quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

A cegueira temporária.









Porque será que o maior dos mestres curou a cegueira transitória e não se viu nada mais para alem da alegria do cego, ou o fato maravilhoso em si?

Quem detém a sabedoria jamais atua em qualquer campo de forma impensada, e supor que a cura desejada pelo mestre dos mestres era apenas um ato isolado de cura, pasmos, diante do fato do cego ter nascido desta forma, então, refletindo podemos entender que o alcance desejado vai alem da forma vista.

No campo físico existem cegos que não desejam ver, toda dificuldade é prenuncio de fatores que se contrapõe ao temporário. Resquícios de tempos passados podem eclodir em cegueira temporária, mas não a essa cegueira a que veio o divino mestre.

O choque do homem cego que volta a enxergar traz do ponto de vista da constatação da sabedoria deste mestre, o encontro com outro despertar desejado por ele posto que veio para que todos tenham vida e vida em abundancia.

Veio para que todos possam enxergar plenamente todas as maravilhas existentes vindas da vontade suprema.

Quantos olhos vendo não vêem? E quantas almas dizem que vêem e assim dizendo não tratam o sagrado como algo profano!

Ver além da forma eis a proposta educativa deste grande educador!

Olhar para o mais profundo de si, com vistas a diversas oportunidades oferecidas pelo creador de todas as coisas deveria chamar mais nossa atenção, muito mais que a cura em si, pois a cegueira não exclui do espírito outras oportunidades perceptivas donde pode encontrar verdadeiramente a luz que importa.

Se cego nasceu e teve sua cegueira curada terá vindo apenas com essa finalidade? E depois de estrada dura e escura, perder no tempo as aquisições da sua vontade e perseverança no fluir dos milênios?

A cegueira fomentada pelo materialismo se mantém alem da vida enquanto a consciência não se libertar dos rudimentos da experiência material. Alçando vôos mais elevados sua vista se detém diante da imensidade.

Extasiado o espírito recebe as informações via sua essência do ponto exato onde se encontra, e ai, a vista do que é de fato, se torna desejo de ascensão naturalmente em si instalado pela via das leis naturais da vida.

Quem diante da imensidade do universo não se detém por instante que seja a considerar a que veio o que faz, para onde vai?

Se a cegueira do discernimento mais acertado se prolonga, a dor não vem como instrutora providencial? Quantos homens justos há sobre a terra? Nenhum diria o espírito mais esclarecido nos rudimentos da trajetória planetária nesta fase cíclica!

Nem por isso se deva desalentar a alma buscante não é o desejo de chegar que impulsiona o viajante? Se medir a distancia de um ponto onde se esteja a outro que anseia alcançar isso não o motiva a renovação das energias intimas no propósito visado?

Assim é a vista do cego para sua própria espiritualidade, quando cai o véu que lhe recobre , a nuvem do corpo físico denso que lhe embaça a vista.

Quando por fim, retoma a necessidade maior do seu caminho, de aprender e contribuir através do amor e do desapego completo como membro ativo do processo redentor da humana idade, sua consciência se liga aquele que o gerou e sua felicidade está em descobri-se um com a grande mente.

Se cego tateio em tantas eras
E por virtude conquistei algo aqui na terra
É por amar que volto de outra esfera
Para tratar a vista no trabalho que redime e eleva.

Se por ventura lograr ser esperança, porque alem da vida vivo
Da vida que trago do amor que sinto
Então, terei vista da alegria em que seja causa.
Ela por ser doutro em mim permanecerá inalterada

Pode um cego conduzir outros que tateiam?
Se por sincera vista dos meus tantos desacertos
Por certo que ofereco ao campo da experiência
O que tenha, e se julgue, se compreenda.

E se a compreensão não for alem da forma
Que pela letra indica dor ou alegria que se transmita
Não será falha do meu desejo de amar de alem da vida
Sim da sintonia em que se situem as almas na carne.

Mas se calasse minha fala, gritariam as pedras!

Eis que bate a porta o tempo do caminho estreito
Por isso trato por meu amor esperança
Enquanto aguardo por minha vez
Que minha vista seja curada por quem mais veja!

Não estou só nesta jornada.
Ao meu lado ombreando no mesmo esforço ritmado
Os escolhidos. Encarnados.
Pedras rudes sendo lapidadas.





Antonio Carlos Tardivelli

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O homem e sua destinação eterna.



Desde há muito o espírito encarnado tem tido experiências espiritualizantes de própria vivencia ou de relatos individuais que são dignos de credito dada a postura seria e voltada para o bem dos que as trazem.

Digam os descrentes da vida após a vida o que disserem, todos no tempo justo irão reentrar no plano vibracional para onde o corpo fisico mais denso limita o acesso, terão forçosamente por si mesmos contato com essa realidade.

Eu sou! Existo, penso fora do ambiente físico!
Pasmos muitos em decorrência de inapropriada preparação para tanto, ainda apegados ao campo transitório, dirão não! Eu não morri!Estou vivo, e não haverá ai nenhum engano ou alguém tentando convencer da sua própria realidade como espírito eterno.

Diante da realidade pura e simples, forçoso admitir, pois terá diante de si a constatação objetiva, que somos todos viajantes em processo de evolução constante. E o tempo decorrente no estagio de não aceitação da própria realidade vivencial fora do corpo será em semelhança ao período da infância na carne, onde tudo parece novidade embora seja uma repetição de experiências já realizadas.

Claro que por esse caminho passa também a vivencia do próprio estagio em que se encontra o viajante, se sua bagagem esta repleta de amor a sabedoria, outros tantos ligados ao campo do conhecimento da filosofia e das implicações morais relativas a estes, estarão próximos compondo fraternalmente um enorme numero de espíritos afins.

Assim podemos ter vivencias em paragens sublimes e luminosas segundo nossa bagagem de viajantes na estrada evolutiva, ou em sombrios antros onde nossa sintonia vibratória nos situe.

Sem julgamentos diante das opções de tantas criaturas que se encontram nas regiões umbralinas, pois o caminho é indesviável, “nenhuma ovelha se perderá” essa é afirmativa real e objetiva do divino condutor desta humana idade.

Não mais anjos e demônios mas sim, um trajeto de ascensão espiritual pela sublime compreensão e aplicação das leis do criador em todas as coisas.

O premio justo é a felicidade interior, do dever consigo mesmo retamente cumprido em todas as fases da existência.

É evidente que os espíritos mais preparados para a compreensão mais justa, verão na escada descritiva deste sonho, segundo suas aquisições espirituais. Uns fartar-se-ão na figura de seres com asas, outros se predispondo a realizar o que amplamente o Creador capacitou suas creaturas.

Noutros de vista mais acertada, estes mesmos chamados espíritos de luz que como anjos descendentes visitam os lugares mais sombrios, de dores e angustias, lagrimas inestancáveis para a pratica do amor mais puro, sob a condução amorosa do dirigente planetário Jesus.

Se imaginarmos a ação do amor nos tempos atuais vêm à mente nomes respeitáveis por sua ação meritória na caridade. Urgente, entretanto ombrear com esses dignos operários nas disposições de trabalho.

A figura oferecida traz assim, a idéia de que aqueles que alcançaram patamares sublimes, a exemplo do divino condutor, se debruçam em função da luz interna, no trabalho de contribuição para a elevação das consciências terrícolas.

Trabalho lento que já toma milênios a perder vista, uma vez que muitos são agregados por via de sintonia de orbes mais distantes. “Existem muitas moradas na casa de meu Pai” Roga-se atenção a esperança que é colocada à reflexão, sem que ela seja fator de espera que tudo ocorra sem a ação ativa da vontade que busca agregar valores a si, bagagem no campo do desenvolvimento espiritual, que todos levam segundo suas afinidades vibracionais.

A visita do amor.

Louvores aos céus na ação sublime
Onde a alma viajante se dispõe a servir
O semelhante é referencia de trabalho
Na visita do amar de si.
Se pode oferece o pão como alimento
Amparando nas duas esferas se necessário
Uma oferta no altar do Pai é conhecimento
Noutra se junta na beneficência a outras manifestações de amar.
Quem haveria de conduzir tal processo?
De onde, de que esfera atua este amor sem fim?
Roga-se que sublimes luzes desçam a terra.
Não é o que compreende a lição digno mestre na escola?
Se teu amor te pede ação não demores
Sois resposta celeste ao agreste campo na vida
Veja que os viajores aflitos buscam ávidos
Vezes sem consciência desta busca
E são movidos por força interna indesviável.
E te encontram no caminho, existe acaso? Acaso?
Faz-se o caminho do céu em tua consciência
Tratando da manifestação do amar que estejas..
Ele visita quem em amar se doa
E por ser verdade
Liberta.











Antonio Carlos Tardivelli

domingo, 21 de dezembro de 2008

Visita da Esperança.




Nenhuma das ovelhas se perderá.

Olhando para a humanidade, quantas vidas em diferentes estágios concenciais.

O bruto e o aprendiz caminham juntos no mesmo presente, os contrastes são evidentes, o aprendiz trata do entendimento mesmo que nos primeiros passos enquanto que o bruto, ainda por despertar, trata o presente do seu ponto primitivo com toda agressividade que lhe seja peculiar.

