quarta-feira, 9 de julho de 2008

O dia da rosa:





Falava ao meu coração o teu carinho
Depois, como veio o perfume pelo vento foi levado.
Nada restando se não uma lembrança
Onde crianças, traquinamos nossas fantasias.

Eu lhe fui Adonis e tu rosa exuberante
Embriagando-me com seu perfume
E era como se dissesses
- Agora vives!

Mas o que é eterno senão o que fica.
Da rosa a lembrança
A marca do perfume
O jeito de ser.

Guiçá outro ser me ocupe e te faça,
Como um laço que não sufoque
Nem parta como perfume
Que o vento leva , que o vento leva...

Que fique mais que lembrança
Mais que marca na alma
Fere sem descanso por ser perda
Do prazer no teu perfume.

Ah meu lume depois que ascende
Dos infernos frios da solidão
É luz incandescente
Braço ardente, meu desejo...

Entanto, no dia da rosa.
O vento levou seu perfume...
Acho-me? Claro! Prisioneiro enquanto partes.
Vá meu amor como o vento.

Leve perfume de rosas
Que trago dentro, que trago dentro...

Antonio Carlos Tardivelli

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Antonio Carlos Tardivelli