Não importa que não creias pense já
que pensas
Se tivesse diante de si a
possibilidade de planejar duzentos anos de sua existência
Como desejaria atuar só que, tendo
em vista que não há valores materiais para disputas
O teu alimento seria só o ar que
respiras, seria como se respirasses indo por toda parte
Pela diretiva do teu pensamento,
o que construirias a ti mesmo, já que só podendo levar o que és no trato de tuas escolhas.f
Por certo se em bases egoicas a
resposta racional, seria quero ser feliz duzentos anos! Quero amar os que amo
por esse tempo e ter gozo todo momento de companhias prazerosas
Vez nos confundimos nos prazeres
dos saberes, sintam que amar os que amas é ação de energias de ti mesmo, na construção
de relações entre seres semelhantes, não iguais, portanto se teu querer é
egoico queres a ti sem muita vez considerar o que quer o outro. e talvez seja se desperto ser apenas um ser modificado melhor situado em ser ele mesmo.
Seriam duzentos anos de
aprisionamento, no que pensar ser dentro do que realmente constróis. Se transcenda,
entretanto, olharas para ti mesmo onde te enganas e durante duzentos anos
provavelmente tua dedicação ofereceria frutos em ti mesmo.
Ao discernir do ponto que estejas
para duzentos anos mais à frente se caminhas resoluto é certo que virtudes
retenhas no correr da jornada e que lá na frente em tua estada sejas outro, luminoso em sua consciencia veja o que tenhas sido, reavaliando o que te encontras e se for tempo perdido
quantos anos haverá de choro? E se for tempo ganho quanto tempo ainda desejaras
viver como te encontras? mais duzentos anos?
Ah criatura humana que abraças o
ter como preciosidade única sem medir que como o corpo se transfigura no
envelhecimento, partes, e só levas o que fizeste de ti mesmo, creia ou não ficara
de fronte a um espelho olhando com profundidade no que sentes, serás outro é
certo não duzentos anos em reter teu espirito num corpo, isso não se dará,
entanto saberás que algo em ti que não crês agora que sois, sobrevive como se o
que deixas no tumulo fosse algo grosseiro que te aprisionou ensinando no tempo
o que sois se queres ver o que sois.
A duração de ser só quem criou o
ser concebe, entretanto por nos dar vida e sermos seres que pensam não nos
poderia num estágio consequente ser outro momento de entender-se e se te parece
logico já que não queres teu desaparecimento, que farias se pudesses planejar
os próximos duzentos anos a partir do teu agora?
Ia querer o enriquecimento ilícito
enquanto forma de padecimento nos quais exploras? Por certo teu ser se
macularia com sombras aflitivas de efeitos em dores, pois se pudesses planejar
os próximos duzentos anos lograrias encontrar-te diante do outro que seja teu espelho que já não é o
mesmo e muita vez caminhante de passos largos ao entendimento, enquanto tu, por
teu enriquecimento ilícito te empobreceste em trapos nada realizando em ti por ti mesmo
sendo o mesmo.
Diante da propriedade de ser o ter se não tesouro
imaculado conquista da alma que procura, nada tem por fato senão o
aprisionamento nas sombras do ego, mas se o calas o ego, no caminho de agora para
entender o que sentes e te vês mais a frente como alguém que se torna
diferente, compreendes? O que vale a pena viver em cada movimento de ser?
Senão meçamos a nos mesmos.
O que tenho um corpo? Se assim
penso ele me tem cativo!
Mansões com campos a perder de
vista enquanto tantos não tem teto ainda? Tudo me será tirado e só levarei o
que tenho sido, então no que tenho estado a procura de ter tanto esquecendo de
mim mesmo no mesmo ponto sem auto encontro, sem auto amor, sem que ouse pensar
nos próximos duzentos anos e quando for medir o meu amar por certo será luz tao
pequenina a despertar querências ainda, de saberes que não tenho em mim
cultivado como semente recebida para atos vivenciados!
E se te segredasse e me desses
credito dizendo-te espirito eterno? O que ansiarias juntar pela eternidade? Incúria,
vaidade, maldade, egoísmo? Em que paraíso de sombras asfixiantes teu ser
jornadearia por tantos instantes já que eternos sem ternuras? Seria logico que o criador de tudo isso
permitisse? Ou ainda em eterno fogo fosses supliciado enquanto observasse a ti
sofrendo dos campos elísios?
Ledo enganar a ti mesmo que pudesse ser assim a perfeição divina!
Ora não te enganes mais criatura
humana, a hora é chegada é agora que o joio está bem visível os ceifeiros prontos e a colheita se
aproxima o planejamento para os próximos duzentos anos já se realiza, e tu onde
queres estar, sendo outro renovado em construção com autoconsideração ou
perdido entre os escolhos do egoísmo? Do mando arbitrário do engano auto
imposto!
Não acordas todo dia com luz te envolvendo
o corpo e se ao despertar no deixar o corpo tu te vejas ser eterno sem ter
agido a contento nos poucos anos de escola em que te situas diante da ti a eternidade nua e crua! Apenas no ter
esquecendo teu ser que é o que levas com
a responsabilidade de tornar-se pelo caminho outro.
Mais amoroso, mais solidário, mais
intenso no amor que sintas mesmo que num primeiro estágio de amor a si mesmo
pensando na possibilidade de poder planejar os próximos duzentos anos!
Se chegaste até aqui fazendo numa
releitura do teu proceder já sois outro! Já tens a semente do bom amigo regada
por mim, que ela germine pois estou na jornada planejada para os meus próximos duzentos
anos e quero me lembrar dos jardins que cuidei, das sementes que reguei, e
quando diante do senhor da vinha dobrado em humilde postura de servidor possa
encontrar dentro de mim alegria, fraternidade, verdade que flore como fosse
minha
E que a gratidão me tome por
tanto amparo porque se ajudei-te é fato, sou apenas um par de mãos ousadas
embora tementes de que jornadeie em erros mas não me escondendo trabalho,
trabalho, trabalho e por fato toda terra trabalhada num período de duzentos
anos com certeza oferece frutos de contentamento
Veja sinta seja
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Antonio Carlos Tardivelli