sexta-feira, 3 de julho de 2020

12 detalhes da vida


Chega a hora e é agora, onde estagiaremos na analise dos nossos anseios, se ilusórios, ilógicos, portanto a barrar o ser que somos ao entendimento a que viemos... Nossa história irá nos contar se assim quisermos.

Imaginemos por um instante uma tela, onde vamos assistir aos menores e maiores movimentos emotivos do nosso ser, não medindo nenhum por padrões de grandeza ou de mediocridade, embora juízes de nós mesmos, nos amaremos na intensidade necessária, olhando para essa tela como se fosse um filme antigo, onde o papel principal é nosso, mas que ao assistir nosso histórico, façamos como quem ama o ator ou a autora principal intensamente.

Quando a gente sente esse amor a nós mesmos, em um recontar as emoções mais antigas, sentimos no presente o que essas nos favoreceram para a construção do que estamos agora, nas decepções, nosso espirito ganhou experiencia que nos favorece a entender que nem tudo vai ser de acordo com nossas expectativas sim estão relacionados com nossa necessidade, e aceitamos pacificamente estas vistas de nos mesmos.

Aqueles que nos magoaram um pouco mais profundamente, avaliamos como mestres para compreender o outro em seus estágios de compreensão, por vezes, em nossas expectativas por vermos as virtudes não valorizando as manifestas imperfeiçoes de caráter, esperamos muito do outro, muito acima do que nos possa oferecer na convivência, envolvidos nesta relação somos agredidos por ações, palavras, comportamentos, marcantes para nosso psiquismo.

Ficamos assim reservando no silencio essa macula que nos fere por um tempo, sendo que, na sequencia de vida como que se apaga, deixamos entanto a marca da magoa como um pequeno espinho no inconsciente, e quanto nos ofereça a vida no transito de nossas emoções, fica um espaço em nossas energias não trabalhadas completamente, para a progressão de vida em alegrias, pois a magoa reservada nubla aquilo que em nossas emoções poderiam ter uma vivencia mais plena, necessitamos do auto perdão e oferece-lo ao outro.

Na escola, a medida que o tempo vai passando, os estágios de experimentações importantes vão se sucedendo, o mestre austero que nos instrui nos primeiros passos do conhecimento, o dia a dia da convivência com almas em semelhante posição, aprendizes que somos, continuamos depois destes primeiros movimentos de vida, como aprendizes, já que na diplomação nas diversas áreas do conhecimento, descobrimos sinceramente diante de tudo que se põe a nossa vista, que bem pouco sabemos

Amadurecemos em nossas convicções, vivenciamos um tanto um campo filosófico onde nossos pensamentos em ascese continuada alcançam pontos mais abstratos, e nossa compreensão de vida se aprimora um pouco mais, olhamos para nós como se fosse a primeira vez, e para o nosso futuro que nos parece incerto, mas sabemos que algo há além daquele momento para que alcancemos.

Reunindo então os pequenos movimentos de emoções já vividas o homem completo que quer nascer nos avisa, do tanto que nos falta. Sentimos, do tempo que pensamos curto para alcançar todos nossos íntimos objetivos, e já que em processo de aperfeiçoamento, percebemos, indagamos a nós mesmos, qual a finalidade de todo esse esforço, já que temos o discernimento que somos algo a mais que o corpo.

As vistas dos educandários místicos, religiosos, que vivenciamos no lar materno e paterno, já que as almas que nos receberam tem também em si uma construção de um histórico de vida, de escolhas, de emoções, de detalhamento dos momentos em lutas intimas contundentes, que nas suas expressões de vida nos agradam ou nos infelicitam, já que são educadores, e como tal dentro do ponto mais acima qual se encontram no próprio histórico, sentem-se responsáveis por nos conduzir pelo caminho que escolheram para si. Aí se insurge nossa rebeldia.

Neste ponto do nosso histórico, porque falamos  de nós mesmos sempre, medimos o que nos chega de fora visitando nossos íntimos valores, forjados em anteriores expressões de vida, nos sentimos no dever de nos tratar com certa independência, começa ai o processo comparativo no campo mental, de onde o outro se encontra com relação a nossa compreensão de vida.

Sintam, para que na carta que vos dedico não nos alonguemos demasiado, olhem para a tela medindo as emoções e escolhas do ator ou  atriz principal em cada ato, quando e quanto em uma sequencia de vida nossa consciência possa nos ver tal qual somos, vamos entender que existe a nossa frente um caminho de lutas e desafios continuados e que podem ser construção bela e luminosa em nossos atos  e que a feliz idade é agora e sempre .

Nesta tela que nos vemos, a vista dos detalhes do nosso passado compondo um tanto do que estamos agora, so que libertos, porque não estamos na tela, estamos em nós mesmos, sentimos nosso espirito em sua essência que é eterna, porque divina, e vemos que o tempo da escola contou escolhas que fizemos, e elas, como semeadura nossa em nós mesmos determina o que perfuma, o que alegra, o que fere ou entristece.

E tomamos graças ao eterno, posse de nos mesmos, nos aceitando, nos perdoando, nos corrigindo desde agora que mais vemos de nós mesmos, isso torna a vida em seus valores verdadeiros e profundos, algo que vale a pena na continuidade da vida, se já entendemos que ela prossegue para além do corpo que nossos espíritos animam, veremos o campo ainda virgem dentro a ser explorado, compartilhado já que não há solidão na vida, a não ser aquelas que nosso próprio arbítrio impõe.

Por hoje é isso namaste

 



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Antonio Carlos Tardivelli