segunda-feira, 7 de julho de 2008

Tento amar.


A voz embarga,
Quero dizer
Nem ouço a fala
Do coração, do meu coração:
- Ela dizia amar!
E se foi... Amou quem?

Tento, sei que tento.
Entender que seja amar.
Não é dizer, por certo é ser.
Mas como é ser amor.
Se amar apenas tenta.
E se vai? Amou como?

Mais silencio
Sem voz fala a trova,
Tecla silenciosa da minha alma
Enquanto a fala é de mágoa
Tento intento sem fala
Meu verso torno conto.
Voz ou grito do meu silencio?.
Você se foi? Amou quanto?

Apenas tento amar
Mas amor só, não alcança a plenitude
O êxtase é de instante
Euforia de momento, movimento.
Depois se cala nada mais diz. E se vai.
É como se a morte visitasse o amor
Antes que ele fosse,
Quem se ausenta?
Não foi amor que não foi amar?

Triste sina quando se pensa amar
E não sai de si para se entregar ao outro.
O tempo passa e não lembra quem?
Quem amei de fato. Quanto, como?
Quando, ah! estarei demente?
Não sei quanto, não sei quem.
Nem como. Ou quando
Não passou de um sopro de primavera.
Que pensei sentir, sonhei ouvir, Pensei me dar.
Tentei amar E você se foi...

Antonio Carlos Tardivelli

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