O avanço da ciência traz consigo a intelectualidade, os mais versados nas idéias e filosofias, mesmo enquanto aprendizes pasmam diante da realidade opressiva das violências massificadas.

As religiões parecem ter perdido a sua capacidade de religar o homem com a divindade e em meio a enganos visíveis, diversificam os ritos e se perdem os princípios.

Os presídios andam cheios, aqueles superlotados, de grades asfixiantes cerceando os violentos e outros tantos que em núcleos de medo, a guisa de proteção, cercam-se pelos lados com grades e com trancas cada vez mais resistentes.

Outros já bem mais cansados e chamados oprimidos têm na sua relação com a existência a marca característica da revolta agressiva ou da inconformação destemperada.

Diante deste quadro presente, onde se enquadraria sem o entendimento da repetição de existências seqüentes aqueles que, não se situando na mansuetude e calma, que prepondera em mentes e corações ajustados e equilibrados, dentro desta vista de esperança futura.

Tratariam os mais intelectualizados no campo de conhecimento especifico, que muitos dos seres brutos, ou quase todos, não teriam acesso ao brilho da lapidação do tempo, a ponto de estarem permanentemente perdidos para o conceito humanidade.

Desalojados, portanto da excelsa proteção do amor paternal do criador de todas as coisas.

A pista oferecida pelo divino missionário da paz, entretanto, oculta em si algo que se deva considerar sob o ponto de vista de existência eterna dos seres que, nascidos do espírito vivenciam experiências enriquecedoras as suas personalidades.

Quantos haveriam de encontrar a paz e o equilíbrio justo frente a essa idéia de existir plenamente e de forma eterna? Qual caminho para se seguir para atingir tal objetivo?

Com reclamos por vezes justos diante da dimensão das adversidades muito do perfeito entendimento se perde, das verdades mais profundas sobre a existência do espírito humano, do filho do homem, posto que o próprio homem teceu a si, no campo das idéias e concepções sobre a transitoriedade da vida e a sua necessidade de entender de onde veio e para onde vai, equívocos enormes e por vezes sem o socorro de mentes mais esclarecidas, de difícil transpor.

Essa idéia de que nenhuma das ovelhas se perderá nos remete a reflexão de quanto somos de onde viemos, para onde vamos e o quadro que se forma pela via da intuição pura, pois tratamos dentro do campo físico de algo abstrato, e que na simplicidade da síntese oferecida, quer dizer que, ninguém se perderá.

Todos os nascidos do espírito, ou seja, que tem origem divina, seguirão por um processo de evolução em suas mentes, em seus sentimentos, que conduzirá a um estado de entendimento pleno e, portanto de gozo indescritível a tempo justo.

Claro que o caminho para essa fase pode demorar mais ou menos segundo os apegos ao transitório muito evidente nestes tempos de transição.

Imaginar que um ser criado pela inteligência suprema, fosse fadado a um processo de dor inextinguível seria tentar confinar a luz do maior astro conhecido na terra, a um grão de areia, portanto, tarefa impossível de ser realizada. Se bem que o estudo do histórico humano esta repleto de exemplos onde o homem assemelha a si seu criador.

Existem desvios no caminho, mas todos eles quando distantes de leis naturais que regem todo processo, um ajuste diretivo acontece por via intima a cada ser e a insatisfação, o desejo de algo inexprimível ocupa o inconsciente, e como resultado a tempo de maturação a volta da personalidade eterna ao ponto de equilíbrio, onde seu discernimento pode avançar significativamente.

A visita da esperança é, portanto o encontro com a verdade pura e simples.
Claro que por caminhos da abstração mais aprofundada, pois quantificar para o raciocineo para mentes ainda muito envolvidas pelo egocentrismo é tarefa inútil .

Não se atinge o nível de compreensão necessária sem que se abandonem valores pseudos verdadeiros de tratados filosóficos com compreensíveis desníveis com a realidade espiritual, dado ao pouco esforço mental que muitas das ovelhas fazem neste processo evolutivo concencial.

Como e quando se chegará coletivamente a estagio de paz completa e pleno entendimento da síntese oferecida pelo divino missionário, depende de cada um, do seu esforço de desenvolvimento discernitivo.

No processo de seleção natural da natureza possível de ser observado pelo conhecimento atual, pode-se chegar a conclusões interessantes, porem com limitações evidentes.

A seleção natural, entretanto, do ponto de vista do avanço concencial do filho homem, ou seja, do divino inserido na experiência corpórea, ocorre pela sua sintonia com esferas cada vez mais elevadas, segundo sua predisposição interna e esforço para elevação pela ferramenta da vontade.

No campo da humanidade, como podemos sentir, a violência e os instintos mais primitivos preponderam, são ovelhas que se desgarram e que escolhem a faixa vibracional que desejam se situar no momento cósmico. Claro que isso em demora acentuada, conflita com a lei natural que impulsiona o ser para sua destinação inevitável.

Ai se encontra as razões para tanta dor e desarmonias diversas.

Quando o divino condutor afirma que nenhuma se perderá, sua vista esta para o tempo eterno, e sua capacidade de abstração e analise muito elevada, oferece uma estrada reflexiva que quando a personalidade encarnada atinge o grau vibracional onde a percepção possa ser atingida, o entendimento acontece de forma clara e inequívoca.

Não existe nesta afirmativa ligação com premiação a inatividade a ociosidade, mas sim um encontrar consigo mesmo, uma verdade que deve ser vivenciada dentro do campo de equilíbrio pleno da consciência.

Ser ovelha eis a questão. Aceitar o que nos cabe dentro do campo das auto realizações necessárias, como submissão cada vez mais consciente as leis naturais. Quanto mais conscientes do que somos, de onde viemos e para onde vamos.

Mais felizes seremos...

Felicidade é ser e estar
É caminhar pela imensidão
Compreender o perdão.
Oferecer a vista do outro
Sem os limites do ego
O que sente sobre ser eterno.
É crescer enquanto se caminha
Compreender esse processo
Sorrir na jornada infinda do progresso.
Mas se chorar também entender
Que aconteceu algum desvio
Em tempo que pode se perder a vista do entender de agora.
E o chamado a consciência é esse
Deixe-se visitar pela esperança.
Aquela que se traduz por verdade que sinta
Pois o filho do homem traz em si o divino
E toda lei inscrita em si.
O templo lhe serve como abrigo
A vida lhe serve como estrada
O campo como atividade abençoada
Onde semeia paz
E ela lhe retorna por efeito.
E quando avalia os seus feitos
Se bem compreendida a própria vida
Ela se lhe serve como estrada
Repetida vez transitada
Enquanto seu espírito agreste aprende.
E segue em frente
E a cada lição que absorve
Se liga ao mais alto e mais nobre
Então a ovelha se sente salva.
E o divino condutor a abraça
Venceste... Venceste minha amada...

Eu sei, eu sei... Teu nome sagrado.
Meu amado ela então responde feliz...



Antonio Carlos Tardivelli












quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Por ser saudade.


Algo que não explico
Porque sinto
Apenas trago dentro de mim
E quero que permaneça
Ate que seu beijo coloque a ela um fim.

Entanto já que sou chegada e partida
E te levo dentro
Porque sinto
Vezes vivo da tua lembrança
Noutras me sinto morrer na tua ausência.
Por ser saudade tua, quero que fique.

Sem o lamento da distancia
Porque ela não existe
No que sinto
Você é sempre presente
Então me deixo nesta saudade
Que me toma, por escravo da lembrança.

Do teu jeito
Da tua voz
Do teu silencio
Do teu riso
Teu choro
De quantas vezes desejei seu abraço
E por tantas noites insones, apenas sonhei.

Que fosses minha e no meu sonho
Eu, feito de grito e silencio.
Comoção em paixão
Já que me dito louco
Sou pela causa da saudade
Que quero que fique
E que morra
Na tua presença, no teu afago.

Sinta então a embriagues no meu abraço...
Sorvi o cálice da saudade ate a ultima gota
Quero que ela morra e fique não parta!
Seja terna por ser saudade
Eterna, pois o que a faz ter vida dentro de mim.
É o meu amor, é o meu amor.

Meu amor...




