A Quem bate: o que levas no teu alforje?
Há na vida disposições íntimas indesviáveis, a primeira é a própria existência, a princípio sentimos que não escolhemos estar aqui e agora, amadurecidos, sentimos que estamos no campo de vida por necessidade nossa, de nos confrontarmos com escolhas que fizemos e fazemos, não como seres irremissíveis quando erramos, entanto por força de lei também íntima, por vezes suplicantes por nova oportunidade para que, recobrando a consciência de nossos atos falhos, segundo essa disposição íntima, tomemos por nossa a obra em nós mesmos, é como um renascimento, deixando o velho e assumindo o novo novamente.
Sendo justos, sempre que renascemos, posta-se a razão o campo dos nossos sentimentos, e na análise do que já sentimos em presentes passados novas resoluções surgem pelo fato constatativo de que precisamos melhorar nossa vista, nossas atitudes frente a vida, nossos comportamentos inadequados, sempre justa, a consciência juiz severo, acentua a partir de força nossa a indicação de correção que nos cabe a partir de agora.
É como estivéssemos diante de uma porta e sentíssemos que devemos adentrar por ela, ao fazê-lo nos damos conta de uma série de arquivos marcados com nosso nome presente, pasmos porque nos parece à primeira vista, ser elementos em ações de outra pessoa, invariavelmente por analogia, quando realizamos lembranças recentes, anotamos erros e acertos, o que nos infelicita e envergonha e outro tanto onde fomos virtuosos, a virtude constatamos que necessitamos repetir incessantemente para que sua luz seja posta no candeeiro, e o que nos envergonha sentimos que devemos a nós mesmos corrigir, não cometer os mesmos equívocos na renovação dos presentes.
Aquele que bate para que encontre, precisa necessariamente ter sinceridade para consigo, e sincera disposição de fazer-se renascer, onde esteja necessitando, porque o campo da sombra que nossos equívocos promovem em nós mesmos, surgem diante de nós, responsabilidades diversas, onde preencher de luz ou seja, se orgulhosos e sombrios por essa causa, nos cabe preencher de modéstia e humildade como alunos de nós mesmos, aprendendo a focar em virtudes para que a luz delas nos preencham como a luminária, que de um toque despertamos, e que ilumina o cômodo todo.
Assim, em síntese, é o ensino do Cristo a todos nós, há que se ser insistente a porta do juiz que julga e sentencia, com a disciplinada constância de medirmos nossos equívocos, que estão em nós arquivados, quem bate se lhe abre afirma o divino messias, a disciplina e vontade estabelece os renascimentos em verdade e espírito, das virtudes que ainda esteja dormentes, ou ofuscadas pelas sombras dos equívocos, e quem bate normalmente pede, abra-se para mim oh portal de mim mesmo, e se aplica a permitir que nova luz se faça a partir de sua essência, que em todos é divina, pois o pai eterno nos disse a todos, seja, e aqui estamos frente a página na escrita, abrindo a porta contando nosso histórico de vida. Se te servir permita que fique. Pois teus presentes se repetem para que entres por essa porta, se bates, se bates.
Namastê
Porque aquele que tem, ainda se lhe pode acrescentar...
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Antonio Carlos Tardivelli