Quando deixamos o campo das lamentações para um outro onde nosso espírito se aquieta, passamos a perceber os sons distintos de nossa alma, pois ela vibra no diapasão divino tal qual foi feita, e o que lamenta repetidas vezes sua pouca sorte, a prova difícil por qual passa, como fosse ele diferente dos demais que se lhe assemelham cria uma barreira temporária para as forças da alma, por própria escolha, situando-se em angústias de indefinível causa a se discernimento.
Entretanto, deixando a lamentação, a vista da alma passa a perceber o campo de belezas e harmoniosas condições que propiciam aquele que passa pelas provações ao seu espirito, ambiente adequado para a cura da alma nos negrumes fixados por próprio arbítrio em tempos passados, pois não existe na existência nada ligado a injustiça, cada um recolhe os efeitos de suas ações, assim a cura por demorada espera, necessita da resignação e da coragem, afrontando as condições íntimas inferiores que ainda detenha do passado, percebendo assim o seu entorno, sempre belo.
Reconhecido o mal interno que é produzido por escolha infeliz, e a oportunidade transformativa que a existência como imortal espírito lhe oferece, passa a sentir-se como no éden, ou semelhante a um hospital de almas, onde o lamento não faz morada, a revolta foi vencida pelo reconhecimento de si mesmo em jornada interminada, que somente se encerra quando o filho do senhor posto à vida, e o somos todos, entende que sua condição presente, se dificultosa, é fruto de suas escolhas infelizes, e longe de sentir que se sujeita a penas eternas, vislumbra desde a terra os campos floridos das esferas elevadas, cujo “destino” atribui a própria alma.
Consola-se no conhecimento adquirido, e percebe a justa medida do senhor da vida, que é em si amor supremo, sabedoria que conduz sua criação desde o ponto primeiro, e sabe por concluir em si, que esse amor é um ato de doação em tantos presentes educativos, e que o faz por diversos instrumentos, vez, por se meditar nas possibilidades suas adormecidas, onde despertando mesmo em parte, acessa condições presentes em esperança e encorajamento, Deus não pune, educa a transformação dos filhos, que se afastam das diretrizes de seu amor supremo, para colher novamente do fruto do bem e do mal, recebendo portanto as resultantes desta escolha.
A figuração de lugar paradisíaco, éden, onde o senhor afirma que sua criação respeite sua lei, “não comerás da árvore do bem e do mal”, as demais árvores frutíferas podes utilizar para que aprendas as lições em tempo certo, porém existe o ego, que ele sabe ser parte de sua criação, reconhece a limitação do discernimento e trata por educá-lo, chamando a necessidade da obediência como princípio, qual o espírito criado, pode formar-se para alcançar patamares sublimes, não percebes meu amigo, as escolhas na humanidade onde tantas questões egóicas predominam sobre o bom senso e o sentimento fraterno que deveria ocupar mais espaço do que ocupa atualmente?
Por essa razão, antecedendo sabiamente as escolhas infelizes das criaturas geradas pela perfeição suprema do senhor da vida, ele prepara diversas moradas, cada uma no seu grau vibracional específico, onde por virtudes se congreguem almas afins, e por sentimentos opressivos de igual forma, a justiça da separação que atualmente ocorre em vossa orbe ainda em grau tão primitivo, entre as flores e perfumes do jardim do éden, terrestre, o homem prefere o alimento do egoísmo gerando guerras, produto invariavelmente da escolha de colher e se alimentar do fruto do mal que provoca a si na sequência a partir daí ao seu semelhante, como fosse Eva em escolha infeliz oferecendo ao outro o rumo de sua escolha, em desobediência a lei gerada pelo perfeito pensar de Deus.
Queres compreender porque sofres atribui-se valores em virtudes que alcanças, e a falta delas junto a tantas oportunidades realizadas que são oferecidas dia a dia, o pobre que te bate à porta, como lázaro ao ambiente familiar abastado e feliz, aquele que trêmulo de frio só dispõe da indiferença pois no jardim do éden terrícola a preocupação do ego é voltada somente a si, e julga com dureza de coração, não percebendo muitas vezes que o senhor da vida manda anjos em farrapos, para tocar o coração endurecido.
A forma do educandário é segundo a natureza coletiva, na individual o trato é dado pela convivência, convivem fraternalmente os filhos que se importam com mais alguém além de si, não importa quem, ou como se vestem, ou com a cor da epiderme, se aplicam no amor que frutifica abundantemente fora do egoísmo que promove guerras. Como a perfeição divina, para que entendas um pouco, criou a partir de sua perfeição suprema, nos é lícito considerar, que a tempo justo, envia os transgressores ao educandário apropriado as vibrações da desobediência, porque afirmamos assim? Sinta para que entenda, que a misericórdia suprema, jamais condena a criatura a penas eternas, sim separa a tempo junto como o faz agora, na terra, os filhos ditosos em obediência, daqueles outros que semeiam a discórdia, a maldade, a crueldade em mundos condizentes com sua condição por escolhas arbitradas.
O fruto da árvore do bem e do mal está posta, ele repete desta árvore não comerás, e se acessas por entendimento a justa medida, vais perceber que a opção que ele oferece é da árvore de vida oferecida pelo sacrificial do Cristo, indicando o caminho a ser percorrido, o do amor que ama amar, e seus frutos são abundantes a partir do que afirma o senhor, eu sou a árvore, vós os galhos frutificantes, aquele que não der frutos segundo os ensinos que trato, almas adoentadas, será arrancado e lançado fora.
Fora onde? Vos revelo. As moradas mais primitivas que a vossa, para o reinicio de colheita obrigatória.
podes ainda escolher o caminho da obediência ou da transgressão, como o conhecimento de causa, pois o que colhes é segundo do que plantas, eis a justiça na sua perfeita expressão educativa.
Pax et lux
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Antonio Carlos Tardivelli