domingo, 5 de outubro de 2008

Sou a semente:



Sou a semente:

De vida, de esperança.
Conto, como quando criança ouvia, historia...
Quis ser grande
Contentei-me em ser semente.
Aquela que desprendida como fruto
Da minha alma para a tua.
Canta a alegria de viver um dia
Depois outro
Nada como ser um pouco de cada vez...
Ser a semente oferecida por um grande mestre
Que não vacilou e ofereceu a sua vida
Porque talvez como eu e a minha
A dou porque a tenho
Por amor... Por amor.
Mas indagas... Que amar é esse que doa a vida?
Digo, não vou ser crucificado, imolado como cordeiro.
Porque também amar é renuncia de si mesmo
A favor da historia doutro, como a tua que agora lê historia em prosa.
Então me questione, é semente do semeador?
Digo sou! Quando sou amor, bondade, generosidade, desprendimento.
Ser semente é assim.
Contar historia sem fim, porque temos espírito eterno.
E não fosse assim, se o fim de tudo fosse a mortalha fria.
A esperança não seria vida
Nem a vida oportuna idade onde recebemos presentes!
Presentes que a gente sente, e oferece enquanto cresce...
Como uma rosa ou uma prece
A alma mais amada...
Sim sou do semeador semente. Que coisa boa ser presente.
Viverei no perfume das tuas pétalas, de felicidade.
Se ajudei como semente que te encontrasses frente a frente consigo mesmo.
E olha, que coisa bela, feita de esperança desde a terra.
Conta-me tua historia donde estejas
O canto de semente a tua vida se assemelha
E quando me lês, vês a ti...
Mensagem de esperança verdadeira
Como fosse vez primeira que ouvindo historia, ela conta!
Eis-me vida faço-me presente
A quem presente queira...

Antonio Carlos Tardivelli

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