Vou lhes contar historia de uma alma como tantas outras dentro
de um contexto de alegria e festa! É o que gostamos- cores, musica dança e muita festa, mas não é
só de festa nossa historia.
Poesia cigana.
Dentre as flores e seus perfumes esta a alma vadiante
Segue sempre adiante como se tivesse destino
Le e faz sua própria sorte quando ama é forte
Quando odeia é fúria! Ninguém conte sua ação
Livre corre pelos campos ou corria
Porque as mentes limitadas e muita vez vazias.
Criaram cercas! Limitaram se isolaram corromperam!
Não somos poetas somos cantores na poesia somos uma só família
Trazemos a verdade que temos não fantasia!
No trato da estrada sob os pés a alma parece cantar enquanto
dança!
Há musica nos odores e cores e fazem festa a nossa passagem
Pintamos a alma alada e livre quando parte sem deixar vestígios
Porque importa que seja como o vento, esvoaçante, bela, ascendente.
Não se ouve o cantar da alma senão seu contar no som do
silencio que acalma
Ele esta em toda natureza que se renova, nunca é a mesma!
O próximo momento não conta do passado porque tudo se renova
serenamente
A folha amarela cai e seca desaparecendo a forma nunca mais
a mesma é vista
Porque então contar historia de folha seca? A alma deve ser
livre para ir e vir!
Teimosamente aprisionas o que pensas Tentas esse teu amigo
para que traga historia
Veja que memorias tens do teu passado?
Não é como se alma cigana fosse jornadeando no agora?
E não passas pela existência tendo única morada o corpo? Vez
ou outra.
Se fordes livre porque queres me aprisionar na forma?
Não canta o pássaro nos teus passeios, não te acompanho protegendo.
Não sou o voo da tua alma em canto que se assemelha a festa
interior?
Não somos amor? Porque mais?Vez ou outra então se indague o
que é verdade!
Ser livre apesar das grades? Ou nas grades do infortúnio não
se limitar no mundo!
Ser vadio no sentido de ser livre contar seu canto enquanto
canta feliz encanto
Que bom que tem palavras para todo pensamento
Ser cigano é isso luz que jamais se apaga. Alma que jamais
se cansa de ser peregrina
Não contamos historia nós a construímos agora
Então leve a quem queira ver que alma livre pensa e age além
de sua própria historia
E quando estiveres a bailar nos céus, cigano sejas alegrias
espalhes
Torne musica com tua alma em palavras adocicadas
Ao som de Castanhola conte deste amigo no abrigo da tua alma
E assim talvez um dia eu abrace no mesmo abraço que te fascina
Feito verbo de ternura a toda alma mesmo a mais vadia que se
aconchega no calor da tua alegria de viver enquanto poetisas!
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Antonio Carlos Tardivelli