Criamos utopias vezes inalcançáveis e nos isolamos egoicamente
Deixamos os amigos a margem do caminho, entanto eles são, preciosas
perolas
Ingratos não agradecemos pelos favores de vida e discernimos
que cada presente é único
Criamos assim as sombras do ego que nos envolvem sendo a luz
bem dentro que reclama.
Por vezes a felicidade bate a porta, mas as sombras espessas
impedem a vista
Sonhamos com grandiosas conquistas e ignoramos que elas iniciam
nos detalhes pequenos
Rogamos por ciência do divino em nós, quando chamados
entanto declinamos de agir disciplinados
Hoje não posso sair dos meus sonhos grandiosos, esquecendo
que o chamado passa.
E no presente que se torna passado as magoas, os enganos, as
dúvidas e medos surgem
Para esse combate as sombras interiores o poeta utiliza na
força das palavras seus anseios
De que seja amor expresso, na criação das imagens mais
felizes
Longe do porto das ilusões.
Abraça meu amor todos os seres amor ocultos no mundo
Cessa a cegueira traga a luz do dia os sentimentos mais enobrecidos
Tenha como religião a senda da verdade que liberta
O labor do amor que constrói edificações portentosas na
alma.
Que te tratem por loucura, que seja assim no verso
apaixonado pela vida
Que não devolva revolta, magoa, desalento
Seja todo oposto as sombras quais se expressam nas tristezas
Trate por ternura tua alma em seu canto
E só cante esperança enquanto a procura
Nunca fora de ti mesmo.
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Antonio Carlos Tardivelli