quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Som das almas

 


quem se lê, há quem de si se canse, não se conclua, indiferente a propria sorte, nos dirigimos aos que se amam.

Quanto pareça enquanto no corpo que as almas estejam silenciosas, muito se redescobre “ouvindo” a sua própria, aquela que vibra no diapasão de sua história, constituída pela vontade divina e esta lhe oferece  a  livre escolha, pois o pai que é eterno e ao mesmo tempo respeitoso em sua ternura, permite que suas criaturas acessem por livre escolha, o distanciamento dele ou ficar a sua proximidade.

A distância prevalece o instinto exacerbado, constituído pelo egoísmo e suas  nuances sombrias, se queres ter por análise o que seja ser egóico, observe as almas que acumulam bens materiais nas sombras do eu tenho, do eu posso, presas das próprias ilusões que as limitam o ser, de certo que podem escolher estar distantes, quando somente focam em si querendo o domínio do outro, como esse fosse seu servo ou escravo,

onde ter passa a ser sinônimo ou nuance de ser egóico. 


A proximidade indica caminho de solidariedade, junto a alguma dor maior que a nossa, como se víssemos o mestre que nos indica direção nas nuances de amar, no rosto do outro, naquele que vemos no espelho, nosso proximo mais proximo, ao qual devemos dedicação e amor em suas nuances, do que seja amar, sempre rebuscando o entendimento mais preciso, aquele que somos, quando tolerantes e prestativos, na paciência e compreensão, de nós mesmos, aceitando as nossas semelhanças com os outros.


A proximidade do senhor nos traz lucidez e clareza em nossos propósitos, na origem nossa, quando somos sopros tornados espíritos há em nossa intimidade a compreensão de que temos tudo em nós mesmos em um infinito potencial que  por dever individualizado necessitados que somos do justo despertamento, e esse despertar nos conduz o Cristo encarnado, como “salvação” para nossas almas, onde nos indica o caminho para estarmos próximos, alertando que a jornada nada tem de injusta ou colocada como obra do acaso, na perfeita criação de Deus, o acaso não existe.


Em tudo há movimento, desde o mais pequeno, a estrela maior do firmamento, vista ou a distância que o homem mesura, onde anos luz pela conta presente, sabe por entender, que o sol que ilumina a terra está longe de ser a maior estrela, veja amada alma, que no caminho do conhecimento reunimos os saberes ao longo da trajetória, vemos de forma diferente os mesmos fatos os mesmos atos quanto mais lúcidos e sábios, passamos a escolher estar a proximidade de entendimento do que nos dando livre escolha, o senhor determina o que seja feito nosso, por dever, por obediência, por escolha arbitrada em harmonia com sua soberana vontade.


De certo que sonorizamos nossa alma em cânticos de louvores na perfeita adoração quando amamos nas nuances de amar, quem ele nos coloque em nossa trajetória, única, porque de fato por estarmos criação divina, no universo inteiro não existe outra alma como a nossa, a não ser em nossas semelhanças, onde mais próximas escolhemos amar, mais distantes escolhemos as sombras do egoísmo sufocante , que nos aprisiona por lei justa de causa e efeito as nossas obras em nós mesmos.


A graça da salvação então está na soma de nossas escolhas, em seus efeitos que nos elevam ou nos deixam rastejantes nos instintos mais primitivos, nos distanciado da posse de nós mesmos, escolhendo no imenso jardim terreno, o fruto proibido, o mal praticado por nefastas ações, repetindo as equivocadas que nos distanciam, nos qualificando somente para sermos expulsos do lar escola, que podemos chamar toda terra, o éden, a nosso bem, tomar a cruz e seguir o condutor divino que nos foi enviado pelo pai, é pois nos colocar a sua proximidade por escolha nossa, nos detalhes da vida.


Naquele momento de nossa história quando estando diante do nosso semelhante, lúcidos e amorosos mais amamos, aceitando o outro como ele esteja, porque o que ele é sem dúvida como nós todos o somos, para  construção divina, então deixemos os movimentos separativos onde situamos pela epiderme ou outro equívoco que o outro não se assemelha a nós, que ele tem sombras, quando estas identificamos não necessitaríamos de acender a nossa e colocar no candeeiro para que ilumine todo cômodo que estamos, ao qual chamamos de momento de convivência?


Pensemos nos sons dos nossos pensamentos, na forma como nos expressamos, de que forma nos aceitamos, se nos comprometemos na obediência ou afirmando “eu não posso”, desobedecendo o pai que está em nós, negligenciando assim primitivamente, nossa necessidade de sublimar nossos instintos e apegos, para estar em Deus, viver a existência que nos oferece nos instrumentalizado bem antes dos presentes que nos oferece para que sejamos ativos participantes de sua obra divina em nós mesmos.


Cantemos louvores também em nosso silêncio, recolhidos no quarto escuro em profunda conversação com ele, nos sentindo diante dele, ele nos ama, nos instrui a nos conhecermos, em todas as potencialidades que determinou que tenhamos desde o nosso surgimento, sejamos dóceis a esse som de alma em nós mesmos, pois todos nós somos parte da criação divina, isso também o Cristo nos alerta para que saibamos que o Pai é nosso.


Namastê.


Nossa assinatura é essa, somos filhos de Deus de todos os tempos, renascidos da água e do espírito, caminho inevitável para penetrarmos no reino do senhor, que se encontra em nós mesmos, temos portanto todas as nominações que queiram nos atribuir dentro do espírito de verdade. Nomes oferecidos por nós mesmos, relativizaria a uma existência corpórea, vida, espírito possui desde o sopro divino, a imortalidade, portanto instrumento muito amado, nosso nome não importa…

Nossa obra em nós mesmos sim, avalie a proximidade do pai que nos anima com justo discernimento.


pax et lux

 



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Antonio Carlos Tardivelli