Prefácio
O amor quando semeia.
Diferente quando colhe, oferece a dor alheia o melhor de sua
posse
Nada cobra por seus préstimos, anima sempre a graça de vida
que recebe
Companheiro inseparável nas palavras consola
Nunca julga, a si perdoa e corrige seus equívocos
Torna-se maior para que sirva mais corações com verdade que
liberte
Nele não há pecado ou dolo sempre espalha seus melhores perfumes
Objetiva a bondade, sacia-se na caridade, não escolhe cor ou
etnia
É no riso em criança, moderado na juventude na madureza
pleno!
Saindo ao campo cuida carinhoso dos que cultiva observante
desde a germinação
Rega com a constância da ternura já que, prevê a flor que
perfuma e encanta com sua beleza
Nasce dele a generosidade de alma no conto sereno da bondade
Tolera os deslizes alheios paciente faz sempre por germinar
a esperança
E se o campo é estéril e pedregoso quanto passe por ele
deixa na semeadura da constância tirando pedra a pedra da incompreensão, como
que planta ciente que o semeador foi outro em si e ressoa na alma que espalha
em todas as direções, ame o próprio amor que frutificará em abundância.
Não escolhe hora sempre é agora. Rogante suplica o que não sustenta,
pede o que não pode, jamais foge ao chamado dos deveres.
Ativo no abrigo do corpo, viaja pelo abstrato compondo vida
em ternuras infindáveis
Como fosse água viva recebida de fonte inesgotável dá tudo que
tem e quanto mais dá mais tem para oferecer.
Tem diante de si uma grande tela onde a paz impera, nada detém
seus passos, vive como a água saciando sedes, contorna os grandes obstáculos e
chegando aos prados forma lagos reluzentes chamando a si arvores frondosas e na
reunião dos seus efeitos preenche-se de gratidão
Sua linguagem serve a quem o queira, trata por ações equilibrando
almas, penetra nas sombras das inquietudes carregando como uma brisa cheia de
perfumes que agradam, asserenam e se espalham por toda parte
Se falta algo a isso que semeamos talvez seja a sua parte seja
o que nos falte
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli