O cuidado do perdão é aquietar pacificando os conflitos interiores, como uma seiva amarga provocativa de dores na alma, o não perdão implica em desarmonia, violência, confrontação irracional. Na maior expressão deste vórtice educativo quando manifesto, foi: “Pai perdoai-lhes eles não sabem o que fazem”, perdoar portanto, na sua expressão mais bela manifesta, traz pacificação a quem faz uso, acaba por modificar o rumo de antigas pendências na alma, oferece a corporificação do ego o silêncio respeitoso, quando não a contenção da agressividade do outro pelo exemplo que torna a atitude elevando a consciência a um patamar mais perfeito.
A súplica do Cristo na cruz, indica um caminho a nós outros, pois em muitas singularidades de vida pensamos ter, no que somos, é tudo que temos, e se tendo pouco ou a ausência da capacidade de perdoar, dívidas contraídas nas expressões de personalidades por vezes desequilibradas, que nos testam o senso crítico interior, como instrumentos do nosso despertamento, na verdade em espírito permanecemos ao campo primitivo dos instintos, que reverberam em nossa alma, tornando as palavras duras nas repreensões ao outro com o mesmo nível de agressividade ou pior, maior ainda, configurando as sombras egóicas, quando por dever de nosso origem, temos a necessidade do mesmo pai ao qual se dirigiu o Cristo.
Ele que nos anima no campo privativo, onde testa nossa obediência no trato da terra como aprendizes do serviço, com objetivo claro a nossa vista, de nos preparar para tarefas maiores no campo da existência infinda que nos oferece, oportunamente o aprendizado do perdão nos educa instruindo, e quando instruídos no trato da terra intima, acessamos os tesouros da alma que nos elevam aos céus, céus de ser a compreensão maior do amor como exemplificou o Cristo, não somente na cruz imérita, sim desde seu surgimento no físico acomodado em uma manjedoura, onde sua energia sublime, atraindo o manifesto angélico, alertou os pastores no entorno, que o redentor estava manifesto.
Em verdade o perdão foi dado como instrução, e esta dignifica quem escolhe o caminho de amar dentro de sua humanidade, transtornado o coração endurecido, provocando-lhe situações onde com base nos exemplos crísticos, se integra ao amor do pai, no filho, que somos quando exercitamos o amor do pai que está em nós, aos filhos, como fez Jheosua, na sua trajetória de vida como educador de almas, rumo a verdade libertadora, onde os homens como irmãos fraternos que o seguem, compreendem mais precisamente o valor da existência, no contínuo jorrar de vida, visto que a essência do pai no filho imortaliza, oferece a existência no tempo do pai que é eterno, a possibilidade de ser escolha de amar, onde o senhor coloque-nos em situações educativas.
O perdão como nuance de amar, porque o amor é um fogo abrasador, neste sentido, oferecido ao discernimento como meio transformativo, do que seja ainda primitivo estágio, por escolha do ser onde pela misericórdia é assistido, opciona por perdoar e isso desperta outras nuances do amor ativo, ampliando o leque transformativo de si na contribuição ao trato do pai a todos os filhos, oferecendo-nos oportunidades realizativas neste trato de deixar de ser semente, para nos tornar movimentados pela essência do pai criador em nós, uma árvore que oferece frutos em abundância.
O primeiro fruto do perdão é a temperança em atitude serenas pacificadoras, na constância do exercício frente as oportunidade de vida passamos a ser pacificadores de nós mesmos e em manifesto influenciativo ao discernimento do outro, como se, regando a semente em nós mesmos ela tomasse para si conscientemente o papel digno de estar galho na majestosa e divina árvore de vida que é o Cristo. Há quem não creia? Claro que há, os indiferentes agem com indiferença, entanto germinante em nós o perdão incondicional por nossa escolha, setenta vezes sete vezes a mesma falta com a qiual somos atingidos pela incompreensão e indiferença, seguimos germinantes, florindo com belezas espiritualizantes, no perfume da alma generosa que nos tornamos por livre escolha.
Escolher perdoar nos redime pacificando-nos, os efeitos são tangíveis porque a causa abraçada é nobre, ser do reino do senhor estando nele é motivação em auto conquista de valores, os tais tesouros mencionados pelo divino condutor, chamando nossa atenção, para que, quanto mais enobrecermos aborrecendo as nossas inferioridades por inocência ou ignorância, mais nos qualificando para as expressões de amar em nossas existências, mais nele estamos, mais nele agimos, mais dele somos manifesto.
Que Deus, em sua infinita misericórdia, nos ampare nos aprendizados necessários a nossa alma, porque sentimos o perdão aos nossos equívocos, a instrução precisa nas oportunidades de vida, quer seja estejamos em um palácio suntuoso ou adormecidos em uma manjedoura, o que importa é ser manifesto de amar na compreensão de que viemos do amor supremo, Deus, para ser manifesto em vida, vida que somente ocorre quando perdoando aos nossos semelhantes, como a cada um é dado segundo suas obras, somos amados, estamos perdoados, porque amamos como o pai em perfeição nos ama.
Atendendo ao Cristo: “Sede perfeitos como vosso pai celestial é perfeito”
namastê
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Antonio Carlos Tardivelli