quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Queria um ombro.


Queria falar do meu medo

Que não sei definir por inteiro como se algo faltasse no meu feito
Tivesse plantado joio onde a semente de trigo quisesse prosperar e  nascer
Sonhado com quimeras de mãos omissas a espera ou agindo inconsequente temeroso do castigo inclemente, mas dobrado não com medo mas com um sincero desejo de proximidade!
Tivesse tido tudo para ser bom filho, mas fui prodigo em tantos atos queria falar do meu medo de não ser aceito no retorno mas se meu amor que é pequeno durou a ti meu Deus toda vida que me deste quanto mais o teu que me amou primeiro!
Ah! Não ter mais o abraço querido que me fez assim contador de historia Não daquelas descritivas em frases montadas não sentidas mas essas que são minha própria vida meu entendimento minha razão de ser
Mas como um reter de imagem a cada letra compondo um quadro Onde o meu medo é a tinta de um movimento onde me debato. Nos acertos e erros mesmo que inocente a julgar a mim mesmo
Queria não ter medo algum, mas mesmo tendo ouvido tua doce voz como prova da vida além da vida e que não estou só esse meu medo é incompreensível a mim.
Mesmo tendo a estrada me ensinado tanto ouso esse desencanto como fosse incerto sem teto sem abrigo ao relento no frio gélido de noite muito escura
Quem não te experimenta em algum momento? Já que por certo arrependimento e por luz divisa que virá aceito. Que surja por ainda não ser perfeito o sacrifício de mim mesmo
Deixando-me totalmente ao seu cuidado como um soldado simples no aprendizado nunca jamais desistente mas apenas temoroso não do fogo eterno inclemente mas da distancia que te tenha mesmo que te trago em mim.
Destemido muitas vezes vencendo o medo ou implorando forças e discernimento. Sinto chegada a hora quando me chamas batendo a porta. Terei que ir não lamento, entretanto experimento medo porque não fui tudo o que sonhei por certo.
E por também certo ser filho amando o Pai me desconcerta frente à vida e a morte dois pontos inevitáveis, onde aflições diversas e felicidades foram sendo pautadas a vida em todos os dias em todos os seus momentos.
A vida cantada por muitos em contos festivos onde é possível um reencontro e a morte por deitar-me ao chão frio sem retorno ao mesmo espaço sendo depois por fim esquecido.
Levarei lembrança por mim mesmo ou meu medo visitara meu ultimo leito se houver ainda o medo eis que vivo já que nada existe para temer de fato porque a vida sendo um apenas ato dividido em tempos de estar no ser e ser em cada movimento medo coragem um ou outro em cada momento.
Sim sinto medo por não ver a porta que me leva daqui, mas como se soubesse não que veja ou que ouça como se estivesse inscrito em mim além do medo a verdade que liberta.
Mas deve cair a folha ressequida para que surja a mais bela flor frente a vida em arvore frondosa ofertando perfumes e belezas em suas cores e frutos.
Irei levando então esse meu medo ate que ele deixe de ter razão para ser e mesmo esquecido por todos os que amei de fato tenha em cada ato por fim a paz comigo mesmo.

Mesmo que o medo ainda seja meu companheiro.

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Antonio Carlos Tardivelli