Minha eterna gratidão as anciãs da grande mãe, mães das almas como a minha.
O que se cultiva onde sou.
Quando na vida física diante das
asperezas houve de minha parte muita desistência, preferi rebuscar no campo das
ilusões os prazeres, a mim se aplica a parabólica expressão do Cristo quando
ele fala do filho prodigo. Tive a marca das ilusões e por elas me orientei so
que quando deixamos a experiencia corpórea nos detemos diante do juízo de nossa
consciência, nos é imposto pela naturalidade da lei, nos vermos em todos os
aspectos de penúrias ou virtudes, e qual pouca virtude desenvolvi no lastro da inteligência.
Mas não vim trazer a vocês que
tem acesso aos quadros postos em textos, das experiencias de vida que por hora
tenho permissão para oferecer-vos no seu aspecto negativo, sim do campo de
continuidade da existência, no confronto com nossas necessidades de espíritos que
clamam desde nossa essência divina.
No trato da existência que nunca
termina, o imperativo da lei, recolhi nas angustias o ensino que elas
proporcionam, fui depurando ao correr dos séculos no silencio de mim mesmo onde
somente a suplica para novo recomeço que como uma prece, nunca soube orar de
forma adequada, mas suplicar clemencia todos os que comentem os mesmos equívocos,
quando diante de suas obras, suplicam como eu.
Atendida no complexo espiritual
que ampara os suicidas foi ali que as recordações
de vida, em quadros mentais que repetia, foram sendo assistidos pelas devotas anciãs,
que nortearam meu espirito doente para ponderações seguras diante da misericórdia
divina, recolhi novamente frente aos quadros da Mãe protetora de todos nós,
Maria de Nazaré, a santificada tarefa de ser mãe e nas comparações com meus estágios
em vivencias, pobre miserável, tal longe de tal candura e firmeza de caráter.
Onde estou, no que sou, é uma
constante analise e auto enfrentamento já que a lei divina nos alcança onde estamos,
não no pedestal do orgulho que muita vez nos posicionamos, confrontando os
valores verdadeiros na rebeldia. Vamos tendo a oportunidade de períodos de
estudos continuados sobre o histórico da humanidade qual todos estamos ligados,
de tal forma que nossas manifestações de espirito, influenciam outras consciências,
tomando por entendimento lucido essa questão tão transcendente, localizamos melhor
nossa alma frente aos deveres com relação a nos mesmos.
Foi nos esclarecido que essa tarefa
é de amor em nosso depoimento por esse veiculo comunicativo, pois é preciso que
aqueles que estão prestes a sucumbir diante como eu na minha covardia, pelo suicídio,
recebam toda ajuda e amparo para que não o façam, suportem resignados os
imperativos da lei de retorno, porque as dores em vida, ou são provações solicitadas
ou resgates impostergáveis, e é imensa a quantidade de desesperados que chegam
a pôr termo a própria vida no corpo.
Ledo engano que as dores cessam,
sim nos primeiros estágios do retorno a pátria do espirito, a confusão mental,
as angustias profundas, os medos, tomam uma proporção que sem articular
palavras imploramos todos por misericórdia, o fato de estar aqui, cumprindo com
a lei de amor, oferecendo o pouco que tenho no que sou, esclarecem as dignas
anciãs que revertera em meu próprio favor, tratando-me em maior equilíbrio e auto
pacificação.
Aprendemos o valor de amar e os
beneficidos curativos que essa força interior promove, já não sofremos tanto
nos rigores de nossa consciência, apenas enquanto ditamos vamos nos recodando de
pequenos trechos de nossa trajetória e é interessante essa interação de vida já
que nosso mental produz a imagem aflitiva e ao mesmo tempo o mental do
instrumento como tem vida própria e espirito de caridade, forma nas palavras
diante do quadro de angustias, um lenitivo com palavras serenas, assim tira do
quadro da dor motivação para as expressões
de amor.
Cultivamos assim onde estou os
valores da alma em sua trajetória de retificação dos equívocos, primeiro no
nosso campo mental com ponderações e instruções dos mais sábios, no nosso caso,
das mais sabias, as anciãs, se bem que elas nos asseveram que espirito pode
escolher a forma qual se manifesta, entre nós dizem elas, há somente espíritos,
e nossa forma de nos apresentar, já que a serviço de Maria, tempos essa opção, já
que no papel de auxiliares a sublime mae junto aos suicidas, compreendemos que não
existe maior pureza que as expressões maternais de amparo e ajuda aos espíritos
sofredores.
Temos amparo sim! Melhor tivéssemos
percorrido o caminho da vida física com melhor acerto, neste caso poderíamos antes
que socorridos já estarmos na condição de socorristas, é evidente a alegria que
irradiam essas almas benfeitoras quando quanto nos amparam, é uma escola viva
de amor onde a consolação se faz presente em instruções precisas dada a continuidade
de vida, que um dia erradamente supomos que ao encerrar por próprio arbítrio a
vida física, mataríamos a nossa dor.
Em verdade se acentuam, podemos
sim contar com a misericórdia, mas penso aqui comigo nas palavras do divino
amigo, “bem aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” e
fico a pensar nos quadros futuros depois que me depurar nesta nova viagem por
um vaso novinho em folha, em mais uma experiencia de vida, vou levar como lema
para minha alma, ser misericordiosa no máximo do meu entendimento, e quiçá na
venturosa vista qual projeto meu próprio futuro possa retornar ao aconchego de
minhas instrutoras para ser uma aprendiz de socorrista.
Como nosso pai celestial é generoso.
Nos recebe concedendo o abraço em um novo vaso, para alcançarmos a ele em plena
consciência de nós mesmos.
Vaso corporal e físico
Autora espiritual
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Antonio Carlos Tardivelli