“Em verdade vos digo, quem não nascer de novo não verá o reino dos céus”, para o bruto ainda em sua consciência não percebe o profético nas palavras e, ao mesmo tempo o que nelas se oculta, porque vê o corpo como única morada, sem dimensionar o que seja espírito, mesmo que a palavra a sua frente esteja lhe revelando que “Criemos o homem à nossa imagem e semelhança” não consegue relacionar a si essa profunda e reveladora verdade.
De qual reino o mestre amantíssimo fala, senão daquele que no correr dos milênios convida as almas criadas para um caminho de conquistas discernidas nos presentes oferecidos as consciências nos seus diversos estágios, uns onde o instinto predomina mas esse traz entretanto uma disposição natural, um incômodo, onde sua condição precisa passar por sublimação, se tornando o mais puro sentimento.
Se descobrindo repleto de sentimentos gerando pensamentos, vezes limitados ao corpo físico noutro patamar de compreensão onde mercê de sua essência onde o provedor como que colocou um roteiro ascensivo onde passa a separar sentimento de instinto, modificando-se, aprimorando-se, como fosse aluno em escola, onde por própria escolha se reconhece na suas necessidades avaliativas, sempre em processo de encontro, consigo, como ser criado à imagem e semelhança do senhor da vida.
Ora, bem compreendido o que está oculto, por pensarmos e sentirmos as obras majestosas da criação em nós mesmos, vamos anotando alguns segredos como nossa ativa consciência, Deus para nosso entendimento não diz, hoje estou criando, sim criemos o homem à nossa imagem e semelhança, portanto uma situação onde evidenciado está o plural, criemos, e como é supremo em tudo, é o pai que educa os filhos, ensinando o processo criativo, e contando com para isso, da presença do verbo divino, pois o filho só faz o que vê o pai fazer, como foi dito, pelo divino condutor, o messias.
Segredos recontados ao longo dos milênios, pelo Cristo que está no pai, nos convidando a estar com ele e que sejamos plural nas obras do pai que este confia a nosso discernimento, educando-nos com instruções de vida, que flui em eteno jorro, já que temos ponto de partida e ponto de chegada com nossa consciência de nós mesmos, como participantes deste reino, via renascimento, ora renascidos na carne, segredando aos ouvidos atentos, sendo o plural da obra divina, vez que a sua semelhança nos impele ao processo renovativo da compreensão do que nos cabe como dever filial.
Enlaçados pela verdade libertadora, redimidos pela consciência crística em nós despertante, percebemos que esse reinado mencionado pelo messias, se instala no campo do nosso sentimento, pois adotamos sua fala como a nosso coração dirigida, como convite de nos integrarmos a sua sagrada obra, transformativa, do homem instintivo, espírito primário saído da criação divina, em simplicidade e ignorância, para o vasto campo construtivo e auto construtivo dos sentimentos sublimados.
Logo, a multidão de palavras tem um propósito agora, partir de um ponto parabólico, onde o que se fixa é a busca por nós mesmos, para outro de sublimada compreensão onde nos sentimos ovelhas do aprisco do senhor, humildes aprendizes de seu histórico de amor, nos convidando o discernimento a nos educarmos para seguir os seus passos, tomando para nós os deveres de amar que nos anuncia ao espírito.
“O reino dos céus está dentro de cada um de vós”, como assim mestre dentro? Sim, por escolha arbitrada em oportunidades de vida, onde o renascimento em verdade e espírito se dá como oportunidades de renovação, do bruto para seu caminho rumo à angelitude, que vos pode parecer distante, mas podes agasalhar por própria escolha estar nele, ou viajando por próprias sombras em escolhas infelizes, diante das oportunidades oferecidas, e repetidas, tanto que, o homem novo da estrada de damasco renascido na mesma vida, se dobra cegado mas súplica , e em seu pedido, "que queres que eu faça senhor” e segue após o Cristo.
Se queres reconhecer os segredos veja, pois a mesma semelhança retém a tua intimidade.
Pax et lux
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caso goste de alguma postagem do meu blog, fique a vontade para comentar, criticar, compartilhar
Antonio Carlos Tardivelli