segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Sem palavras

 


Que se diga, a conversação não se situa

Nem ao campo de compreensão segura

Ou por outra não confessada, mas ressentida.

Por elas se estabelece dualidades as mais amplas

Ou se confessa amor ou a sua ausência

No primeiro movimenta sentimento, no segundo a indiferença

Por certo que nos incomoda o silencio e o ruído alto incomoda

Quanto haja eloquência, sentimos mais vida nele que por outra causa.

Quando na fala reconstruindo o ânimo abatido

Pode ser energia serena da dualidade amor de espirito

Posto que quem vive e ama é o espirito renascente

Nesta dualidade que não é questão de crença, pode ser para alguns

É sequência de históricos de vida e morte tantas vezes a perder a conta

Já que na dualidade em renascer, da água e do espirito o que está dentro se realiza

O que é da essência vibra, em sua luz divina, trazendo serenidade onde não existia

Já que compreensão eleva, a ignorância aprisiona no não saber de si

De onde veio e quem concebeu a nossa estada por aqui, na terra, sendo dela e dos céus.

Por estar sem palavras as rebusco, se de outra consciência não está precisamente colocado

Pode ser da minha, que se angustia em minha busca

Pode ser de outra que deseja consolar servindo

Ser desejo do bem que, sem palavras pode ser existente

Entanto com elas se conta do feito, e se alguém presenciou e serviu como alento

As palavras surgem dos sentimentos, não há como fugir delas, das dualidades

Das presenças e ausências, dos que partiram e não são mais vistos e dos que ficaram entristecidos.

Dos que choraram porque não riram? Dos que cantaram depois silenciaram olhando para os ouvintes, esperando aplauso das multidões? Nem sempre, apenas servindo com seu canto, entretendo alegrias onde antes a tristeza dolorida era presente.

Enquanto  lendo almas como as nossas quando quanto do canto da alma era servido aos ouvidos, nas energias postas em cada entonação, nas que retornaram pela janela das almas, o olhar ali mais brilhante e ativo, noutro uma certa nostalgia pois o canto lembranças trazia, e quando olhava para este quadro alguém ali não estava ouvindo o mesmo na mesma leitura de alma pelo então cantor encantador.

Fazia falta a presença amiga, o compartilhar beleza que se está na mesa da convivência amorosa, pois há quem canta para quem ouve e há fala a ser dita para que diante de uma outra alma sejamos a nossa, com nossas dualidades construtivas.

Experiencias passadas, na escrita de vida

Que se tornam palavras, que nos faltam as vezes...

Fique assim quanto não houver o que dizer, que o silencio fale a partir da alma que sente

E se poeta ou escrevente, das almas tantas ou de si mesmo, que tem tanto por dizer que diga com as letras

Se a fala for educativa que diga do que tenha e se pobre for o ouvinte já lhe acrescenta

Tomando a minha como sua, que provemos vida como a temos, em mesmo espirito de letra

Onde na dualidade que se apresenta, duas estações dimensionais se unem em uma única presença, aqui se posta na letra uma verdade a quem queira saber dela

Mas há quem não queira e não diga, há os que creem e não sabem, há os que gostam de poesia e prosa, há o enfado em lê-las.

Em todo caso já que surgiram, havendo quem as leia não é dualidade, já dois é mais que um e três mais que qualquer um´

Ate outro momento de almas, se em nossa dualidade, quiseres assim

Uma outra alma frente a alma que se posta na letra e se conta

Os sentimentos estão por sua conta, alegria, alegria é nosso desejo

Assim seja

 

 

 

 

 

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Antonio Carlos Tardivelli