No teste de amar que se envolvas, pense no princípio do amor, ponderando sobre seu surgimento.
Hás de concluir um amor eterno, que foi antes de ti, por mais longevidade que tenhas na presença fisica.
precedeu sua existência e por ser amor em amar te educa.
Dizendo-te da necessidade de estar nele.
O encanto de amar, não se confina em letra sem que esta tenha espírito
porque é ele o espírito, que movimenta o sentido de ser amor
Oferecendo a vida tudo quanto entenda,
e mesmo que pouco entenda de sua origem, ama por estar em sua íntima natureza .
Dirão, benditos os corações receptivos para receber e dar,
posto que amar implica em primeiro ser amado aprendendo com ele a ser amar que entenda
E ser, foge do alcance das palavras descritivas, porque precisaria de todas elas
não haveria tela ou folha suficiente, nem que todos os gigas fossem disponíveis.
È um mundo fantástico onde o dinamismo se apresenta, no universalismo que implica
Em dar de si sem aguardar retorno, porque amar sendo doação de si,
quando mais se doa, mais se escreve de amar em atos, comportamentos, pensamentos
Que por vezes tomados pelo verso se confina um tanto em instante o que é eterno.
Rumar nesta jornada infinita, é sempre prazerosa e aflitiva
para ser prazer é preciso estar em ser, por ser aflitiva há uma força que quer ser mais ainda.
Visitar o desabrigo com o cobertor ou a veste que agasalhe, o alimento que alimenta
E quando não se tem o suficiente a si, amar basta o que amar ensina.
Basta ao homem em trânsito pensar-se amor eterno,
desde seu princípio quando bruto, pensa ser o útero, foi antes dele, espírito
Nada a temer de pensar na origem, Deus, pois ele é o supremo amor
que lapida o bruto por mais bruto que este esteja, vendo nele o anjo que constantemente cria
Permitindo que este cante, seja poema, trova, verso, ou apenas viva seu presente
Como quem permite ao ser que pensa, pensar no que sente, sentir no que se faz ser gente
E uma vez sentindo-se, ser presente, que se doa, que perdoa, que se ama
De amar se aprende, amando a si no outro, como lei de vida em si inscrita
Constata nos versos o que em si se encontra em semelhança ativa,
pois o poema nada mais é, que o descritivo de tua alma que se encanta dele,
com aquele momento que o amor sentiste, e a ele por amar-se, dedicou seu tempo
e neste pensamento que rumas ao infinito, dele mesmo entendendo pouco agora, sobre si mesmo
muito além, no entanto, segue o fluxo de vida de amor gerado em ti, quando Deus diz que seja assim.
Se não crês no amor e o que ele pode veja, sentindo o que em ti encontra
não és indiferente frente a conflitos bélicos, a morticínios insanos,
deixando a vida para a morte, e ela insistira consigo por perfeição do supremo amor
que este te segreda somente a ti: Meu amor nunca termina
E descobres no verso que te confias, que amor de Deus é sempre, logo em ti não morre
Posto que de ti, em ti, rumas ao infinito
Pax et lux
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Antonio Carlos Tardivelli