Antonio Carlos Tardivelli

domingo, 16 de novembro de 2008

Minha felicidade


O dia mais feliz da minha vida ainda está por ser vivido
Porque ontem embora tenha sorrido e te amado
Foi ontem...
E no meu presente, quero você!
Você com seu sorriso, seus queixumes, mas seus mimos.
Seu abraço apertado, seu carinho, só pra mim!
Sou egoísta de fato, quando dimensiono o quanto te quero.
Quer só para mim!
Dividir consigo o que sinto sempre, nos dias em que estou feliz.
Porque te trago dentro, somente teu olho lê da fala da minha alma.
E na minha calma, meu amor sendo um riacho.
Transporta-se para um rio de correntezas fortes
E emoções marcantes, onde existo porque você existe em mim.
O dia mais feliz da minha vida,
É aquele que estou por viver com você em meus abraços.
Aquele onde vou sussurrar palavras ousadas, mas carinhosas.
Que despertem a mulher e a torne um barco sem leme nos meus abraços,
Deixando-se como fosse eu comandante da nau sem rumo
Mas de porto firme, ancorada no desejo e na sacialidade dos meus beijos.
Aqueles que oferecem amor e o recebe com toda intensidade.
Vivo entanto em meu verso, todo sonho de felicidade.
Vezes é você em meu desejo que se sacia
Noutras sou eu no que despertas em mim.
Ainda por outro presente, caminhando juntos pela natureza
E sentindo toda beleza circundante
Descobrimos a intensidade do que sentimos um pelo outro.
E nossos sonhos tornam em uma realidade.
Fantasias de nossa felicidade onde nos entregarmos
Um ao outro e depois de um presente feliz ansiar por outro
Porque um é pouco para nós que queremos todos
Todos os presentes que a vida possa nos oferecer.
Que eu possa ser o teu e tu possas o meu sendo minha..
Assim, o meu sonho de felicidade se realiza através da tua presença.
Enquanto tudo se prepara para amanhã.
O dia que vou ter você em meus abraços como primeira vez
E vou ser feliz..
Antonio Carlos Tardivelli
“Que o amor, sendo chama, seja eterno enquanto dure!”
Vinicios de Moraes...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Emoções...




No tempo na historia Venturas derrotas
Lições absorvidas no campo dos sentimentos.
Às vezes intensas quase descontroladas
Desejos imensos, idéias ou ideais nobres ou mesquinhos.
Sem toque, por dentro, ser gente por fora.
No verso com vida própria
Vezes trazem um conto de amor, noutro de solidão.
Importa a paixão, se o medo toma forma?
De perda inaceitável, emoção forte em descontrole.
Que por ser grande desconcerta
Por ser intensa vez infelicita.
Quem sinta que vive e se alegra
Com o perfume da mulher, quando ama.
Ou com o riso malicioso num convite ao amar.
Toma forma, paixão, ternura e por força de ser eterno.
Quando se renova no sentimento mais puro.
O amor, fonte de alegria sem causa aparente.
Por ser gente se sente, por conto o poeta no verso aprisiona.
Em quem não diga que as sinta
Por laço, o verbo desperta no que seja tua,
Se visto o verso na sua essência
Liberando o que sinta sem mais medos
Porque viver também é ter medos
É Morrer entanto se eles impedem o movimento.
Do mar de emoções no abraço amoroso
No toque das mãos deslizando no rosto, ou no corpo
Por desejo mais ousado emocionem
Quando o toque for despido de pudor, por amor.
E se for busca de uma musa que me encante
Que ela seja assim.Emoção sem fim, sentimento, busca de momento.
Que se torne eterno na emoção que traga a tona, que esteja oculta
Desejo, oferecer sim ao Amor e a paixão
Que primeiro me harmonize para depois me enlouquecer
Porque pouco não quero ser ou ter
Quero viver a ventura de momento
Em cada movimento de ser
E se a emoção for pouca que a paixão nos tome
E nos enlouqueça, para que depois o amor em sua ternura.
Traga-nos paz, alegria, conforto. Porque amar é ser dois
E se por medo de sentir que eu morra
Se não , vivos o medo e a loucura
O amar sem freios qual paixão alucina
Enquanto emoção desenfreada nos tome e em um só grito!
Ah te quero desde cedo e se for viver o medo de perder-te
Que eu te tenha... e tu a mim . Neste mar de loucura e afeto
Que sinta toda emoção que sinto e ainda por mais que sofra.
E que eu diga se não disse que te amo
E viva intensamente a emoção que sinto por dizer-te...



Antonio Carlos Tardivelli

domingo, 19 de outubro de 2008

Meu sonho, minha musa...

Retorna a vida o poeta adormecido
Pois seu anseio, seu sonho, chega e toma posse.
Como se o desejasse a muito a ele se entrega
E vive cada movimento em êxtase.

Amanhece e ela me ocupa
Subjugado por desejos loucos
Tomo-a em pensamento
Por um instante, e a beijo.

Dizem dos poetas, loucos, desvairados.
Na verdade vivem entre sonhos e inspiros.
E quem não ama e seja amado vive?Ah não! Vegetam inconscientes na arides da estrada.

Como sonho já que o tenho, nele vivo.
E se por ventura a ele me apego
Minha alma, ah minha alma porque chora?
Não tens a musa e o sonho? Que lhe falta!

Quando minha alma chora é a paixão que grita
Por posse eu a quero todo momento...
E se não for por todo tempo que a tenha
Ah sofro em meu tormento!

Mas cala a paixão o amor que sou
Limita sua ação e eu ainda vivo poeta e louco?
E se o encanto que me toma, por paixão eu digo.
Também sinto que amo e ai vêm o equilíbrio!

Mas tem o problema da inconstância no poeta
Vezes a paixão domina, vezes o amor reclama
Então ele torna sonho sua musa, ela surge ele a oculta em verso no amar que sente.
E dizem louco, pobre demente, ao que o poema retruca:

Sim vivo entre as grades da paixão profunda
E a luz libertadora do amor, em êxtase.
Loucos são os livres de amar de se apaixonar
Vegetam expectantes a vida que essas duas forças oferecem.

Enxergam então no poema seu desejo... oculto
Não admitem o próprio medo. Fogem
De amar e ser feliz de sonhar
De sentir essa loucura, deixa-la tomar posse ser inspiração...
Vida que flui pelas mãos, pelas mãos.

Antonio Carlos Tardivelli

sábado, 11 de outubro de 2008

Apogeu.


Grato pela vida, reconheço toda grandeza.
Da pequena gota as dimensões infinitas do universo.
Encontro neste caminho de buscar os meus limites
Algo que não se pode medir, só sentir...

Então meu ser, que já não está só.
Pois como uma composição harmônica
Notas diferentes permeiam na mesma melodia.
E nosso limite é o infinito.

Chamo de humanidade
Campo de diversidade
Nos limites de cada unidade
Estamos todos juntos na mesma viagem.

Não tentamos dimensionar o divino
Sagrado, trazemos dentro.
Como luz do firmamento
Que brilha intensamente desde a terra.

Quando a mente se rebusca sabe donde vem
E quando sente essa imensidade
Louva a vida que lhe permite oportunidade
De sentir que é infinita e bela como a majestosa estrela da manhã.

Quem não gostaria de deixar o charco... Mas porque deixar?
Se o ser que importa pode brotar como lírio de esperança
Rosa perfumada em generosa oferta
Tantos odores que o charco se embeleza.

Quem nota a beleza, ao atingir seu ponto mais elevado.
Vê a vida como uma melodia divina tocada por Deus.
E se o verbo permite, mesmo sendo limitada linguagem
Sabe-se por comparação afinada, que somos notas de uma mesma melodia.

Então da minha vista, do ponto mais alto que estou
A busca de mim mesmo é infinda
Tenho por apreço, por amor mesmo, quem me fez
E disse seja, meu filho, seja...

A mim basta saber que sou filho
E aquietar-me? Jamais eu sinto
Porque esse Pai de minha origem vive em mim
É meu desejo seu desejo que eu seja

Limitado embora anjo
Vivendo nos céus onde me escondo
No abraço da vida onde existo com um corpo
Depois morto, ao Pai retorno e conto que feliz me recebe.

Pai eu aprendi...

Antonio Carlos Tardivelli

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Amigos








Que tratam tudo com um sorriso
Deixando marcas indeléveis em nossas almas
Como se cariciando nossos momentos de lembranças.

Noutro espaço, outro tanto de afins se apresentam.
De madrugada, nas primeiras horas do dia, nos sonhos.
Como se abraçassem com amor nossos momentos.

Ai torna a vida prazerosa
Quando somos antes de desejar ter
Com as caricias do nosso ser...a outro que nem nos aguarde.

Ser amigo é uma viagem dentro do divino momento
Onde quase resposta a uma prece
A gente aparece, abraça, sorri !

Parece-me, ser aquele que tenta ouvir sempre.
Com um sorriso de quem quer compreender
Porque amigo é aceitação do outro.

É alguém que teoriza conosco de madrugada
Que chora conosco nas horas amargas
Sempre disposto a dizer da esperança...

Amigo, é criança que faz birra, briga, mas jamais abandona.
Que entende a gente mais do a gente se entende.
Não tem cobranças, pois não encontra tempo para julgamentos.

Amigo é desejo de conversa com confiança plena
Como quando me oculto em meu quarto escuro
E ao amigo maior parece que me misturo

Ouço e sou ouvido, choro e sou consolado.
Quando aflito parece que estar na sua presença
Mesmo em pensamento é alivio.

E quando consigo pensar grande
Meu amigo me mostra o universo
Não um lugar distante onde ele esta feliz
Mas um local dentro onde ele vive em mim...

Eu, e meu Pai, somos um só....

