Como quem se liberta, de um peso angustiante, qual perdoa esvazia-se, de mágoa e ressentimento, ocupa-se a repensar seus conceitos, aceitando o outro como a si se aceita, vez que nesta orbe escola, onde antigos inimigos se confrontam, perdoar é libertar-se, deixando que o outro siga, é confinar no próprio sentimento, a leveza de espírito e, com ela a alegria que não há quem tire.
Por ser leveza quem perdoa ama e viaja pelo celeste caminho, já que não mais traz em si nem um mais lampejo primitivo, sublimou-se e por essa razão onde todo sentimento confronta, tem seu mental abstrato mais profundo compreendendo a verdade da vida, perdoar é a parte divina do ser e o não perdão é a corrente onde o ego aprisiona, no orgulho, na vaidade, na intemperança.
Demonstrar os quadros em cada parágrafo é ser previdente, quem lê entende, pois trata de sua alma em semelhança, não há medicação mais eficaz para tratar a mágoa do que o olhar profundamente a si e avaliar com compreensão, onde o outro está agora a nossa frente, foi um caminho já percorrido por nós em semelhante estágio de incompreensão. Em nosso sentimento, e se já atingida a compreensão que de igual forma passamos pelas mesmas lições de vida, passamos pelos caminhos de amar perdoando setenta vezes sete vezes a mesma falta.
Há uma condicionante divina em nossa alma, esperando que a movimentemos em direção precisa, de dentro para fora como contribuição nossa para que a harmonia do amor se instale, ao aluno, nesta passagem por uma viagem mais ou menos longa em um corpo físico repassamos as lições, basta observar nosso dia a dia para que essa convicção se firme. Diante de nós a situação que nos obriga a olhar para dentro e identificar o que nos angustia, há falta de perdão?pouco amar de fato? o que nos aprisiona, o que nos liberta?
Assim, um a um os quadros são repassados a nossa vista, junto aqueles que amamos um tanto ou aqueles cujo dever de amar se pronuncia repetidas vezes, e nominamos adversários ou inimigos, nos obrigando por lei eterna a repensar nossos sentimentos mais ocultos, como que muita vezes diante de nós mesmos nos desnudando com coragem, pois é necessária para o auto enfrentamento, logramos mudanças importantes que nos trazem ao patamar de mais amar, mais compreender, onde mais lúcidos acessamos a capacidade de perdoar toda ofensa.
Do ponto de vista de nossa criação pelo senhor da vida, já somos seres amor na nossa essência, mas como ele nos coloca a vida para o exercício de amar para que seja conquista por nosso arbítrio, pensar nas oportunidades de vida como elementos instrutivos ao nosso espírito nos eleva da condição primitiva para um caminhar sublimando nosso sentimento, o primeiro passo, o mais primitivo é perdoar, depois dele compreendemos intimamente o que seja amar por fato e por direito de nossa origem.
É pois encontrando amar que não nos sentimos mais na necessidade de perdoar nossos semelhantes, pois já resolvemos isso intimamente amando incondicionalmente, sabemos que as respostas são individualizadas, uns demoram mais nos caminhos das provas, outros menos, porque o que mais pesa para nos libertar ou nos aprisionar nas angústias ou na liberdade que nos oferecem as escolhas que fazemos, é a coragem para o auto enfrentamento, não nos esquecendo do auto perdão como princípio para seguir em frente, não repetindo as ofensas nossas ao outro.
O perdão é assim expressão mais pura de nossa origem que é Deus, quando não exercitado o amor a ele, a nós mesmos e ao nosso semelhante, pensamos que ele está distante de nós porém, por vista justa, nós é que ignoramos muitas vezes nossa origem que é divina, que não vos confundam nossos parágrafos, cada um deles tem um histórico de vida, que pode encontrar em si semelhanças.
pax et lux
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Antonio Carlos Tardivelli