segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Vitórias e conquistas


Existe em nós um infinito campo a ser conquista.

De certo que nossa alma se encanta diante da vida, quando tomados por íntima alegria, receptivos ao bem que deve surgir de nossa ação, isto acontece. Tratamos de nós com ternura enquanto a mesma, extensiva ao semelhante nos promove, de um tempo de angústia pela dor do outro que adiantamos a nossa, constatamos os efeitos saudáveis dos nossos sentimentos que estando em nós trouxeram este estado de maior plenitude aceitando as diretrizes internas que nos indicam o melhor caminho.


Entramos por portal de esperança, como este posto em palavras, elas reconfortam nossa alma pois a nossa vista outras serão por elas consoladas, como a imagem nos sugere, uma mão a nossa, outra oculta na mão que nos conduz, do senhor da vida, isso faz com que nossa existência valha a pena, por termos percorrido todo campo de conquistas, quais necessários itens a serem despertos, para se tornarem virtudes naturais, algumas dormentes que despertamos por livre escolha em nós mesmos.


Do ponto de origem quantificado no corpo, pois fisicamente surgimos de dois elementos microscópicos, sementes divinas retendo em si nosso espírito, para que esse tomasse a forma do seu desejo “oportunidade de vida” . Ansiamos causas nobres desde este berço, e todos descobrem em algum grau, que nossas impulsividades parecem ter vínculo com um passado antecedente ao corpo, muita emoção traduzida em sentimento, como se redescobertas em campo íntimo, vez por serem ampliadas essas potências da alma, por nossas escolhas, vezes administradas como um ourives que  ao lapidar pedra bruta mostra ao mundo a beleza oculta pré existente.


Deste ponto de partida, de uma oportunidade de vida, tratamos de conceitos no despertamento de virtudes, passando pouco a pouco por processo de auto conquista, onde a superação dos desejos mais primitivos são transpostos por determinação de nossa alma, em processo de auto conquista, e quando nos conquistamos tomando posse do leme oferecido “oportunidade”, e nos refazemos em  enganos cometidos , como que direito inato pela vida, repetindo experiencias de ser, concluímos conquistas mesmo que poucas, reservando em nosso íntimo, esperança por maiores.


Nos são dados por providente presciência, daquele que nos criou alma vivente, os arquivos precedentes  em nós mesmos, na nossa origem, determinância de progresso, que constatamos desde agora, na contagem do nosso tempo aprendemos de amar sendo em algum grau amados, e quanto mais compreendemos essa íntima necessidade de nos conquistarmos, na janela do auto amor progredindo, passamos ao estágio de estender ao outro o que sentimos, isso nos retorna sempre por efeito, e em muitos deles em nossas lembranças, mesmo que surjam lágrimas saudosas, acessamos alegrias convividas, como fossemos guerreiros em toda batalha íntima, vez motivados pela lágrima ansiando alegria, vez na bondade entendida como ação onde o bem plantado futuro auspicioso indica como um reencontro com as mesmas almas.


Ora direis, que nos diz com tua alma, ora responderei não estão os mesmos princípios na tua? Chega a hora meu amado e é agora, onde ocorre a proximidade em mesmo foco amoroso, nos amando, e nos rebuscando, descerramos a virtude por conquista anterior, que na prática quanto exista despertada, é ponto de partida para a prática mais profunda de amar amplamente, em toda nuance, em todo tempo qual nos aplicamos para em sermos “perfeitos como nosso pai celestial o é”, passamos por sentir neste amor divino, a necessidade de estarmos em algum grau oferecendo nossa vista sobre ele, em princípio, superficialmente, no contato com a oportunidade em verdade e espírito, muito mais profundamente.


Amar sempre é oportunidade de mais viver, mais compreender, mas sentir a imensidade de oportunidades que a existência nos oferece, dita por nossa alma a nós mesmo que de Deus viemos, o supremo arquiteto em seu amor nos torna em jornada aquisitiva ao discernimento que, nos presentes educa, para sermos o manifesto do seu amor, integrando-nos a ele como fosse ele se expressando por nós, isso quando alcançado por conquista perseverante, na alegria do serviço que ninguém nos pode tirar, como a paz que se cultiva como um jardim de quietude, mesmo que o mundo fora conflitante, áspero, rude, ou ainda nos sentindo como que prisioneiros no corpo que arrastamos, o que esta em nós como conquistas, nos aquieta, nos preenche de esperança, e agimos nas palavras , nos atos , nos comportamos neste porto de dentro, em ciência do altíssimo.


Não é por nós constatado que o nosso progresso é conquista, enquanto dádiva em oportunidades previdentes? E quando olhamos para nossa trajetória passada permanece em nós alguns anseios que parecem a princípio ainda no ponto de partida, quando reunimos em nossa lembrança de espirito entanto, todo trajeto, lembrando de nossos acertos quando fomos desde a paz de dentro, harmonia e pacificação, bondade vivenciada, tolerância aplicada, paciência em discernimento edificante a nós mesmos, e por nossas atitudes e exemplos, não temos agora um certo reconforto ao constatar que maiores foram os acertos frente aos nossos equívocos?


Sempre é assim o método de auto conquista, Vigiai e orai, porque quando nos sentimos vigilantes há mais acerto do que enganos, quando ao pai celestial recorrentes, sempre nos mostra as potencialidades adormecidas em nós mesmos, no campo das virtudes, em perseverança por exemplo, que despertamos por nosso arbítrio em ser ao outro tudo o que desejamos para nós mesmos, é assim meu amado, que nos dedicamos ao propósito de chegarmos próximos a ti em todas as manhãs, para que a paz em nós seja tua, e seu alcance medimos quando outras almas pela leitura das nossas juntas, identificam-se no auto encontro, do que, estando em nós também se acomoda nelas, assim lendo por nossa vista a paz que esta em nós e que esta desperta no outro para que dele seja, e dentro do que se é, sempre se oferece a vida não é mesmo?


Por agora é isso, sigamos em frente em nossas conquistas, definindo nossas vitórias para nós mesmos.


Namastê


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Antonio Carlos Tardivelli