Antonio Carlos Tardivelli

domingo, 5 de outubro de 2008

Sou a semente:



Sou a semente:

De vida, de esperança.
Conto, como quando criança ouvia, historia...
Quis ser grande
Contentei-me em ser semente.
Aquela que desprendida como fruto
Da minha alma para a tua.
Canta a alegria de viver um dia
Depois outro
Nada como ser um pouco de cada vez...
Ser a semente oferecida por um grande mestre
Que não vacilou e ofereceu a sua vida
Porque talvez como eu e a minha
A dou porque a tenho
Por amor... Por amor.
Mas indagas... Que amar é esse que doa a vida?
Digo, não vou ser crucificado, imolado como cordeiro.
Porque também amar é renuncia de si mesmo
A favor da historia doutro, como a tua que agora lê historia em prosa.
Então me questione, é semente do semeador?
Digo sou! Quando sou amor, bondade, generosidade, desprendimento.
Ser semente é assim.
Contar historia sem fim, porque temos espírito eterno.
E não fosse assim, se o fim de tudo fosse a mortalha fria.
A esperança não seria vida
Nem a vida oportuna idade onde recebemos presentes!
Presentes que a gente sente, e oferece enquanto cresce...
Como uma rosa ou uma prece
A alma mais amada...
Sim sou do semeador semente. Que coisa boa ser presente.
Viverei no perfume das tuas pétalas, de felicidade.
Se ajudei como semente que te encontrasses frente a frente consigo mesmo.
E olha, que coisa bela, feita de esperança desde a terra.
Conta-me tua historia donde estejas
O canto de semente a tua vida se assemelha
E quando me lês, vês a ti...
Mensagem de esperança verdadeira
Como fosse vez primeira que ouvindo historia, ela conta!
Eis-me vida faço-me presente
A quem presente queira...

Antonio Carlos Tardivelli

domingo, 3 de agosto de 2008

Vozes da alma



Quantas almas se somam
No desejo, às vezes de sonhar.
E por ser o verso um caminho
Seguem como se...
Fosse a voz da própria alma.

Dizendo dos sonhos que tem
No desejo humano e divino
Quando o canto se encanta e conta
Do amor ou da espera do amor.
É como fosse seu o desejo no verso.

Se conta venturas
Almas aladas se somam em sorrisos
Ou nas lagrimas que como rios quentes
Percorrem as faces que sonham...
Com o desejo que se tenha
Ou o amor que esta distante.

Vozes se unem quando amar transcende
Deixa de ser meu amor
Para ser encanto a quem sinta
Porque amar não é ter
Sim dividir o próprio ser!
Com quem sente que também ama!
Que é amar então indaga a voz da minha alma!

Veja bem, responde no silencio.
Se teu amor é verdadeira fonte de ternura
Embale os sonhos de todas as criaturas
Com versos que tragam sonhos
E que sejam pintadas imagens reais
Para quem sente o verso
Como voz da própria alma...

Amas? Então compreendes esta fala...





Antonio Carlos Tardivelli


quarta-feira, 9 de julho de 2008

O dia da rosa:





Falava ao meu coração o teu carinho
Depois, como veio o perfume pelo vento foi levado.
Nada restando se não uma lembrança
Onde crianças, traquinamos nossas fantasias.

Eu lhe fui Adonis e tu rosa exuberante
Embriagando-me com seu perfume
E era como se dissesses
- Agora vives!

Mas o que é eterno senão o que fica.
Da rosa a lembrança
A marca do perfume
O jeito de ser.

Guiçá outro ser me ocupe e te faça,
Como um laço que não sufoque
Nem parta como perfume
Que o vento leva , que o vento leva...

Que fique mais que lembrança
Mais que marca na alma
Fere sem descanso por ser perda
Do prazer no teu perfume.

Ah meu lume depois que ascende
Dos infernos frios da solidão
É luz incandescente
Braço ardente, meu desejo...

Entanto, no dia da rosa.
O vento levou seu perfume...
Acho-me? Claro! Prisioneiro enquanto partes.
Vá meu amor como o vento.

Leve perfume de rosas
Que trago dentro, que trago dentro...

Antonio Carlos Tardivelli

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Tento amar.


A voz embarga,
Quero dizer
Nem ouço a fala
Do coração, do meu coração:
- Ela dizia amar!
E se foi... Amou quem?

Tento, sei que tento.
Entender que seja amar.
Não é dizer, por certo é ser.
Mas como é ser amor.
Se amar apenas tenta.
E se vai? Amou como?

Mais silencio
Sem voz fala a trova,
Tecla silenciosa da minha alma
Enquanto a fala é de mágoa
Tento intento sem fala
Meu verso torno conto.
Voz ou grito do meu silencio?.
Você se foi? Amou quanto?

Apenas tento amar
Mas amor só, não alcança a plenitude
O êxtase é de instante
Euforia de momento, movimento.
Depois se cala nada mais diz. E se vai.
É como se a morte visitasse o amor
Antes que ele fosse,
Quem se ausenta?
Não foi amor que não foi amar?

Triste sina quando se pensa amar
E não sai de si para se entregar ao outro.
O tempo passa e não lembra quem?
Quem amei de fato. Quanto, como?
Quando, ah! estarei demente?
Não sei quanto, não sei quem.
Nem como. Ou quando
Não passou de um sopro de primavera.
Que pensei sentir, sonhei ouvir, Pensei me dar.
Tentei amar E você se foi...

Antonio Carlos Tardivelli

domingo, 6 de julho de 2008

Sonhar



Com os dias que virão
Nas noites entretendo tua alma
Com meus sussurros
Ah desde quando te quero, pergunto.

Sinto, desde sempre, entanto.
Quando sonho, se surge o delírio,
Vem o desencanto, porque meu pesadelo.
É não ter teu afago...

Sonho, e sou louco dizem da minha fala.
Do meu verso riram muitos
Tolo, apenas sonha, o que faz do que anseia?
É também me acho na mesma indagação...

Visito a cidade do anjo que me toma
Sinto a proximidade, a vibração o cheiro.
E me deixo em sonhos ou delírios loucos
A tê-la em meus braços ansiosos pelo toque.

Quero amor sonhar com teu aceno
Na hora da partida e no beijo do retorno
Onde teus lábios toquem os meus com tua doçura
Enquanto minha alma mais se embala em sonhos e devaneios.

Porque o que sinto tento em verso
E o que vivo?
Toca-te?
Sinta.

O amor que meu verso vibra
Que aqueça o teu. Musa...
O poeta retorna
E sonha...

Antonio Carlos Tardivelli....


domingo, 22 de junho de 2008

De um filho para sua mãe..

Em nome da Paz

A ausência de gemidos de dor
Por atos baseados no amor
Por todos que a ela anseiam.

A paz é conseqüente
Não existe por si mesma
Silencio não é paz, é silencio.

Quando se omite para que o grito de alegria ocorra
Ah que bom que vieste ao meu tormento diz o sofrimento
E a alma exultante em paz, distribui alento.

Mãe eu parti bem cedo
E ouço os teus pedidos todo dia
A paz que trago e sinto quero a ti.
Por isso minha presença na escrita.

Sou um membro da academia dos imortais
E são tantas as almas vivas a espera de uma janela
Como essa, para dar a sua paz bem viva a terra...
Do meu coração para o teu hoje, um marco para nós...

Sei que enquanto escrevo, esperas noticias minhas.
Como fosse eu, ausente da paz deste dia.
Eu não desapareci mãe, nem de dentro do teu coração.
Nem tu meu amor da minha paz.

Porque em nome dela te digo mãe querida
Que o tempo breve nesta lida
Trouxe por ato da bondade generosa, minha prosa
Ao teu coração, eu que nem poeta sou.
Tomo por empréstimo a sagrada ferramenta.o

Empresto minha paz ao verso que te dedico.
Porque dela por tempo curto nos vemos distanciados
Se bem que no oratório do teu coração me reservas
Lugar abençoado!

Ma te amo.


pagina psicografada

Antonio Carlos Tardivelli 22 de junho de 2008

Ter sonhos:


Tudo o que tive, ao longo do caminho.
Foram eles que me ditaram o rumo
Eu seguia como quem conhecia o caminho.
E nos tropeços novos sonhos tinha.

Criança visualizava as conquistas
Todas elas expressão do que sentia
Era pobre queria ter o necessário a vida
Simples e ignorante ansiava a sabedoria.

Ninguém me dividia os sonhos, somente a vida
Andando lado a lado com miséria e fartura
Meu espírito sonhava, com um mundo diferente
E a sabedoria me permitiu descobertas importantes.

Nada do que esta fora importa
Tudo o que esta dentro de mim na vida, encontra seu porto
Seguro as vezes , noutras um tanto incerto.
Meus sonhos sempre me tiveram.

Como fosse um outro ser em mim mesmo, sabe que um dia alcança
Nesta vida ou para alem dela, onde anseio me leva.
Regar outras almas com o direito de sonhar,
Porque viver sem sonhos é fantasia, prisão, limitação, tédio.

Enquanto sonho, meu desejo concretizo antes.
Porque querer ,é poder estar e se,r onde se queira.
Se, por venturas sonhasses como eu sonho
Alma da minha alma, ventura tida ainda nesta vida.
Seria meu verso algo que não sonho

Mas se me serve de consolo sonho, e faço verso.
E um dia breve, reterei a ti em mais que apenas anseios.
Dividindo aquilo que juntos podemos ser, sentir, viver.
No amor que encante, e traga perfumes e luzes para vida
E que seja sempre terno, sempre de venturas.
Não mais apenas sonho do meu verso...


