quarta-feira, 8 de julho de 2020

17 Tocar um coração.


O que o coração anseia, já que unidade cheia de vida em todos os sentidos, o que predomina para que encontre satisfação e alegria e, cada um é único em intensidade vibratória. Uns detém a lucides quanto a própria existência outros a vivencia de sombrios sentimentos, o que  pode tocá-los com a intensidade certa, torna-los felizes por dividir sua feliz idade...

Diz um mestre popular, “a boca fala do que o coração está cheio”, logo penso que é necessário ter em  mim para poder tocar o sentimento do outro, reservando o direito a vida da forma que se escolha entretanto, tendo a capacitação para mostrar as próprias escolhas, a que sejam consideradas por outros corações. O nominativo disso é compartilhar.

Quanto se tenha em vida, aquela que importa, que chega ao porto da bondade e essa usa como ferramenta para compreender a própria estada, no campo dos sentimentos mais enobrecidos cuja participação de vida é oferecer ao outro, tanto quanto entenda que tenha a oferecer, sem esquecer que o outro tem o direito de escolher se quer receber tal oferecimento.

Na razão quanto se analise o desejo do bem fazer, não se pode desviar de algo que é como lei posta e mesmo que não se lhe atente ao conteúdo que envolve a todos os viventes “a cada um segundo suas obras” e estas são realizáveis no campo da intimidade, onde escolho amar sem que necessariamente impor-me como aquele que deseja ser amado. Ou ainda no pior do ego, esperar retribuição, neste desejo egoico amamos menos do que o dever inscrito na nossa essência que clama para que de nós seja feito.

Mas há os cegos que por escolha assim se fazem, bate a porta a dor do desamor, a incompreensão, a calunia, as agressividades vindas de um tempo remoto na forma de agir de semelhantes, perde-se a calma e o que deveria ser retomado como oportuna idade de reconhecimento de nossos valores no caráter, desanda com a manifestação de negatividades, a insanidade de reverberar egoísmo quando a essência diz: ama apenas ama.

Qual o faz, distante fica da indiferença, realiza a compreensão caridosa, estabelece para si algo luminoso e belo já que no despertar das qualidades de alma, inscritas na nossa essência amplia o alcance de auto pacificação, enquanto se no outro é manifesto em primitiva postura, em nosso coração a generosa bondade se expressa em serenidade.

É como elevar as mãos como fez o salvador silenciando os ventos tempestivos, que como elementos  de confusão e angustia, passam a interferir como dor a suscitar consolação, que se anuncia a fim de que as unidades atingidas revejam seus propósitos, passem a pensar, refletir, enunciar mudanças em si, se te toco o coração é porque um dia um ser celeste tocou o meu e me vi como quem se sente em privilegiada posição, depois posta a razão já que a vida segue, deixei o êxtase do momento para retirar dele o melhor ensinamento.

A vida existe além da vida física que se tem por empréstimo, existe sim um reino celestial de caminho estreito, espinhoso, vezes dolorido, para se achegar e entrar, enquanto o outro do ócio é largo e atraente, ponderando desde que me tomei por gente, escolho, ao que me fere com o espirito de intolerância, porque sei não que creio, que mais dia menos dia me será pedido o corpo que tenho por empréstimo, e o que levarei comigo serão as respostas que tenha dado, já que soube, mais que crença, na vida após a vida.

Espíritos de diversas ordens, desde o cume angélico e crístico, àqueles que por dureza em seus corações lançaram sobre mim suas maldades, de todos os que quiseram tocar meu coração, guardei seus ensinos preciosos, podemos sim, nos exercitar na bondade e tolerância todo tempo, podemos escolher as sombras em triste isolamento deste auto reconhecimento de sermos todos filhos do altíssimo.

De certo que filhos pródigos, extravagantes, mendigos mais de piedade que de outra virtude dos nossos semelhantes, sendo tocados, visto que a verdade do que somos importa; do que estamos é o que fica do lado que se vê a porta, se nela entramos e de nós realizamos descobertas felizes e não nos esquecemos da gratidão ao provedor eterno, estas luzes, as da gratidão nas almas viventes, sopro divino, toque de amor do supremo em sua obra nos mostram a vida que segue em um corpo de leveza celestial e de um sentimento de paz efetiva em nós.

Que jamais desistimos de tocar corações mesmo que a guisa do pouco que temos.

Nos diz instrutor amigo, que o pouco em um copo de água oferecido ao sedento é feito de suprema alegria ao que recebe.

Por efeito, retorna ao benfeitor que ele oferece

Gratidão...

Por hoje é isso

Namaste

 

 

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Antonio Carlos Tardivelli