terça-feira, 19 de setembro de 2017

Se gosta de poesia leia


Se não,não  leia, não sinta, não desejes o desejo.

Por intimidade
Quando se ama não se mede o quanto se sente
E no dar-se se por caminho se eleva, as quimeras são tropeços
Que o perdão agasalha, aconchega porque amor sem perdão talvez amor não seja

Nesta intimidade, do perdão, também não há medidas

Ou existe aconchego ou a distância não termina
Se há entanto ocorre a intimidade da companhia de estar dentro
De estar no sorriso na alegria no contato de almas e corpos que se alucinam

É intimidade, verdade, anseio da alma porque junto se completam separados só a solidão vive

Por consolo que hoje tenha se não me  perco no amor que sinto  que não amo
Porque meu sentimento é um mar de emoções e de desejos
E já que é eterna a lida porque não amar mais a partir deste momento? 

Se é tão prazerosa essa intimidade comigo mesmo porque ser menos que tudo?

Intimamente te aconchego só que não sabes o que não revelo do que trago
Tenho-te dentro e quando me baste é todo meu desejo e quando me falte deliro que te quero mais!
Só o intimo aconchego pode saciar-me até que desejo me tome de novo e seja novo

Já que na intimidade do que sinto não existe porto existe infinito

Existe teu rosto diante de mim como um espelho onde me vejo quase me torturo de desejo
Quase não existo quando tão distante que não sinta o cheiro
Que não tenha o toque do brilho do olhar matreiro

Daquele pelo canto do olhar que confessa que me quer por inteiro

Vezes nem se apercebe a musa deste meu tormento de querer um tanto de tudo
E cada tanto que seja imenso que seja mais desejo que seja vórtice de luz e sombra
Porque nada menos que tudo é o que eu quero em intimo aconchego

E se perdão for cura não me perdoe ainda me mantenha cativo aconchegado

Desejoso por mais ternura de um afago que só minha alma sente sendo tua
E já que moras dentro não queiras que te liberte ainda, porque pela  eternidade ficaras cativa
Meu desejo é sempre porque meu querer é tudo, nem um fio do teu cabelo menos

Nem um brilho de olhar a outro nem um cheiro teu solto ao vento

Nem um único lampejo de desejo que não seja ter a mim como te tenho
E se poeta não tem discernimento só loucura neste eu intimo anseio vez que parto volto
Vez que sigo te encontro num caminho ascensivo

E por desejo ainda me cobro que ainda não tenho a plenitude

Então voltado para mim te encontro escondida em desejo ainda
Já que me tens talvez em puro contato com a natureza de estar presente não enquanto seja
Mas enquanto queiras num querer pequeno que não basta ao meu desejo

Então já que não me basta o pouco e me traga tão pequeno

Que eu apenas me baste em minha companhia já que só, te levo
Sem que seja desejo perto e então me inclua por delírio em poesia tua
E quem me veja se apiede porque quem conta um conto acrescenta conto

E quem ama acrescenta amor mesmo quando parte

Mesmo quando saudade leve ou pese por tortura
Por loucura por desejo da intimidade de um beijo
Já que levo dentro sonho já que tenho em sonho

Eis o que deliro

Me perdoe pelo amor que sinto já que sou amor que posso e como não aceito menos que tudo só sou inconformismo saudade loucura desejo dou-me inteiro

Mas e se? Tocar-te minha loucura pelo verso de minha intimidade e tomar as palavras como tuas?
Ah finalmente minha alma estará na tua e meu verso estará vivo como teu por fato e juntos em nossa intimidade seremos cada luminoso presente que nos queira em vida

E já que é eterna que seja assim também em intimo encontro

Mesmo que sejamos dois loucos! Dois alucinados por desejos desencontrados onde só exista o loucos de estar perto porque longe saudade fere solidão entristece não existe nascer do sol só existe a noite escura mesmo pontilhada de estrelas parece loucura porque algo aquece dentro e quer o sol da manhã que seja dentro!

E ao olhar o brilho do teu olhar que seja encontro de almas em intima doação de tudo
Porque nada menos em felicidade pode ser desejo
Se tudo não dou, se tudo não recebo.






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Antonio Carlos Tardivelli