Antonio Carlos Tardivelli

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Rude prova:


Estar comigo
Às vezes sou deserto sem abrigo
Lamento de saudade
Sem flores, sem perfumes...

Tenho entanto por vida o verso
E por conto em cada letra
Quase vivo
Rude prova andar comigo.

Sinta, pois minha doce lembrança.
Eu que inocente permiti sua entrada
E me tiras-te a toda cor do caminho
Sinto-me deserto, rude prova anda comigo.

Vou contar entanto do que sinto
E depois me permitir sonhar
Não estarás mais entre meu desejo
Nem me ocupará o medo de perder-te, já não tenho.

Tanto ocuparei meu tempo
Que o ganho será viver de novo
Com a prova de viver comigo
Mesmo solitário, como vivo verso.

E se por ventura entreter uma alma como a minha
E por inocência deixar-me entrar, me amar
Talvez me tenha por desejo de ventura
E me ofereça as cores, os perfumes nas noturnas luzes.

E se me tiver por prova, que seu sentimento por mim cresça
E se torne como chama sempre terna a aquecer-nos
Nas noites frias.
E a prova que tenho de viver comigo, será ventura minha e tua.

E meu verso dirá que eu amo
Que meu deserto foi ocupado por seus perfumes
Minha solidão por tuas lembranças
E nós no silencio diremos tudo, sem pronunciar palavra

E se por desventura o medo de perder, o que penso ter, me toma.
Digo que o amor eu sinto e jamais me abandona
Embora por vezes torne prova, existir em mim
E pinte por sua força no meu verso, meu fim

Eu digo: Ainda bem que vivo...

Antonio Carlos Tardivelli

domingo, 15 de junho de 2008

Ainda Hoje


Eu sonho enquanto vivo
E o que sonho a ti esta ligado
Veja meu amor quanto te quero
E se não te apercebes do que sinto
Tudo em torno de mim perde a cor.

Ainda hoje gostaria que em meus braços experimentasses
A intensidade com que te desejo, e me parece que é desde sempre.
Penso que vivo enquanto meu anseio de tocar-te me atormenta
Enquanto isso respiras como se eu não fosse.

Tenho por meu desejo
Tocar-te a alma com o que descrevo
Porque a minha tomas-te de assalto


Como única verdade do que sinto
Embora vez pareça até loucura querer-te tanto.
Ainda hoje gostaria que me sentisses
Como eu a ti mágico movimento
Onde enquanto vivo, sonho com teus lábios e aceno.
Mas não o de partida, sim de chegada.
E na corrida para os meus braços
Nossos lábios enfim se toquem sedentos, insaciáveis, loucos.



Antonio Carlos Tardivelli

domingo, 8 de junho de 2008

O sim muda algo? e o não?


Porque dizer sim? Senhor?

E se te dissesse não?
Acaso teriam efeitos a minha opção?
Claro que sim, basta sentir a grande divisão
Antes do teu sim e depois...
Quando dizes sim , ao chamado da ação do amor
Os frutos que se multiplicam na árvore da vida
Te trarão tantas alegrias como dores, durante a jornada breve.
Mas não sois um ser espiritual ocupando um corpo fisico?
Se a verdade te liberta dos grilhões do ego, olhe o infinito
Tens diante de ti, a passagem de dois mil anos
Desde um sim da esfera Cristica, a outro consentir sincero na Terra.
-Faça-se em mim segundo a tua vontade!
Por efeito desta vontade divina, algo acontece.
Vem a vossa esfera, do mais sublime .
O libertador...
O eterno educador ...
O maior de todos os consoladores.
Mas veja: Liberta –dor ; educa- dor; consola- dor.
Se queres dizer não; que entendas que de ti depende,
Alguem mais a frente, outro, que te divide a mesma estrada
Sequioso de aprender sobre a verdade que liberta!
A dor por certo se fará desnecessária a ti um dia.
Quando em teu amor, por tua escolha exercitares no teu direito a vida.
A leveza da liberdade educada
Que conta história deste jovem galileu
Que nasceu também do sim de uma mulher...
E se essa mulher tivesse dito não?
Quais os efeitos agora nas escolhas que fazes?
E os outros tantos em decorrencia, terieis esperança?
Espera +anseios como quem sabe que chegará.
Só, é um caminho que não mais existe.
Somos nós e o sublime peregrino que nos indicando o caminho.
Mas a escolha continua sendo nossa...
Dizer sim, ou dizer não!
Antonio Carlos Tardivelli

Anunciação


Anjo anunciando o nascimento do Messias

Se vos nascesse, dentre vós, um Salvador.
Qual a liberdade que vos traria?
Seria a do jugo do apego transitório
Ou julgaríeis que lhes fosse trazer facilidades?
Diríeis por certo, se não mais me afligisse!
Onde o corte da espada te fere?
Se não mais chorasse, fosse feliz enfim.
Seria livre para sorrir, feliz por ser assim...
Talvez, desejasses mais, um corpo novo talvez,
Para refazer o caminho das escolhas infelizes.
Porque o inferno amplamente pregado, não queres a ti.
Se bem que enquanto andas pelo caminho, sois de livre escolha.
Bem podeis ser livre...
Não estar amarrado a pensamentos limitados...
Se olhasses para o céu, a espera do Messias.
Por certo ouvirieis de novo a voz celeste.
O que buscas? Por quem esperas?
E se a ti viesse o Salvador, de que dor vos tiraria?
Da prisão do ego? Da lingua afiada? Da dureza de coração?
Do maldizer o tempo onde te sentes escravo?
Ah as prisões não existem, na divisa do infinito amor.
Se vos descesse de novo o Messias
Seria mais para dizer outra uma vez onde esta vosso desacerto.
Traria por salvação o direito a vida, exercicio do seu ser eterno,
E a vida algo inconfundivel, intransferivel, dentro de ti.
Por ti mesmo concluirias. Estou aqui. Por graça e por escolha.
Então a liberdade não esta para grilhões de ferro!
Mas para as sombrias exasperações do ego!
Onde limita o ter, pelo meu, não pelo que és!
Se a tua liberdade depende de um ser celeste! Ah bem podes olhar Jesus.
Porque ele veio para ser um espelho d´agua, tranquilo, sem ondas tempestivas
Onde passes a olhar-te profundamente e encontres enfim
A tua salvação, na verdade que te liberta.

Antonio Carlos Tardivelli

sábado, 7 de junho de 2008

Vou contar meu sonho:


Era uma vez, um anjo
Seus desejos tão iguais aos meus
Suas contas, sagradas, no olhar se refletiam
A compaixão sempre, sentimento presente.

Tenho tanto amor por esse ser,
Que quando me situo por escolha,
No campo das lembranças,
Coloco no altar, onde venero esse amor.

Amor do tipo sempre.
Que não se desgasta.
Sempre se renova,
Como agua limpida, de fonte generosa.

Parece as vezes estar fora,
Mas existe dentro de mim.
Não sei de quando,
Porque não sei quando vim, Ser.

Meu sonho meu amor,
E reter-te nos meus braços,
Acariciar o rosto com um afago,
Beijar os labios, dando vermelhidão a pele.

Dizem que é delirio, podem dizer.
Todos os poetas são um pouco loucos.
E se contam sonhos, quantos se lhe sejam semelhantes
Motiva um sorriso, ou uma lágrima saudosa.

Ofereço-te porque sonho, uma rosa,
E me dás um beijo na face ...
Um sorriso então se acomoda,
Enquanto pela contra- mão, por emoção, me encaminho.

Sei que sou louco, um tanto ou dois não importa.
Mas por sê-lo, no meu amor, qual a pena a ser aplicada?
Distancia? Quase nada!
Saudade? Todo tempo!

Então desde que vivo meu sonho
Existo no meu tormento
Se tenho, meu riso é farto
Se me faltas, parece que não sonho nem vivo.

Então narro o que sonho, ou será que é meu delirio?


Antonio Carlos Tardivelli

domingo, 1 de junho de 2008

Sublimando amar:




Vivi com minha alma o amar que sinto
Em cada espaço do meu ser ele se instalou
Tocou-me com ternura nas horas de menor alegria
E fez-me pulsar o coração de forma diferente.

Descobri-me gente, amante desvairado
Quando toquei-te e senti tanto desejo
Sublimando tudo, pude entender porque existo
Enquanto a saudade instalada, insiste em ficar dentro.

Tanto sonho, tanta fantasia, tanto toque de ternura
No espaço de uma vida, preencheu-me por eterno tempo.
Não duvido que ficarás em mim eternamente
Posto que não consigo visualizar meu ser sem o teu.

As vezes, sou tomado por aquilo que sonho
E por tanto, vezes me sinto ponto solitário
Escrevente de algo lindo, que existe dentro de mim
Enquanto viajo por essse espaço lirico.

Meu encanto é sentir o teu
Se tua alegria a minha se soma,duas almas em uma engrandecidas
Porque tanto amar nesta vida sem que tenhamos, por retorno,
Um sorriso? Uma letra da alma escrita!

