Adormeço
Quando meu espirito te busca no
infinito e em mim mesmo entorpecem-me os sentidos e quanto sinto de tua
presença. Cada ponto em mim que foi gerado por ti vibra numa intensidade
diferente. Ave! Sublime presença em cada ser vivente chamado campo celular.
Em ascensão da consciência, qual
me deste para ter ciência de ti enquanto caminheiro do infinito, do teu
infinito amor. Faz-me olhar para bem dentro idenficando as vibrações sutis que
emanam vida. Na vida que me dás percebo mais vida ainda, já que me deste
buscar-te em toda necessitude minha.
O que não sei me ensinas na tua
eternidade, a caminhar seguro de tua bondade, a me abrigar no teu amor. Vezes quando
me confundo diante das lições tua mão segura na minha e num adormecer dos medos
que povoem meu caminho, teu amparo seguro provê meu discernir que estás comigo.
A mim me deste não apenas crer,
mas saber de ti e isso me transtorna porque viajo pela parca fé no mundo na tua
presença, atuante sem que se lhe veja como se olha tudo o que tornas
instrumento que educa as almas, que fizeste puras em sua inocência para que
crescessem em ciência de que sois amor.
É certo que o mundo desengana, as
lições que impões vezes nos abala o olhar a ti em mim se dimensiona que vim do
amor sublime e por tal sorte estou no céu que minha alma está a procura. Embora
vacile na vida que me impões, porque cresce a planta que germina da semente que
pensaste com todas as propriedades futuras, nela de arvoredo no momento de ser
assim para depois se tornar frondosa que aconchega alimenta reconforta.
Me tornas generoso senhor da
vinha tua planta teu fruto que alimenta.
Se nos meus medos me sujeita para
que os vença, ainda assim me torno a lembrança que me deste por saber de ti,
que não há nada que ofusque essa certeza posto que ao ouvir-te sublime presença
dei-me conta de onde vim. E caminhei pelo tempo transitório qual me deu por
escola e seguindo o que diretriz inseriu em meu espirito, te adoro agora e
sempre como sei que me deste a conhecer-te não apenas crer em ti assim Eu sou.
Me sinto como uma nau em mares
revoltos muitas vezes em mim. Mas teu reconforto me alcança na certeza que
acompanhas e que tudo sabes, dos feitos que me deste por realizar me sentindo
assim, muita vez, de parcas possibilidades mas quando evoco saudoso o que me
deste sigo em frente como se soubesse
com o cognitivo, divina presença em mim que norteia aconselha agasalha em teu
amor infinito, por certo por teu abrigo realizo a parte que instrumentalizaste
e aquela que não depende de minha ciência tu preenches e me permites vezes ver
o que pretendes, o que fazes na terra entre as gentes os que manda descer dos
céus como mana que alimenta!
Sublime presença em tudo, eis-me
aqui a tocar ao som de vida qual se apresente as visões do amor com qual me
educas, não tomo a palavra ela me tem por cativo, não busco glorias pois a
gloria de servir aos teus propósitos já basta ao meu espirito. O que tenho de
meu já não é meu e concluo feliz que nunca foi porque do átomo ao anjo tudo te
pertence e em ti se acomoda como se em ti se escondesse, adormecendo, mas não como
ponto de inatividade, sim como descanso que em ti e por ti tudo crê que fazes.
Divina presença que me embala no
seio da humanidade que chora, pudesse eu dar-te como tu me deste conhecer de ti!
A magoa deixaria de existir no coração humano, o ódio seria lembrança do
passado onde embrutecidos primitivos não conseguíamos ver senão os raios
rompendo teus céus, sem dimensionar que após a noite tempestuosa abrindo os
olhos por tua bondade olharíamos no horizonte a estrela que nos aquece o corpo transitório
que nos oferece. Mas adormeço como se descansasse entre um trabalho e outro e
como se fosse a ti sem nunca ter estado distante, tudo me aconchega na certeza,
nada me faz vacilar e se temores existirem na jornada qual me das tu me amparas
tu me sondas tu me amas
Deus, Deus, Deus! Quem poderá tirar
de tuas mãos o que e teu? Não há! Não há!
Eu te guardo te reservo no altar
sagrado o que é teu.
Não como alguém que te esconde,
mas como alguém que manifesta teu espirito, aquele que derramas por toda carne.
Eis-me aqui, divina presença, que
se faça, que se faça.
Antonio Carlos Tardivelli
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