sábado, 3 de maio de 2008

Quadra de sonetos



1º A descoberta:

O todo tem um pouco, limitado
E quando sente que nem tudo pode,
Anseia muito o que não possui.
Depois descobre que nada tem além de Ser.

E ser tem diante de si o infinito!
Quando olha com o olhar certo,
Todo belo, constata, é o espirito que viaja
Pela veste passageira que lhe permite estar.

Estar como quem ama ou odeia
Como quem transmite calma ou confusão.
Trata seu coração como quer,
Seu todo é homem e mulher.

Embora as vezes se sinta abatido
No intimo força imensa eclode
Imbatível se entrega ao sentimento que acolhe

E se o pranto trata como ser divino,
Divino é o sentimento que nele se instala!
De Deus seus sonhos, sua vida- de seu suas descobertas.



2º A hora incerta:

Toda vez que alma a si encontra
Nos espinhos ou perfumes desta lida
Sempre dita a si uma procura
Porque insatisfeita, sempre se encontra.

Na busca por ser feliz
Realiza uma jornada de própria escolha.
Nas pedras do caminho, reagente acolhe
A lição do dia e prossegue em jornada eterna.

Terna e lúcida compreende
Que nem tudo possui de seu
Mas vive cada presente!
Não como ser ausente, que passa

Define seu caminho por estar assim:
Vezes alma mergulhada na incerteza.
Roga que o céu a ouça e lhe ensine.

A hora é incerta diz a si por vezes,
Mas mesmo assim se encanta- Como uma criança – e vive
Como espirito eterno sempre aprende...Que a hora incerta é presente!



3º Talvez me diga:

Que os teus sonhos são coisas distantes
Mas se sonhas trata por presente
O que o futuro lhe reserva sempre.

A luz da aurora meditas
E nem sempre de alegria mas sempre de certeza
Que o conto de um dia tu que escreves!

Sejam feitos de alegrias todos os teus presentes
Mas se a lagrima insiste em trazer lição tua alma a acolhe
Entanto dita para que não tarde em sua partida.

Porque são fazes de tristeza e aprisionamento
Se te ensina apenas o valor da vida e seu encantamento
Deixando o espirito que é eterno sem reter.
O canto de viver feliz por aprender.

Talvez diga que escrevo coisas tolas
Os poetas tanto sonham, que deliram
Mas tu me acolhes por abrigo de instante, e descobres
Sensível alma que sonha e a seus seus sonhos, o futuro reserva sempre.

A luz da aurora quando meditas e aprendes
Que cada letra do teu alfabeto intimo, desprendes
Quando nos instantes vividos estás
Feliz ou triste- vivendo.

4º Quadra de sonetos:

Se viste o primeiro e chegas a este
Olhaste fundo em si a cada momento
Porque a poesia composto de sentimentos vive
Quando quem lê se permite sentir como está!

Se te consentires um segundo teu sentimento
Tão iguais somos em alegrias, sonhos e tormentos
Mas a vida ensina que a jornada não termina
Na hora incerta, se auto avalia.

Chegando ao terceiro talvez maldigas a ruína da rima.
Ah poeta pobre, que rima sem fundamento. Ou talvez não !
Já que também vivo e sinto, como tu em teus presentes

E me sinto gente com meus sonhos, que a tantos se mistura
Que a luz da luz, querida, é verso que te canto
E meu canto é vida, entre as estrelas anseio que brilhe

Para que assim sendo do primeiro ao derradeiro verso
Enfim entendas no que me foi dado ser, sentir, viver
A tua vida esta ligada desde sempre a minha- onde todos podemos ser um.


A tonica da vida é descobrir não o que se aloja fora de nós
Mas a vida palpitante de alegrias ou tristezas que nos permitimos sentir
Sempre e levamos desta vida somente o que somos.


Antonio Carlos Tardivelli

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