certo que nos incomoda o silencio e o ruído alto incomoda
Quanto haja eloquência, sentimos mais vida nele que por
outra causa.
Quando na fala reconstruindo o ânimo abatido
Pode ser energia serena da dualidade amor de espirito
Posto que quem vive e ama é o espirito renascente
Nesta dualidade que não é questão de crença, pode ser para
alguns
É sequência de históricos de vida e morte tantas vezes a
perder a conta
Já que na dualidade em renascer, da água e do espirito o que
está dentro se realiza
O que é da essência vibra, em sua luz divina, trazendo
serenidade onde não existia
Já que compreensão eleva, a ignorância aprisiona no não saber
de si
De onde veio e quem concebeu a nossa estada por aqui, na
terra, sendo dela e dos céus.
Por estar sem palavras as rebusco, se de outra consciência não
está precisamente colocado
Pode ser da minha, que se angustia em minha busca
Pode ser de outra que deseja consolar servindo
Ser desejo do bem que, sem palavras pode ser existente
Entanto com elas se conta do feito, e se alguém presenciou e
serviu como alento
As palavras surgem dos sentimentos, não há como fugir delas,
das dualidades
Das presenças e ausências, dos que partiram e não são mais
vistos e dos que ficaram entristecidos.
Dos que choraram porque não riram? Dos que cantaram depois
silenciaram olhando para os ouvintes, esperando aplauso das multidões? Nem sempre,
apenas servindo com seu canto, entretendo alegrias onde antes a tristeza
dolorida era presente.
Enquanto lendo almas
como as nossas quando quanto do canto da alma era servido aos ouvidos, nas
energias postas em cada entonação, nas que retornaram pela janela das almas, o olhar
ali mais brilhante e ativo, noutro uma certa nostalgia pois o canto lembranças
trazia, e quando olhava para este quadro alguém ali não estava ouvindo o mesmo na
mesma leitura de alma pelo então cantor encantador.
Fazia falta a presença amiga, o compartilhar beleza que se
está na mesa da convivência amorosa, pois há quem canta para quem ouve e há
fala a ser dita para que diante de uma outra alma sejamos a nossa, com nossas
dualidades construtivas.
Experiencias passadas, na escrita de vida
Que se tornam palavras, que nos faltam as vezes...
Fique assim quanto não houver o que dizer, que o silencio
fale a partir da alma que sente
E se poeta ou escrevente, das almas tantas ou de si mesmo, que
tem tanto por dizer que diga com as letras
Se a fala for educativa que diga do que tenha e se pobre for
o ouvinte já lhe acrescenta
Tomando a minha como sua, que provemos vida como a temos, em
mesmo espirito de letra
Onde na dualidade que se apresenta, duas estações
dimensionais se unem em uma única presença, aqui se posta na letra uma verdade
a quem queira saber dela
Mas há quem não queira e não diga, há os que creem e não sabem,
há os que gostam de poesia e prosa, há o enfado em lê-las.
Em todo caso já que surgiram, havendo quem as leia não é
dualidade, já dois é mais que um e três mais que qualquer um´
Ate outro momento de almas, se em nossa dualidade, quiseres
assim
Uma outra alma frente a alma que se posta na letra e se
conta
Os sentimentos estão por sua conta, alegria, alegria é nosso
desejo
Assim seja
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Antonio Carlos Tardivelli