quarta-feira, 13 de março de 2019

Da fraternidade dos Cruzados


Escuta-me meu amigo.
Ao despertar para um novo presente se aproxima de mim uma alma com os dizeres dos saberes contido no titulo do que vamos abordar hoje. Voz serena, melhor, vibração serena porque voz não é o dizer mais apropriado pois despertaria do sono os que me dividem um teto, só eu a ouvi como se dentro de mim, então o meio comunicativo carece de estudo aprofundado o que não é nosso foco de hoje.

Alma serena, portanto, vibracionando um carinho agradável, ato continuo levantei e respondi no mesmo tom, vamos lá então, e aqui estamos. Algo semelhante aos daimons socráticos que trazia na fala ponderações transcendentes, por nossa conta uma gramínea perto do sábio da antiguidade que usamos como meio comparativo para nosso propósito. Vida que segue nas dimensões vibracionais em virtude do amar divino que proporciona oportunidades para exercício das faculdades da alma.

Quando bem criança este instrumento afirmava em segredo, o que muitos gritam em cânticos hoje nos templos, vinde espirito santo, entanto me indagava enquanto no silencio respeitoso, eu chamo pelo santo espirito no silencio, mas como identificar o que não vejo como manifesto do divino? A voz em mim dizia, busca os caminhos da sabedoria, mas amigo retorquia, não basta minha fé, a que responde a voz bem dentro onde meu passado se mistura no momento presente, não basta não até que atinja o ponto de ser fé que pensa ela então será uma preciosa ferramenta.

Bom meu amigo, feita as preliminares vamos caminhar juntos por uma pradaria com gramados verdejantes e soprados por uma suave brisa de primavera com seus perfumes oferecendo os prazeres do sentir na paz que somos e temos a alegria em viver este momento.

Sentado a uma pedra grande cujo contorno talhado pela natureza alguém cujo olhar e atenção sempre buscamos, em pensamento por nele crermos, em nossos peditórios silenciosos nas questões importantes para nosso entendimento e sua boa nova, muita vez em nossa pequenez discernitiva a maculamos e usamos ou ousamos fazer em seu nome. Parado silencioso como que nos espera a presença diante dele.

Seu olhar profundo devassa nossa alma desde nosso principio como se lesse o livro de vida que somos, nos momentos presentes, nos momentos que chamamos nosso passado, não somente o recente mas todo o passado, e a medida que seus olhos nos penetram vamos junto com ele revendo nossa história, aquilo que fizemos de nós mesmos, nosso agir em seu nome, sem consciência, crianças em entendimento e os quadros diante deste olhar passam para nós como um filme e vamos transcrevendo algumas coisas que possam servir ao propósito de agora.

Nada nos cobra por nossas ignorâncias é como se um mar de amor nos envolvesse e naturalmente fossemos reavaliando nossos saberes sobre nos mesmos, sobre as sombras que espalhamos, as luzes que trouxemos vida nas ações ainda como crianças espirituais que ainda somos entretanto, já como almas bem antigas, com algum amadurecimento do entendimento em diversas áreas.
Esse olhar que nos devassa a alma lendo-a por inteiro nos mostra em detalhes as nossas necessidades de aprimoramento, entender os propósitos divinos para as ações que laboramos passa a ser um passo importante a nós em nossa individualidade, para que estejamos mais lúcidos, sobre o amor divino que nos conduz a plenitude em nós mesmos.

Ao contato como nossos enganos nos quadros acessados em memorias, não nos condena, entanto por ser natural vamos encontrando entendimento para as dores do nosso caminho e a justa compreensão do “a cada um segundo suas obras” não como premio para as vitorias  ou como castigo para os equívocos, sim com uma vista nova de esperança já que entendemos que somos os principais autores no palco da vida.

Realizamos coisas nobres sim em meio aos enganos discernitivos, construímos positividade sim e nosso lado sombra  fez também a parte que revemos nesta trajetória ao olhar para os olhos do Mestre Jesus revendo junto com ele nossos acertos e desacertos, no que pudemos ser amor e nas omissões quando deixamos de realizar os deveres consequentes do aprendizado em maior discernimento.

O quadro vai tomando um corpo reflexivo aqueles que buscam na própria historia esse encontro em semelhança, feito de desejos de encontrar por fim uma harmonia capaz de entender o que sou, para onde vou e porque, já que como diz seu olhar compadecido e firme, “nenhuma das ovelhas dadas a mim por meu pai se perderá” e enquanto somos conduzidos a relembrar nosso passado ele nos mostra as possibilidades em nosso futuro.

É como se nossos paradigmas antigos fossem perdendo a consistência, oferecendo essa companhia para nos vermos como realmente somos no que fizemos de nós mesmos, realinhando nossa esperança e fé a novos patamares de compreensão mais precisa, mais abrangente quanto aos caminhos mais a frente capacitando-nos a uma profunda e nova situação em nós mesmos.

No meu aprisco diz ele existem seres amor em diversos níveis de entendimento pra melhor entender o que cabe a cada um nos deveres a si mesmos em vida que prossegue  sempre, pois como almas imortais, depois de deixarmos as ligações mais densas, conectados cada vez mais profundamente com o divino em nós, nosso pensamento vai ao pai supremo e no exato momento em movimento estamos diante dele para receber sua misericórdia.

De certo que tem misericórdia daqueles que tem misericórdia, não nos cabe dimensionar ao nosso próximo o quanto lhe será dado aferindo valores, só nos é concedido saber por nossa conta em nossos atos, ações, comportamentos, escolhas que fazemos todo tempo o quanto dela necessitados estamos, e nos preenche o amor divino sempre, nos estágios sequentes a nossa jornada evolutiva, aprendemos a vivenciar conceitos renovados, e isso nos torna merecedores por deveres maiores com relação a nos mesmos nos fazeres destes deveres mais plenamente entendidos, numa espécie de trabalho continuo em sublimação em todas nossas áreas mais intimas e profundas.

É o que tiramos nós os cruzados do encontro com Jesus, para vos relatar neste presente.
A vida segue meu amigo, a vida segue, portanto, ore, trabalha e confia.
Em nossa imortalidade de almas haveremos de reencontrar o caminho do aprisco dele e nos aconchegar em festa diante de seu amoroso coração dizendo, Mestre enfim compreendi o alcance do vosso amor.
Estava perdido e me achaste!
Eu que andava pelas sombras da morte passei a não temer mal algum porque tu estas comigo.

Namaste

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Antonio Carlos Tardivelli