Entre as almas viventes
Tantas há que sonham, noutras os
sonhos desvaneceram
Umas contam contos de verdade, noutras
da verdade se esqueceram
Há que bradam coléricas e as
silenciosas submissas as violências
Entre tantas, os fisiologistas, há
os que se opõe a verdade que liberta sem a matéria
Entre os que sonham e os que se
libertam há os indecisos e indiferentes os que não tem fé na vida.
Estes são aqueles sem ciência sobre si
mesmos.
Por outra, o mundo sobrevive no
ombro dos frágeis, porque os fortes se supõem com toda força, enquanto os frágeis
trabalham seus sonhos e realizam, os fortes pensam que possuem ate que lhes é
tirado o que pensam ter.
Claro que há os que dirão de nós
inconsistentes, não compreendem, não querem ser compreendidos, se calam diante do
espelho se negando a ver a alma diante deles refletida, chega a dar pena os que
vendo não veem, os que ouvindo não ouvem e assim não entendem o que está posto.
Ainda há as almas viventes que
creem apenas sem pensar, e se apegam as ilusões que criam, Deus é amor não punição,
estar punido é não ser amor, não estar amor é a punição auto imposta, é não configurar o amor em suas expressões
de vida, pois assim se perde o sonho, não se tem vida ou ela definha pouco a
pouco em desesperanças, que parecem castigo, mas não são, são efeitos das posturas que se escolhe
quando os sonhos se abandonam e se abandona creditando tudo a má sorte
É preciso aceitar os íntimos anseios
que como uma voz serena nos cobra o mais correto, somos nós as almas viventes, sujeitas
as naturais leis de qual nos criou, que colocamos obstáculos frente a nós
mesmos, e que somente nós podemos superar esses momentos, passar por eles, deixar-nos
marcar pela experiência, aceitar os contrários mesmo aqueles maledicentes, pois
a calma do amor espera sempre paciente, já que nos demoramos muitas vezes em
incompreensões porque será que cobramos o que não temos oferecido constantemente?
Será que existem umas almas
viventes privilegiadas na criação divina? E outras relegadas a infelicidade para
todo sempre, o único fogo que queima enquanto transforma o ser é a própria consciência,
se tardiamente se reconhece em seus equívocos sofre mais muito embora para quem
não sonhe com verdades mais profundas, e não veja nada mais além do corpo, sem
esperança porque o corpo morre, saiba agora mesmo que a verdade não procure,
que tens uma alma que não morre!
É vivente aqui e agora sempre,
sempre há de sonhar mesmo que não sonhe, sempre há de querer ver mesmo que não veja,
sua diretriz inscrita movimenta mesmo que prefira a inercia, seja pobre mas
nobre, seja rico e justo, seja humano e divino tudo pode e sabe que nem tudo
lhe convém, escolhe.
Escolhe no que ainda não seja o
ir na direção do anseio, a talhar na própria alma os caminhos de chegada onde o
sonho sublimado que em si já faz morada, mesmo que na inconsciência o movimenta
rumo a uma vitória certa sobre si mesmo.
Sim há os que preferem não pensar,
não ouvir a voz interna, não ansiar ser nobre, vendo não leem, lendo não compreendem
e não se importam, a estes so o tempo cura da ignorância optada no presente
Não há silencio na alma vivente que
perdure para sempre, o que há é consciência, e quando não mais puder ver seu
reflexo no espelho, terá diante de si a si mesmo, no que se torna, no que se faça,
no que se entenda.
É um caminho indesviável o auto
enfrentamento.
Namaste
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caso goste de alguma postagem do meu blog, fique a vontade para comentar, criticar, compartilhar
Antonio Carlos Tardivelli