Assim, te conto meu amor da minha vida:
Antes de todas as eras, minha alma já te pressentia
Tu existirias para que eu pudesse ser
Poeta ..., por um dia.

Assim, receba meu amor que existe com sua propria alma
Como ser a parte, de vontade propria
Nada lhe retira a vida, posto que se eterniza
E se deixa gravar pela pena na sua real dimensão.

Justo, que te querendo desde sempre
Tocando-me por ternura cada pensamento
Lirismo que minha alma sente enquanto evoca,
Vida palpitante que somente existe porque tu me tomaste.
Por inteiro, nesta vida, e em todas as outras que eu seja...

Antonio Carlos Tardivelli

sábado, 24 de maio de 2008

Eu preciso:







Eu preciso da saudade para me lembrar querida
Do tempo de minha vida sentido intensamente
Levo porque amo, cada instante vivido

Preciso da lembrança porque me aquece
Trás para o presente, quando ausente pela saudade
Teu rosto, do teu gosto, do teu riso

Quero, porque preciso do toque
Da palavra que não foi dita ainda
Da caricia de saber-me amado
É pronuncia da alma com todas as letras.

Tenho necessidade deste carinho,
Não porque seja carente
Nada a ver com o que quero ter
Tudo a ver o que sinto ser.

Trago meu amor em pequenas doses,
E com o amor de tantos amores me confundo
Mas a luz que me norteia tem rumo único
Deseja visitar teu coração agora.

Sim, eu preciso da saudade, para sentir vida
No sonho de tornar a terra prometida fértil
Colher flores que embelezem a vida
Frutos da minha alma peregrina.

Quero ser lembrança de ternura,
Afago terno em cada presente que se lhe ofereça
Guardes pois, do meu gosto, do meu rosto, do meu riso
Da minha alma meu amor a ti.

Faço versos sim, todos eles com sentimentos que trago
Digo que amo, logo sinto que a verdade está em mim
É eu amo, sinto saudade, fico ferido
Choro, canto, faço versos!

Entanto meu maior encantamento
São teus olhos visitando os meus sonhos
E os sentindo um pouco teus!

Seja pois a saudade amiga
Que te mostre ainda nesta vida
Que o céu te pertence por direito de estar nele

E ames tanto quantos entendas
Despreze apenas o desprezo
Sem tirar a tristeza de nenhum momento
Pois ela te oferece a dimensão da alegria
De quem ama em silencio.

Antonio Carlos Tardivelli

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Sonho :





vou tentar dizer do que sinto
Num verso ou dois
Se não puder meu sonho
Não vivo...
A palavra é veiculo
Como o carro que nos transporta
Para onde a gente queira ir, ela nos leva
Eu quero visitar você agora.
Com meu sonho
Seja teu
Por um momento
De insanidade ou de lucides!
Quem define a paranoia?
São tão loucos
Que não sonham
Apenas medem os outros por suas reguas
Assim permita que eu entre
Te visite, trate por querida tua alma junto a minha
A vida que existe onde eu não sou
Onde só você esta com tuas escolhas...
Vou colocar na medida do que sonho
Meus desejos ocultos, meus medos
Todas as coisas que existem em nós ( e negamos!)
Que amamos quem amamos sem ter que explicar!
Amor não se explica se sente!
É gota de contentamento ( para mim)
Êxtase de um momento ( quando estou consigo)
Lembrança de que te quero mais hoje ( só porque ontem passou)
Mas ontem,puxa, como é bom lembrar agora!
Dizem que é eterno enquanto dure ( digo é presente)
É terno enquanto exista ( sinto, será sempre)
No momento que te dou o que sinto ( seja presente)
E que me ofereces abrigo, sem contar tempo.
Porque te amo não sei desde quando!
E quanto ainda não aprendi medir
Só sei que agora é muito
No poema sonho, enquanto na mente deliro.
Mas quem ousar viver
Sem que sinta por desejo, quero tanto, tenho medo!
Não será por pouco tempo que aprisione imagem amada
Nem por nada que me retenhas à tua lembrança.
Seremos cúmplices no silêncio que seja só nosso
E na balburdia das lutas insanas pelo ter, nosso ser!
Ah visito o teu e tu me preenches
Por inteiro me dou ao que sinto e te sinto! Perto!
Tanto que te quero mais
Não sei o quanto
Não aprendi a medir o tanto
Apenas tento dizer do que sinto.
E te visitar com meu sonho
Seja teu, meu sonho, por um momento


Antonio Carlos Tardivelli

sábado, 10 de maio de 2008

A meu amor:



Que ousado me leve para bem longe
Me abriga como seu submisso escravo
A viver cada momento como se fosse mágico.
Quanto me revele do meus em fantasias
Onde tanto a realidade como o sonho se misturam

Vez é verso, vez é conto...Sempre é vida!
Por meu amor de tantos milênios trago sentimentos
Por vezes desencontrados também movidos por paixão
Meu amor aceita tudo como exatamente estou

O questionamento é profundo.
Divide entanto tudo o que me doa
Dando forma ao amor pintado em quadros
Uma alma que sinta já será ganho
Outra que divida mesmos anseios
Sem que tenha verso para dizê-lo
Sente seu o que meu amor demonstra...

Pela madrugada vezes sem sono dedico por amar, meus pensamentos.
Trato como algo imenso de alegrias e tormentos
E conto cada passo .pensando porque vieram
Veja, vida, que te guardo desde o primeiro toque
O meu amor vezes musicado trata por carinho a tua alma
Sem que saibas, é por ti meus melhores quadros.

Vinhas a mim pisando em nuvens .
Com alma leve de quem sonha com venturas
E ao mesmo tempo, ao tocar minha face com sua caricia.
Imortalizaste amor em meu espirito.
E se por conta do tempo quanto descreva o amor que sinto
Por ele a ti digo existe loucamente

E se me for presente dizer-te do que sinto
E receberdes como perfume da minha alma para tua. Uma flor.
Ah em meu amor feito ventura tecerei versos
Aprisionarei imagens do que sinto agora e do já senti outrora.
E de presente e passado sentimento eu trago e descrevo teus perfumes junto aos meus medos
.
Vibre verbo na sintonia que seja divina e mais pura no meu sentimento
Fale meu amor para meu amor do que sinto agora.
E tantas vezes repetindo com as vozes da minha alma
Grande em mim, deixa seu conto de ternura.

Leia com tua alma o amor que em mim vibra
Sinta meu sentimento que te colheu como fruto da videira.
Sentiu teu gosto, tocou-te por ternura, dou-se sei, bem pouco
Mas mesmo assim sintas, pela voz do meu amor que te conta
Enquanto lês minha alma...que já foi minha, agora é tua.

Tenho três amores imortais.
Um é aquele que diz sobre si: “Eu sou aquele que sou”
O segundo enquanto Um com o primeiro “ Eis meu filho bem amado”
O terceiro, meu grande amor o verbo.
Que te conta do amor que sinto...




Antonio Carlos Tardivelli

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Por direito - Ser feliz



1º Direito de viver.

Todo mundo diz que vive
Nem todo coração entanto entende
Que existir é mais que vida trasitoria
Por mais bela que se a tenha.
Por direito em porções pequenas
O corpo reclama o ar, e respiramos
Por sentir a vida entanto o anseio é por perfumes
Que tratem algo mais que o corpo por desejo de prazer.
Por direito de viver todos contam tempo
E o tempo passa e o que se vê alem desta estrada?
Vida que se alonga além dela? Nada?
Clamo pois neste meu jeito. Aos céus que tenho por direito
Posto que existo, respiro, sinto prazer por viver
E que seja como for a vida, será bela...


2º Por direito de venturas:

Ousarei meus sonhos mais fantasiosos
Porque a distancia da fantasia e realidade
É um movimento da vontade, do desejo
Que elege a alegria por destino.
No que conto traço pelos caminhos das lembranças
Desta e doutras vidas pouco importa
Sei apenas que abro essa porta e minha alma se deixa
A viver a ventura de ser o que é, pura?, nem tanto.
Mas se sinto digo agora, meu amor é como luz
Que fulgura, donativa de ternura toda vida
E se trata com paixão, emoção, candura.
Por direito de venturas toco a tua alma com a minha
Se te medes pela minha medida me vês assim como sou
Se pela tua, por direito de venturas, o que me retorna?

3º Se tenho medo:

Por loucura desejo
Que sejas a porta dos meus sonhos
E cada letra que minha alma em seu voo some
Vejas lucida, quando sou louco quanto te amo pouco?
Tenho medo sim e por tê-lo por vezes me confino
Num verso ou outro onde tentando dizer digo
Que existo desde agora por direito de viver
Na ventura doutro ser – me sentes?
Talvez não, talvez o encontro de nossas almas
Não tenha tido a marca deste tempo
Quiçá te encontre então num outro verso.
Onde por encanto já te traga no meu desejo
Por fantasia te pinte com as cores mais belas
E te prepare o leito de minha alma para que descanses.

4º E por fim:

Que fosse um som bem distinto
Oferecendo a possibilidade de um encantamento
Que te traga por amor todos os meus momentos
Por vista minha todo desejo, pela tua, tua alma misturada a minha.

