Escuta-me meu amigo.
Ao despertar
para um novo presente se aproxima de mim uma alma com os dizeres dos saberes
contido no titulo do que vamos abordar hoje. Voz serena, melhor, vibração serena
porque voz não é o dizer mais apropriado pois despertaria do sono os que me dividem
um teto, só eu a ouvi como se dentro de mim, então o meio comunicativo carece
de estudo aprofundado o que não é nosso foco de hoje.
Alma serena,
portanto, vibracionando um carinho agradável, ato continuo levantei e respondi
no mesmo tom, vamos lá então, e aqui estamos. Algo semelhante aos daimons socráticos
que trazia na fala ponderações transcendentes, por nossa conta uma gramínea perto
do sábio da antiguidade que usamos como meio comparativo para nosso propósito. Vida
que segue nas dimensões vibracionais em virtude do amar divino que proporciona
oportunidades para exercício das faculdades da alma.
Quando bem
criança este instrumento afirmava em segredo, o que muitos gritam em cânticos hoje
nos templos, vinde espirito santo, entanto me indagava enquanto no silencio
respeitoso, eu chamo pelo santo espirito no silencio, mas como identificar o
que não vejo como manifesto do divino? A voz em mim dizia, busca os caminhos da
sabedoria, mas amigo retorquia, não basta minha fé, a que responde a voz bem
dentro onde meu passado se mistura no momento presente, não basta não até que
atinja o ponto de ser fé que pensa ela então será uma preciosa ferramenta.
Bom meu amigo,
feita as preliminares vamos caminhar juntos por uma pradaria com gramados verdejantes
e soprados por uma suave brisa de primavera com seus perfumes oferecendo os
prazeres do sentir na paz que somos e temos a alegria em viver este momento.
Sentado a uma pedra
grande cujo contorno talhado pela natureza alguém cujo olhar e atenção sempre
buscamos, em pensamento por nele crermos, em nossos peditórios silenciosos nas questões
importantes para nosso entendimento e sua boa nova, muita vez em nossa pequenez
discernitiva a maculamos e usamos ou ousamos fazer em seu nome. Parado
silencioso como que nos espera a presença diante dele.
Seu olhar
profundo devassa nossa alma desde nosso principio como se lesse o livro de vida
que somos, nos momentos presentes, nos momentos que chamamos nosso passado, não
somente o recente mas todo o passado, e a medida que seus olhos nos penetram
vamos junto com ele revendo nossa história, aquilo que fizemos de nós mesmos,
nosso agir em seu nome, sem consciência, crianças em entendimento e os quadros
diante deste olhar passam para nós como um filme e vamos transcrevendo algumas
coisas que possam servir ao propósito de agora.
Nada nos cobra
por nossas ignorâncias é como se um mar de amor nos envolvesse e naturalmente
fossemos reavaliando nossos saberes sobre nos mesmos, sobre as sombras que
espalhamos, as luzes que trouxemos vida nas ações ainda como crianças
espirituais que ainda somos entretanto, já como almas bem antigas, com algum
amadurecimento do entendimento em diversas áreas.
Esse olhar que
nos devassa a alma lendo-a por inteiro nos mostra em detalhes as nossas necessidades
de aprimoramento, entender os propósitos divinos para as ações que laboramos
passa a ser um passo importante a nós em nossa individualidade, para que
estejamos mais lúcidos, sobre o amor divino que nos conduz a plenitude em nós
mesmos.
Ao contato
como nossos enganos nos quadros acessados em memorias, não nos condena, entanto
por ser natural vamos encontrando entendimento para as dores do nosso caminho e
a justa compreensão do “a cada um segundo suas obras” não como premio para as
vitorias ou como castigo para os equívocos,
sim com uma vista nova de esperança já que entendemos que somos os principais
autores no palco da vida.
Realizamos coisas
nobres sim em meio aos enganos discernitivos, construímos positividade sim e
nosso lado sombra fez também a parte que
revemos nesta trajetória ao olhar para os olhos do Mestre Jesus revendo junto
com ele nossos acertos e desacertos, no que pudemos ser amor e nas omissões quando
deixamos de realizar os deveres consequentes do aprendizado em maior discernimento.
O quadro vai tomando
um corpo reflexivo aqueles que buscam na própria historia esse encontro em
semelhança, feito de desejos de encontrar por fim uma harmonia capaz de
entender o que sou, para onde vou e porque, já que como diz seu olhar
compadecido e firme, “nenhuma das ovelhas dadas a mim por meu pai se perderá” e
enquanto somos conduzidos a relembrar nosso passado ele nos mostra as possibilidades
em nosso futuro.
É como se
nossos paradigmas antigos fossem perdendo a consistência, oferecendo essa
companhia para nos vermos como realmente somos no que fizemos de nós mesmos,
realinhando nossa esperança e fé a novos patamares de compreensão mais precisa,
mais abrangente quanto aos caminhos mais a frente capacitando-nos a uma
profunda e nova situação em nós mesmos.
No meu aprisco
diz ele existem seres amor em diversos níveis de entendimento pra melhor
entender o que cabe a cada um nos deveres a si mesmos em vida que
prossegue sempre, pois como almas imortais,
depois de deixarmos as ligações mais densas, conectados cada vez mais
profundamente com o divino em nós, nosso pensamento vai ao pai supremo e no exato
momento em movimento estamos diante dele para receber sua misericórdia.
De certo que
tem misericórdia daqueles que tem misericórdia, não nos cabe dimensionar ao
nosso próximo o quanto lhe será dado aferindo valores, só nos é concedido saber
por nossa conta em nossos atos, ações, comportamentos, escolhas que fazemos todo
tempo o quanto dela necessitados estamos, e nos preenche o amor divino sempre,
nos estágios sequentes a nossa jornada evolutiva, aprendemos a vivenciar
conceitos renovados, e isso nos torna merecedores por deveres maiores com relação
a nos mesmos nos fazeres destes deveres mais plenamente entendidos, numa espécie
de trabalho continuo em sublimação em todas nossas áreas mais intimas e profundas.
É o que tiramos
nós os cruzados do encontro com Jesus, para vos relatar neste presente.
A vida segue
meu amigo, a vida segue, portanto, ore, trabalha e confia.
Em nossa imortalidade
de almas haveremos de reencontrar o caminho do aprisco dele e nos aconchegar em
festa diante de seu amoroso coração dizendo, Mestre enfim compreendi o alcance
do vosso amor.
Estava perdido
e me achaste!
Eu que andava
pelas sombras da morte passei a não temer mal algum porque tu estas comigo.
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli