Se não,não leia, não sinta, não desejes o desejo.
Por intimidade
Quando se ama não se mede o quanto se sente
E no dar-se se por caminho se eleva, as quimeras são tropeços
Que o perdão agasalha, aconchega porque amor sem perdão
talvez amor não seja
Nesta intimidade, do perdão, também não há medidas
Ou existe aconchego ou a distância não termina
Se há entanto ocorre a intimidade da companhia de
estar dentro
De estar no sorriso na alegria no contato de almas e corpos
que se alucinam
É intimidade, verdade, anseio da alma porque junto se
completam separados só a solidão vive
Por consolo que hoje tenha se não me perco no amor que sinto que não
amo
Porque meu sentimento é um mar de emoções e de desejos
E já que é eterna a lida porque não amar mais a partir deste
momento?
Se é tão prazerosa essa intimidade comigo mesmo porque ser
menos que tudo?
Intimamente te aconchego só que não sabes o que não revelo
do que trago
Tenho-te dentro e quando me baste é todo meu desejo e quando
me falte deliro que te quero mais!
Só o intimo aconchego pode saciar-me até que desejo me tome
de novo e seja novo
Já que na intimidade do que sinto não existe porto existe
infinito
Existe teu rosto diante de mim como um espelho onde me vejo
quase me torturo de desejo
Quase não existo quando tão distante que não sinta o cheiro
Que não tenha o toque do brilho do olhar matreiro
Daquele pelo canto do olhar que confessa que me quer por
inteiro
Vezes nem se apercebe a musa deste meu tormento de querer um
tanto de tudo
E cada tanto que seja imenso que seja mais desejo que seja vórtice
de luz e sombra
Porque nada menos que tudo é o que eu quero em intimo
aconchego
E se perdão for cura não me perdoe ainda me mantenha cativo
aconchegado
Desejoso por mais ternura de um afago que só minha alma
sente sendo tua
E já que moras dentro não queiras que te liberte ainda, porque pela eternidade ficaras cativa
Meu desejo é sempre porque meu querer é tudo, nem um fio do
teu cabelo menos
Nem um brilho de olhar a outro nem um cheiro teu solto ao
vento
Nem um único lampejo de desejo que não seja ter a mim como
te tenho
E se poeta não tem discernimento só loucura neste eu intimo anseio vez
que parto volto
Vez que sigo te encontro num caminho ascensivo
E por desejo ainda me cobro que ainda não tenho a plenitude
Então voltado para mim te encontro escondida em desejo ainda
Já que me tens talvez em puro contato com a natureza de
estar presente não enquanto seja
Mas enquanto queiras num querer pequeno que não basta ao meu
desejo
Então já que não me basta o pouco e me traga tão pequeno
Que eu apenas me baste em minha companhia já que só, te levo
Sem que seja desejo perto e então me inclua por delírio em
poesia tua
E quem me veja se apiede porque quem conta um conto
acrescenta conto
E quem ama acrescenta amor mesmo quando parte
Mesmo quando saudade leve ou pese por tortura
Por loucura por desejo da intimidade de um beijo
Já que levo dentro sonho já que tenho em sonho
Eis o que deliro
Me perdoe pelo amor que sinto já que sou amor que posso e
como não aceito menos que tudo só sou inconformismo saudade loucura desejo dou-me inteiro
Mas e se? Tocar-te minha loucura pelo verso de minha
intimidade e tomar as palavras como tuas?
Ah finalmente minha alma estará na tua e meu verso estará vivo
como teu por fato e juntos em nossa intimidade seremos cada luminoso presente
que nos queira em vida
E já que é eterna que seja assim também em intimo encontro
Mesmo que sejamos dois loucos! Dois alucinados por desejos
desencontrados onde só exista o loucos de estar perto porque longe saudade fere
solidão entristece não existe nascer do sol só existe a noite escura mesmo
pontilhada de estrelas parece loucura porque algo aquece dentro e quer o sol da
manhã que seja dentro!
E ao olhar o brilho do teu olhar que seja encontro de almas
em intima doação de tudo
Porque nada menos em felicidade pode ser desejo
Se tudo não dou, se tudo não recebo.
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Antonio Carlos Tardivelli