Se não tenho tempo para dizer que existo
Mesmo que em meu sonho quanto tento pintar quadro a ti.
Que sintas meu delírio então, e me digas, ah poeta bobo.
Sonhas com quimeras fantasias doutras eras

Vives teu direito ? Venturas, amarguras?
Desejos ocultos musas fugidias, só fantasias!
Ou existes em cada verso que tua alma geme?

Por fim te digo, tu meu aporte de sentimentos
Versos que trago de dentro e desnudo minha alma
Que vejas o tamanho do tanto que desejo e sinto cada verso...


Antonio Carlos Tardivelli

























segunda-feira, 5 de maio de 2008

Eu sei- Vou te amar sempre... Quadra de sonetos

1º Eu sei que vou te amar:

Por um segundo quando olhar pra ti
E depois por todo tempo que estiver junto
E quando longe por todo tempo na saudade
Eu sei que vou te amar.

Na hora do toque, do beijo ou do aceno
No silencio onde sem querer dizemos tudo
Na distancia que só quer ver diminuída.
Só por uma vida? Não. Vou te amar por todas.

Basta que te encontre novamente
No folgoso tempo infante
Ou na calmaria de todos os anos!
Eu sei que vou te amar por querer teu corpo
E mergulhando na tua alma a ela me misturo
Somos um no silencio ou na algazarra.

2º No tempo que passou:

A gente visita o medo de ter por poder perder
Nisto o sentimento se instala e não deixa escolha
Nos faz reféns e livremente nos deixamos aprisionar
E não queremos mais partir- só ficar!

Mas ficar por um tempo pequeno?
Porque amar leva por desejo, ser eterno
E quanto dure é prazeroso estar nele
Se distante entanto, por ser tanto, não esquecido sentimento.

No tempo que passou te trago por lembrança
E o desejo que que tornes a ser minha
Como nunca dantes!

Eu sei que vou te amar pelo tempo que passou
Pelo tempo que virá, por tudo que ficou
Sentimento louvo musa cada movimento!

3º O que direi então?

Pelo tanto que amei? Por tanto ter vivido?
E se por silencio houver sofrido
Mágoa, desilusão, abandono?
Haverá amor que suporte tanto?

Que ditado traçará meu verso
Se a tua imagem como tesouro a mim reservo
Teus olhos, cabelos, toques ansiados
E depois o beijo como loucura do desejo!

Não me satisfaço com pouco do que de ti tenho
Sempre meu desejo supera a própria ventura
Do teu beijo, do teu gosto, do que sinto seja tanto!

Direi que amo embora a paixão me desnorteie
E sou livre e aprisionado ate pelo teu cheiro
Quando toque, fantasio todo anseio....

4º Direi que amo

Aquela escolhida para ser força que me inspira
Que ame a minha vida como amarei sempre a tua
Cada movimento de loucura onde o desejo se sacia
Ou por vida que retenha no poema.

Se sei que vou te amar digo: Sinto
Cada instante como marca profunda que me encanta
No tempo que passou me ofereceste encanto
Enquanto por pranto a saudade na distancia.

Eu sei então que vou te amar por todo tempo
Do passado cantarei em versos
E direi que vivo porque te amo tanto!

Se disser menos que o amor que vivo
Então o que sinto por ser imenso e lindo
No aconchego do teu laço, escondo meu desejo...

Antonio Carlos Tardivelli

sábado, 3 de maio de 2008

Quadra de sonetos



1º A descoberta:

O todo tem um pouco, limitado
E quando sente que nem tudo pode,
Anseia muito o que não possui.
Depois descobre que nada tem além de Ser.

E ser tem diante de si o infinito!
Quando olha com o olhar certo,
Todo belo, constata, é o espirito que viaja
Pela veste passageira que lhe permite estar.

Estar como quem ama ou odeia
Como quem transmite calma ou confusão.
Trata seu coração como quer,
Seu todo é homem e mulher.

Embora as vezes se sinta abatido
No intimo força imensa eclode
Imbatível se entrega ao sentimento que acolhe

E se o pranto trata como ser divino,
Divino é o sentimento que nele se instala!
De Deus seus sonhos, sua vida- de seu suas descobertas.



2º A hora incerta:

Toda vez que alma a si encontra
Nos espinhos ou perfumes desta lida
Sempre dita a si uma procura
Porque insatisfeita, sempre se encontra.

Na busca por ser feliz
Realiza uma jornada de própria escolha.
Nas pedras do caminho, reagente acolhe
A lição do dia e prossegue em jornada eterna.

Terna e lúcida compreende
Que nem tudo possui de seu
Mas vive cada presente!
Não como ser ausente, que passa

Define seu caminho por estar assim:
Vezes alma mergulhada na incerteza.
Roga que o céu a ouça e lhe ensine.

A hora é incerta diz a si por vezes,
Mas mesmo assim se encanta- Como uma criança – e vive
Como espirito eterno sempre aprende...Que a hora incerta é presente!



3º Talvez me diga:

Que os teus sonhos são coisas distantes
Mas se sonhas trata por presente
O que o futuro lhe reserva sempre.

A luz da aurora meditas
E nem sempre de alegria mas sempre de certeza
Que o conto de um dia tu que escreves!

Sejam feitos de alegrias todos os teus presentes
Mas se a lagrima insiste em trazer lição tua alma a acolhe
Entanto dita para que não tarde em sua partida.

Porque são fazes de tristeza e aprisionamento
Se te ensina apenas o valor da vida e seu encantamento
Deixando o espirito que é eterno sem reter.
O canto de viver feliz por aprender.

Talvez diga que escrevo coisas tolas
Os poetas tanto sonham, que deliram
Mas tu me acolhes por abrigo de instante, e descobres
Sensível alma que sonha e a seus seus sonhos, o futuro reserva sempre.

A luz da aurora quando meditas e aprendes
Que cada letra do teu alfabeto intimo, desprendes
Quando nos instantes vividos estás
Feliz ou triste- vivendo.

4º Quadra de sonetos:

Se viste o primeiro e chegas a este
Olhaste fundo em si a cada momento
Porque a poesia composto de sentimentos vive
Quando quem lê se permite sentir como está!

Se te consentires um segundo teu sentimento
Tão iguais somos em alegrias, sonhos e tormentos
Mas a vida ensina que a jornada não termina
Na hora incerta, se auto avalia.

Chegando ao terceiro talvez maldigas a ruína da rima.
Ah poeta pobre, que rima sem fundamento. Ou talvez não !
Já que também vivo e sinto, como tu em teus presentes

E me sinto gente com meus sonhos, que a tantos se mistura
Que a luz da luz, querida, é verso que te canto
E meu canto é vida, entre as estrelas anseio que brilhe

Para que assim sendo do primeiro ao derradeiro verso
Enfim entendas no que me foi dado ser, sentir, viver
A tua vida esta ligada desde sempre a minha- onde todos podemos ser um.


A tonica da vida é descobrir não o que se aloja fora de nós
Mas a vida palpitante de alegrias ou tristezas que nos permitimos sentir
Sempre e levamos desta vida somente o que somos.


Antonio Carlos Tardivelli

Só de passagem:




Me vi certa feita a ser contador de histórias
Vida vinha vida ia e eu as distribuía
Vezes eram de alegrias noutras nem tanto, nem tanto.
De passagem o homem irado
Rogou praga agrediu
Depois cansado da vida
Nenhum amigo nada de conforto
Pensou desistir de tudo e se foi desarvorado
Desejando pendurar-se pelo pescoço
E como não conseguisse laço certo
Uma mão de unhas grandes suja pestilenta veio em seu socorro!
E uma voz gutural lhe diz- Quer ajuda?
Pobre homem, apavorado, correu feito danado
E nunca mais pensou em da vida fugir.
Começou por necessidade, pedindo ajuda sincera
A quem na vida só reza – inda assim não se consolou
Avistou um pobre mendigo jogado na rua bem fria
Pior estado que o seu, que tinha bela moradia
Chamou a ele com cuidado, não queria ofender
Nem se dar feito falso que só palavra oferece
Acomodou com cuidado num quarto que tinha nos fundos
Deu-lhe alimento, sustento, até que o mendigo falasse
Pois mudo em sua dor, ausente de todo amor, tinha da vida desalentado.
Primeira palavra que ele disse numa manhã chuvosa e fria
Foi muito obrigado.
Entendeu por fim o homem irado
Os opostos que as vezes se instalam
Por opção damos a mão, de duas formas distintas
Uma aconchega outra agride
E as duas dizem do que se está de passagem sentindo.
O que se é ah isso é outra historia.
Mas como contador não posso deixar sem dizer:
Era uma vez uma homem muito irado,sem amigos, sem cuidados
Descobriu inda na vida que a vida que se tem, a gente escolhe
Ser feliz como ninguém, ou ser um pedinte pobre
Daqueles que tudo tem mas mendigam por carinho
Tratam tudo como seu e o que tem é apenas isso
De passagem pela vida, o que estão, por sentimentos
O que são é outra historia, mas como contador
Não vou deixar de perguntar para o personagem da minha próxima.
Como você está? Sim claro, você que está lendo!
Está de saco cheio, bronqueado, raivoso, irritado?
Oh meu acorda! Você está aqui fazendo uma viagem!
Então aproveita para fazer novos amigos
Enquanto aprende que o que vale é Ser e, ter é relativo.
Me mande a merda, mas pense... Não está aqui só de passagem?
Que marcas quer deixar pelo caminho em você mesmo?




