Da vida que passa todo conto é por experiências, nada há de improviso, embora isso em alguma circunstância nos pareça, há o renascer do sol e nos parece infinitamente, já que o corpo onde o espírito se faz presente, é trânsito bem curto, como uma breve viagem contando tempo, é entanto neste campo de renascimento do sol e do espírito, que se trata em um processo, nada de improviso, tudo como fosse agendado, a partir de um histórico do passado.
Se há instinto acirrado, sem que o sentimento o domine, as feras egoístas se apresentam configurando no presente um futuro nebuloso, visto que aquele que se deixe no instinto, não vê nada mais além da forma, ou do prazer onde se prenda, pensa que morre ao entardecer, o dia, sem reconhecer que no futuro, amanhã, o sol volta, porém vencido o estágio primário do instinto, o do sentimento se apresenta inquieto, sempre mais no compreender de si, ele provoca renovados anseios.
O anseio do sentimento que nos toca no primeiro movimento anseia ter algo que o complete, como sentisse que falta de algo, rebusca em si sem que haja encontro, percebe fora observante das lições do dia, começa aí a perceber que pode sentir em semelhança, se copiar os mesmos comportamentos, se aquieta, pacifica-se a um tanto em um canto observante, até o momento onde percebe outro que quer trazer em si, mas ainda não sinta, que tem a possibilidade de ser, nesta experiência foca no seguir em frente nunca desistente, operando perseverante valores que iluminam a certo ponto, outros sentimentos que vão surgindo atrelados ao anseio de ser completo.
Trava batalhas memoráveis no pouco, como que lhe fortalecendo as fibras íntimas nas experiências de vida, e vai percebendo que o que lhe basta é a existência, a vida transitória é um dos movimentos dela, como o sol da terra que anuncia noite e penetrando nessa, luz e sombra, compreende um pouco mais, que um nascer do sol não basta para todo aprendizado que seu ser anseia, pois vê na bondade com qual se expressa apenas um ponto construtivo de si entre muitos, se em toda uma vida for só bondade, de certo que ao deixar o dia como sol que se oculta, outro deseja para aumentar seu campo de conquistas.
A bondade desperta o desejo por nobreza no campo de oportunidades que se renovam, basta nascer o sol para o corpo transitório que a bondade não se oculta, procura mais e mais ser ao outro, e quando o faz adquire atitude generosa e essa que mais afasta do campo instintivo, onde este passa a se manifestar como intuição, prevê outros caminhos em novos sentimentos, da generosidade como efeito em si, como que alivia um peso, visto que os egóicos ensejos do so ter a si, compreende outra necessidade do sentimento generoso que é de ser fraterno.
Anuncia isso como algo prazeroso, pois o ser fraterno generoso na bondade manifesta traz atreladas outras necessidades que no primeiro momento lhe parecem estar fora, contudo, entretanto, porém, encontra dentro disposições inscritas, como que se amasse um tanto, embora a compreensão de amar ainda lhe seja embrionária, como tudo se conta história do que seja, nada posta ao acaso, como um encadeamento de fatos que traga por discernimento ou por outros, quando vê que para ser justa a palavra humanidade, ela não é composta de seres solitários, sim de muitos de ser junto!
Veja alma querida o que se conta de uma vida, quando mais nobreza insista, mais completude se fixa, mais bondade generosa , mais virtudes que se juntam, como que multiplicando frutos em uma árvore frondosa, onde os pássaros passam como a ser almas infantis no primeiro estágio, o homem aflito busca o conforto da sombra, a partitura musicada no canto dos pássaros, quem os ensinou a cantar se pergunta, obra do acaso? da necessidade de cantar ou de falar, porque o humano pode cantar como os pássaros melodias magistrais, quando no campo de suas experiências passa pelo abrigo amigo aconchegando de outra alma instruída em seus valores virtuosos.
O sol nasceu mais uma vez na repetição do presente, quando se conte em anos todos os dias, todos eles nos parecem não bastar para a composição de amar, porém, quando se entra neste campo, já tendo frutificado um tanto no campo de experiências virtuosas, a vista clareia, e vemos que o nascer e o renascer é lei de vida, nunca cessa, nunca para, como o sol em todos os nossos dias.
Existir pois é um valor que transcende a uma vida, “uma vida uma experiência, uma morte um sopro renovador” * (citação introdutória retirada do livro nosso lar)
pax et lux
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Antonio Carlos Tardivelli