Há muitos feitos da alma humana e
ela pode ser harmonia, trazer bom senso onde a confusão impera, esperança viva
onde nada havia, algo divino por ser impessoal e amigo, ter sentimentos que
oferecem sentido a vida, e nela trazendo algo de si a ponto de não ter a compreensão
precisa de qual detenha templos sem luz, porque escolhem estar nas sombras dos
enganos. E com o olhar pacificado medir o quanto pode encaminhar para um foco
diferente.
Na terra de muitos ais, as
suplicas são muitas, as angustias temporais multiplicam-se em função das escolhas
que são feitas de nelas permanecer, olvidando que tudo passa, e as lições de
vida se repetem tantas vezes quanto necessário para despertar as virtudes do
ser espiritual que somos. No olhar de paz, a verdade flui para a alma, compreende
onde está, o que faz de si e no contexto da convivência o que traz de bom.
Há os violentos, pobres almas que
se confrontam no campo intimo com angustias que não terminam, parece que se repetem
continuamente, e a única resposta daquele que se sente assim por sua
infelicidade, é ser mais áspero, mais grosseiro, mais primitivo, gerador de
outros tantos movimentos de dor e que lhe retorna para que refaça seu caminho
em outro foco. No olhar de paz vê-se o ser perdido de si mesmo como alguém que se
encontra nas lições do tempo, se necessário experimentando um templo doente,
limitado, onde vê-se sem compreender que essa condição é efeito do passado e passa.
Há os que renascem para purgar os
enganos do passado, nos que assim se determina, noutros a lei ensina que o amor
assiste, vendo o necessário simplesmente ajuda, ampara, orienta, e a
alma então adoentada expurgando pelo físico seus equívocos recebe alento,
esperança, algo que lhe indica que no futuro que se semeia agora encontrará seu
olhar de paz. Onde por essa vista, se perdoa, e como a si não basta trabalha na recuperação
da esperança em outros corações. O olhar de paz encontra então na alma devedora
os elementos fora para tratar dos valores que importam em si mesma.
Na terra, hospital escola, onde
todos de alguma enfermidade sofrem, há
uma redenção nos princípios da paz que nos foi deixada, é preciso compreende-la,
aplica-la, multiplicá-la, assim o coração em festa divisará o futuro que lhe aguarda,
não que busque prêmio já que a terra, a semeadura, é do Cristo que insiste em
cada coração... Desperta! A paz é tua, não como mero acaso ou prêmio imérito, é
uma conquista dela por pouco que tragas, mas, que esse pouco distribuas assim a redescobres em ti mesmo!
Com o olhar da paz vai poder ver
onde o amor te pede ação, e quanto mais ages por olhar que não julga, pois o mais
austero juiz te impõe justa medida, quando olhas a dor e sua causa, anotas na própria
alma que já no teu passado remoto ou recente viveste uma experiência semelhante
e o desejo mais ardente é ter esse olhar de paz porque te perdoas, e com esse sentimento envolve a alma que sofre diante de ti, já que o
eterno somente ama todo sopro de alma vivente que ele pôs no transito por um
corpo, como um templo escola, onde a colheita obrigatória surge e de igual
intensidade e quantidade os devedores do manifesto de amar seus semelhantes.
Portanto aquele que ama por empréstimo
do entendimento divino, não é maior, porem maior se torna, já que exercita algo
que o transporta de uma condição primitiva para outra em sublime esfera,
torna-se o que semeia, mesmo que as sementes sejam dadas por empréstimo e o
cuidado delas, o zelo, a atenção, ate que germinem e floresçam em outros campos
íntimos afligidos, temerosos, e que encontram assim no olhar de paz de alguém que
nunca julga, a não ser seus próprios passos em vida, e que acolhe os feridos
oferecendo a paz de um olhar sereno.
Contas de amor que vão se reunindo
porque atraem as forças mais sublimes do universo, onde o eterno tocou e deixou
um tanto de amor para ser sentido, depois doado, porque quem acha por muito ter
batido a porta, quando se abre entra, percebe quanto trabalho tem pela frente. Com
o eterno é um caminho de encontrar amor e ser esse amor onde ele esteja no
outro para ser desperto. A consciência é parâmetro ajuizado do quanto temos de
paz em nós para ser pacificação ao outro.
No olhar de paz se identifica o
sopro de si em semelhança ao outro, e que todos chegam, uns de menor esforço
apenas se atrasam um tanto, entretanto quando a misericórdia do eterno nos
alcança, e por sermos filhos dele, o que temos dele nos impele a compreender o
outro, perdoar porque se é amor divino, em paz conosco mesmo, traçando nosso
destino na escrita do livro da vida, que é aberto pelo único digno disso. O Cristo.
E ele diz dentro do nosso coração:
“nenhuma das ovelhas dadas a mim por meu pai se perderá”, um lampejo de sorriso surge em nossa face,
pois nossa divida de amor junto a humanidade é grande, e somos reconfortados
pela esperança, ela que esta no olhar do
eterno visto no brilho daquele que nos lê o livro da vida.
Olhamos para ele e ele nos
reconforta com seu olhar de paz.
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli