Pai nosso
Quando o amor
toma posse nas diversas potencias de vida a harmonia em elevação propicia um
campo vasto da divindade a ser explorado.
Quando Deus
quer que seu amor tome expressões de maior grandeza nos campos transitórios,
por ser pai de todos, por certo fará uso para essas situações de vida, pelos
filhos que cria e que põe ao campo das realizações em si.
Amar sim, é
preciso que se seja mais que se diga, alimentar como chama que promove com seu
terno aquecimento nos movimentos de fria solidão ou que torne lucida a mente
para perceber que ser amor é bom.
Quando se é amor
a sintonia imediata com o pai se dá, pois o amor é feito dele quando se vibra
se age se consola ele o sabe, ele o sabe, e por ser infinito pode ser encontrado
em tudo, na ave que canta nas manhas primaveris, no sol que desponta com suas
luzes deslumbrantes, na alma que se aquieta irradiando luz que já seja, numa
prece, em um pedido repleto de confiança que o melhor vem sempre, Deus nunca dá
resposta em pedras.
Do filho o melhor presente ao pai é a obediência
sempre respeitosa.
Nele me comprazo disse um dia supremo quando
envia em missão seu filho amor.
E o amor por ser verdadeiro, chama que não se
apaga diz, “a cada um segundo suas obras”
Segue a vida nos labores dos espíritos em
aprendizados de si na terra da esperança
Ela como criança se apresenta como luz pequenina,
mas quer crescer
E o querer importa para se entre pela porta
e veja o que o que há no cômodo
E o filho de Deus no madeiro ofereceu a vida
uma vista profunda e verdadeira dela
Ele não tinha macula alguma e fez reluzir a
luz do perdão de si aos seus agressores
A estes o amor perdoando na suplica e
pedindo mais: “Pai perdoa-lhes eles não sabem o que fazem”
Mas ele sabia que chegaria o tempo onde a crueldade
daria lugar para virtudes nas almas ali postas expectantes e algumas mais duras
gritavam, desce da cruz e salva-te!
Como entreter a verdade que nos chama ao
entendimento? Somos domínio do acaso? Não nos toca o espirito santo do pai em
muitas ocasiões de vida?
Como tratar a nossa alma em jornada dura se
a vista do cordeiro imolado temos indiferenças tantas!
Não cobre a compaixão quando ação a vista
da dor que lancina com devotamento e aplicação das grandes virtudes que tornam
o espirito santificado? Os que alcançam sublimidade sendo pacificadores não são
chamados por filhos do altíssimo? É a terra
um paraíso quando isso dela fazemos a partir de nós mesmos.
Não nas inquietações do ter mas nas dadivosas
oportunidades de ser, se a terna emoção que evoca outras em desejos que todos
tenham paz e harmonia intima cuja decorrência natural são as boas obras, não há
quem ame que se torne indiferente a dor humana quando a sente noutros ou quando
as experimenta em si mesmo.
O rogo ao filho para chegar ao pai é indesviável
e a proximidade e forma luminosa a grande mãe socorre.
O norte de nossas ações toma rumo ao
infinito neste porto do Pai em nós, eis o reino dos céus ampliando suas posses,
o amor tudo preenche quanto pode, se pequeno fica no entorno de si como toque e
exemplificações de proveito porque o amor é!
Se amadurece e se torne de maiores efeitos vê
como o Cristo viu toda a humanidade, preso no madeiro, livre em espirito disse
do seu perdão e o que ele dá é o espirito de verdade por seu imenso amor que
conosco está todo tempo norteando e agindo em nossas melhores disposições de
espirito.
Para que de alguma sorte angariemos méritos
e o céu se abre e entramos pela porta das realizações nobres sem esperar recompensa
alguma porque nosso espirito em sua fortaleza sabe bem que é o Pai que tudo faz
e que sendo seu amor manifesto na terra, tratamos de trabalhar a gleba intima
lhe reconhecendo as vontades santas.
Em nós Pai, realiza tuas obras...
namaste
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Antonio Carlos Tardivelli