quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Espirito e a forma

 


  1. Ser espírito é tarefa que não termina, deixa as aflições do corpo por ser transito, entra na condição de origem, e o campo das experiências se amplia, não rumo a ser notado como sumidade em sabedoria, sim como fazer uso que já se tenha como conquista, no plano divino, que eterniza a obra desde o princípio inteligente que interage com seus semelhantes.


  1. Sempre haverá muito a dizer pelos instrumentos a ele oferecido, ora pela fala, ora pela escrita, quando fala a si e ao outro, quanto se edifica em sentimentos nobres, enquanto busca no campo que lhe é próprio avançar significativamente, se nas artes, o talento surge de semente, como quem se rebusca superando-se, pois existe no ser o ilimitado, ir é opção do espírito em escolha por livre arbítrio.


  1. Existem anseios que se tornam reais atos diante da vida, o início é na vontade que se torna busca, aos poucos vai amadurecendo o anseio, se tornando sonho, e no sonho alinham-se os propósitos quais se alcança em perseverança, uma jornada para dentro onde se redescobre ser a todo momento e ao mesmo tempo para fora na realização.


  1. Uns de somente desejo, mas ele se torna anseio, deste para o sonho objeto do primeiro, como que estabelecendo metas alcançáveis, validando dentro, educando o discernimento, sobre o que seja vida no tempo que se conta, e noutro a perder de vista, séculos afora. Sim, nossa fala é sempre de eterna vida, como o riacho que nasce da fonte e junto a outros se tornam ao mar juntos.


  1. Ir e vir repetindo experiências, como se não acertando em tudo, revíssemos os próprios desacertos e nos entregassemos na sublime experimentação de existir, repetindo as lições, o sonho que é anseio nobre, o ato de seguir em frente, como se preparando a gente uma força em nós oculta, chega o momento, e a estada se  bifurca, pois escolhemos estar como nós estamos, apenas sonhadores que caminham, rumo a realização dos anseios.


  1. Na letra que surge onde nos reconhecemos limitados, temerosos, porém, determinados a vencer todo obstáculo que mesmo em nós se apresentem complicados, isso nos anima a seguir em frente sempre que um empecilho nos barre temporariamente, pois ser espírito é sempre, somente o sonho passa para tomar-se no caminho realizativo, onde o tempo passa porém nós ja seremos outros.


  1. Outros sonhos que se tornarão atos, como quem faz prece e trata de trabalhar sentimentos conflitantes, em semelhança a uma batalha intensa em nós mesmos, de um ponto de partida, que não mais somos, para este aqui e agora, onde nos reencontramos, sonhando, pintando quadros íntimos que é como fazer história, auto construindo  futuro agora.


  1. Nada como salvar-se de forma imerita, ou imediata, sonhar sem ansiar retomar a lida do anseio, é morte em vida, porque todo ponto de partida prevê em si mesmo ponto de auto encontro, e toda vez que me acho, vejo que posso mais agora do que antes, tenho renovados anseios e sonhos conflitantes, posto que meu espírito não se cansa mesmo com o definhar do corpo que a ele abriga


  1. Meu espírito é o que sonha e realiza, o corpo é instrumento da escrita, mas o que é a palavra sem a força da fonte que é espírito, não se forma, não faz sentido, nada se alcança, nada sonha, nada anseia, como um não ser, apesar de ver, apesar de ouvir, sentir, querer, não sabe porque quer, porque sente, porque ouve, porque pensa até que chega a um grau de inconformação como o que esteja e aceite transmutar-se..


  1. Natural ensejo quando se reconhece uma multidão de testemunhas, por nossos atos pensamentos, vezes misturados nas semelhanças, vezes anseios e sonhos juntos, na antevisão de somente espírito, mesmo que na forma, onde se aprisiona para medir o quanto esteja livre, do pesar, da indiferença, dos medos que paralisam nas inconsequências destes, para o fato de seguir como se soubesse onde ir.


namaste


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Antonio Carlos Tardivelli