Antonio Carlos Tardivelli

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Ao ver teu rosto:



A fera enjaulada ousa ser livre – abre as asas anjo oculto!
Mas por dor de amor agora triste – não mais vê a razão do seu viver.
Se oculta – e somente o toque sonho , será pesadelo?

Uma rosa oferecida em silêncio , ao teu olhar que observava distante ocultamente
Depois um jardim a tua espera, eu presente, nós num único desejo ardente
Rosas Colhidas uma a uma por alguém que talvez ansiasse amar
Eu imagino, e oferecê-las todas juntas para perfumar o leito.

Alguém que sonhava amar, sentir esse envolver divino
A vibração que eleva que torna a alma cativa
E ao paraiso mesmo entre raios e tempestades se alegra.

Ao ver teu rosto, entrei na contramão...
Só não recebi buzinasso pois o sinal estava vermelho.
Todos lá parados me olharam pasmos!
Está louco ? Foge da policia? Cego talvez!

Que nada, era a tua imagem como assombro
Algo delirante que nunca mais vivi
Senão quando sonho... Ou deliro? Com teu rosto.

Em meu amor embora pareça insano
Ter por sonho o que se assemelha a pesadelo
O onibus partiu pela ultima vez
Jamais vivi desde então...

Hoje conto historia de ventura
A tive por breve instante
Enquanto nos meus braços te retinha.

Continuo poeta, continuam dizendo-me louco
E de verso a outro te reencontro
Retomo meu anseio de reter teu rosto entre minhas mãos
Ou olhar bem proximo, dizendo do tanto que te amo.

Diz meu sonho: Quem sabe um dia
Meu tormento responde – a espera parece eterna!
E eu aqui no meu poema, que não mais me pertence ...
É teu. Escrevo só ... Estou só .


Teu rosto mim se oculta – e somente o do toque sonho , será pesadelo?
Mas por dor de amor triste – não mais percebe a razão de tanto querer.
A fera enjaulada ousa ser livre – abre as asas anjo oculto!

Rosas Colhidas por alguém que talvez ansiasse amar
Imagino todas juntas para perfurmar nosso leito.
Depois jardim a tua espera, eu presente,tu a mim e um único desejo ardente
Uma rosa ofereço silenciosa , ao teu olhar que observa ocultamente.

Ao paraiso entre raios e tempestades que nos alegre.
Sentirmos a vibração que eleva, torna almas cativas
- Sonhavamos amar este envolver divino

- Está louco ? Foge da policia? Cego talvez!
Todos lá parados olhavam pasmos!
Só não houve buzinasso pois o sinal estava vermelho.
Ao olhar teu rosto - entrei na contramão...

Quando sonho... Ou deliro? Com teu rosto.
Extase que nunca mais retive
Trago sempre tua imagem como assombro

Quando o onibus partiu pela ultima vez
Jamais vivi desde então.
Sonho o que se assemelha a pesadelo
Em meu amor será insano ?

Enquanto nos meus braços te retive.
Porque a tive por breve instante
Hoje conto historia desta ventura única!

Inda quero o olhar bem proximo, dizendo do tanto que te amo.
Anseio reter teu rosto entre minhas mãos
Encontrar no calor; de verso a outro .

Continuo poeta, continuam dizendo-me louco

Estou só ... Estou só .
Eu aqui no poema , não mais me pertence ...É teu
Meu tormento responde – a espera parece eterna!
Diz meu sonho: Quem sabe um dia

Até meu verso sente meu reverso
Estarei louco?
Diga-me em seu amor- ao meu amor...
Enlouqueci?




Antonio Carlos Tardivelli

domingo, 27 de abril de 2008

Deus existe...


Mas qual? Aquele bravo e que pune
Que inferno criou para seus filhos ?
O tal do pecado mortal?
Do dizimo?
Ah esse não!

Eu conheço Deus de amor
Que é generoso e bondoso – tudo é dele!
Fez tanto os céus como as moradas todas do universo.

Mas falam de um deus diferente
Que te dá prosperidade sem esforço da vontade
sem perserverança do trabalhar a terra
um deus do ócio e da facilidade
Ah esse não! Não é meu Deus.

Eu conheço um Deus de amor- que mandou um filho dizer
“Daí a cezar o que é de cezar e a Deus o que é de Deus”
Que educa-nos se necessário pelo caminho da dor
Dá de graça a vida e as ferramentas intimas. E diz caminha, aprenda!

Falam do seu filho assassinado em uma cruz. Como fosse filho único!
Dizem que ele veio para salvar – tomam por salvação facilidades!
Mas ele disse vim trazer a espada não a paz!
Ensinou a amar mas preferem dizer dele coisas que não ensinou!
Que vai oferecer o paraiso sem esforço, tanto a criminosos endurecidos
Parias que depois de uma vida de crimes chega ao céu junto dos anjos
Ah esse não! Não é esse meu irmão amado!

Conheço um Mestre de amor Jeoshua – disse nenhuma ovelha se perderá!
Que mostrou o caminho – Eu sou ele disse. O caminho a verdade e a vida!
Ninguém vai ao Pai se não através de mim! Essa é uma jornada eterna...
Mas insistimos em enxergar uma existencia apenas!

Esse irmão e mestre ensinou que todos somos filhos
Falou do Pai porque ouviu Dele e nele sentimos o Pai
Assim como em nós seu toque amantissimo
Gera alegrias pelo encontro com a verdade do que somos
Se tivermos coragem para olhar, buscar, pedir entendimento.
E do inferno de tantos enganos nos afasta rompendo antigos grilhões
Dizendo vem, vamos fazer uma festa! Pois este estava perdido e foi achado!

Rogo-vos não useis seu Santo nome em vão!
Veja que Ama seus filhos tanto que os chama sempre
Mas não lhe damos ouvidos!

Preferimos ouvir os pastores da prosperidade de Cezar!
Nos agarrar aos caminhos tortuosos e vazios do materialismo!
Juntar tesouros na terra enquanto o céu se distancia!
Pagar religiosamente dizimos para manter a opulencia religiosa
Os pulpitos ricamente adornados, templos suntuosos
Filhos ociosos falando de um caminho que não fazem
E nos esquecemos da dor do desengano da fome da peliferia
Das mães violentadas pelas lagrimas. Dos seus pequenos mergulhados nas drogas!
Dos doentes do corpo abandonados nas filas intermináveis e impotentes
- Agendamento só para daqui quatro meses !
E a libertação vem com o nome de Morte!
E por sorte redimidos pela dor se tornam leves.Porque Deus é amor!
Trouxeram a mensagem do céu aos corações endurecidos!
Não viram! As lagrimas, os desenganos, os desencontros, suas dores
Nem sentiram das almas desgarradas . Violentando-se com a indiferença!
Tem de cezar o que é de cezar – Deus não conhecem não!

Sim Deus existe.

Veja a claridade das manhãs
Os dias todos da tua vida
E para além dela se ousares ver
Sentirás Deus em tudo e em ti
O céu pois será onde estiveres.



Antonio Carlos Tardivelli


sábado, 26 de abril de 2008

Vai ao campo:



Existir é algo que não se explica
Por mais que avance a ciencia
Esbarra na limitação dos cinco sentidos.

Algo divino se olhado pelo prisma do eterno
Uma inutilidade se nada houvesse antes e depois.

Certo dia, a perder-se nas eras
Diz o senhor de toda terra: Vai ao campo.
- Mas Senhor, disse preocupado- Na terra? Logo na terra!

E vim porque o desejo Dele acontece
O filho sempre faz a vontade do Pai.

Mas o campo Senhor, ainda junto a Ele é arido e dificil
O sinto com muita dor, desesperança, violencias, desanimos
Crianças famintas! Pais em lagrimas! Logo na terra?

Claro que um Pai como esse sempre clarifica
Aqueles filhos que mesmo a sua proximidade não enchergam.

- Dizendo que vê a terra e o que ela nescessita
Está a alma suficientemente esclarecida
Que o lavrar e semear se faz urgente

E se pode entender sentindo a necessidade alheia
É o anjo de bondade na digna assistencia.

Se a terra é arida, o trabalho, a vontade, a transforma
Porque não há coração por demais endurecido
Que não tenha desde sempre no pensamento do Pai existido.

Diz-nos oh Senhor de toda terra
Como lavrar a gentileza, calma, pureza o perdão!

Venham a mim! Todos vós ele responde
Que estais sobrecarregados e aflitos e Eu vos aliviarei!
Eu fui e la chegando ele do Pai me disse:

Vai ao campo trabalha a terra..
Aqui estou frente aos teus olhos
Com essa questão tão trancendente

Tu existes desde sempre
No pensamento do Teu Pai- Deus ama você.

Antonio Carlos Tardivelli