sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Por origem

 


  1. Diga-se do corpo o útero materno, da na forma um rascunho do que seja eterno, enquanto na forma uma escola em didática conclusiva, indo mais além dela substancia-se ao discernimento, o espírito, enquanto forma em elementos por origem da terra, o ordenamento nos parece seguir algo transcendente, que foi consciência, antes que a luz se fizesse ao olhar da natureza física, logo, somos por origem, em sequência, espiritual e físico, espíritos viajantes pela matéria. 

  2. Vez que a razão assim admita, consola-nos, quando diante da adversidade temporal, pois o horizonte não mais sendo escuro e frio, como uma lápide nominada, com nome oferecido no surgimento do corpo, milagre de vida quando da análise de sua origem uterina, pois de um ponto ínfimo que não se vê antes que o ciclo se complete, espírito que se lhe é oferecido corpo, provido de grunhidos no estágio bem primitivesco, avançando a fala coordenada racionalizada diante do meio e das provas ou missões que se elege.

  3. Por pensamentos, quando se rebusca a origem de tudo, impossível a razão não encontrar-se com a definição de grandiosa inteligência, que em pouca palavra disse: “haja luz e a luz se fez”, se bem, que a pobre palavra, inteligência, ainda não define à nossa humana e diminuta; Deus, criador de todas as coisas, de todas as formas, toda vida no universo imenso, onde nos parece que cada toque do seu pensamento, promove o que chamamos de existência, física e espiritual, somente para definir no que somos, dois estágios individualizados em inteligência 

  4. Por origem então, contextualizada, afirmamos convictos, que viemos deste "haja luz", depois, ela ao nosso olhar pasmo diante da imensidade dentro e fora, porque nos parece ser um com o universo, já que todos os elementos da forma trazemos nesta ligação do espírito criado, com a forma transitória manifestativa, e diante disso concluso está,  que a criança espiritual amadurece em seu entendimento, deixa o primitivo estágio em sua consciência para outro, onde a transcendência lhe mostra quadros auspiciosos, em conquistas memoráveis, angelizando aos poucos em trajetória ascensiva , o que de divino traz em si.

  5. O bruto posto diante de si percebendo quadros que vão se modificando, ora no corpo prisioneiro de egoísmos, ora em espírito reconhecendo vida continuada, e a consciência de si como justo juiz que sentencia, há de lhe cobrar o despertamento da realidade de vida em contínuo fluxo, e seus enganos, hão que ser corrigidos em si mesmo, já que o eterno amor nos fez e ditou para nosso contentamento por seu divino verbo, que a luz se faça, e essa luz original de toda forma manifestativa , a qual por definição chamamos espírito, amadurece, mais compreende a si diante da própria existência, jamais se acomodando no primitivo estágio, por força de lei, é certo.

  6. Como a do renascimento, do trabalho para compreender que mesmo no estágio limítrofe do corpo, existe o sondar do espírito que não se cansa, se renova em suas convicções, vezes pelas dores concienciais como efeito de seus equívocos, entanto diante de si, mesmo a própria revelia, não há lógica em permanência nas dores que a si provoca, quando com crueldade age, recolhendo os efeitos pisteriores que produz em suas escolhas, sim, despertará pelo amor ou pela dor, no amor o eterno enlevo para a alma que se reconhece em sua origem, e a dor, quando desta se afasta por efeito de escolhas infelizes.

  7. Como que, se haja posto em nós algo que nos cobre dos enganos cometidos, provoque pedido de oportunidade corretiva, trate a alma nas nuances de amar, aos poucos recolhendo da árvore de vida que lhe oferece abundante seiva curativa, onde o exercício do amor a si conduz, da inocência mais primitiva ao estado angelical de ser, reconhecendo a verdade do verbo divino quando este disse:

  8. Não vos deixarei sós. “Rogarei ao pai que vos envie um outro consolador” Espírito da verdade que o mundo não pode receber, pois não o conhece, mas vós o conhecereis pois ele estará convosco até a consumação dos séculos”

  9. E a verdade é essa, na síntese contextualizada de eterna vida pelo Cristo, verbo divino, pois até a consumação dos séculos, que em verdade não é o fim da trajetória do espírito, mas um ponto de prosseguimento onde estando no pai e o pai em nós, também afirmaremos no mesmo espírito de verdade “Eu e meu pai somos um só”.

pax et lux


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Antonio Carlos Tardivelli