Nas manhas cheias de luz, com as forças que se renovaram após o descanso com o adormecimento, surge o espirito indagante e constata quanto mais esteja atento, o fato da renovação de forças, já que em muitas situações anteriores, a inquietação desgastante ocupou tempo demais.
Neste preencher de luzes em diversos
matizes de cores, e abundantes postas a vista, o espirito se renova em animo e
reavalia o aprendizado passado fortalecendo sua confiança no provedor de vida, já
que reconhece a grandeza da criação, em si mesmo, nestes fatores renovativos e
de certo que a esperança faz parte deste dia renascente para mais amplas realizações.
Na intimidade, reavaliamos nossos
valores com a constância de nossas necessidades de alma, nesta percepção de
almas, contamos nossos sucessos diante da vida e sem nos torturarmos ou nos
sentirmos paralisados pelo vitimismo, confiamos a Deus nossas posses, mesmo que
sintamos que tenhamos pouco, já que ele é o provedor sagrado, sacramentou no imo
de nossa alma as diretrizes dentro de um processo de auto encontro.
Um dos tesouros preciosos que
cultivamos em vida é a confiança, não a cega que toma por verdade afirmativas
irracionais com lastro no fanatismo, sim aquelas movimentadas pelo espirito de verdade
em cada um de nós, que nos aconselha, alerta, provoca revisões reflexivas dos
nossos saberes, tão importantes para com os deveres que temos para conosco na consecução
de vida.
É como se estivéssemos nas manhas
radiosas envoltos em luzes para continuar um caminho elevativo dentro das auto realizações,
nos objetivos enobrecedores que emprestamos força de vontade realizativa, e
vamos investindo como todas as nossas forças no bem, no amor, na auto pacificação,
na fé que pensa já que postas a nossa frente em auto confronto de nossos
valores, as circunstancias de vida.
Essa condição para os que ousam
estar na esperança, não como aqueles que esperam dadivas celestiais iméritas,
sim aqueles que se permitem abrir seu próprio ser, para os caminhos em sabedoria
e amor que oferece o Cristo a nosso dia a dia. Companheiro inseparável em
nossas ponderações, pois sempre recorremos a ele em nosso íntimo, quando diante
das circunstancias de vida precisamos oferecer uma resposta nossa, sincera e verdadeira,
para sermos o amigo esperado, a palavra branda edificante que transforma a
falta de fé em cura, tomando por empréstimo a cruz do outro, muita vez mais
sofrida, para que lhe dando alento justo a partir de nossas convicções o bom
animo seja restaurado.
Quanto somos deposito de esperança
o amor nos pede que a compartilhemos, já que na terra as aflições são tantas,
objeto também de nossas ponderações sobre a justiça divina, um jovem de apenas
sete anos, com câncer na laringe, de onde vem seu adoecimento? Fez ele algo que
contrarie a lei pelo uso da palavra angariando assim um tumor maligno para si? Teria
em sua inocência maldade, crueldade, maledicência? A evidente resposta se
apresenta, isentando de equívocos presentes, vem do passado, entretanto.
Como depositários em confiança na
providencia, tem nosso espirito de galgar novos patamares em justa compreensão para
os elementais de vida, de refazimento dos elementos sutis em nós mesmos, quando
nos agredimos provocando os adoecimentos, mas quando foi que essa criatura de
Deus cometeu tais desatinos, já que com sete anos apenas na atual existência? Pensaste
bem, na atual existência física! Não tem dolo, não tem equívoco, não tem
maldade, não agride a ninguém!
Portanto há que se retirar deste depositário
de confiança o raciocínio clarificado do que seja vida, não é corpo que dita o
tanto da existência do espirito! por essa verdade, substanciada na razão, já que
pensamos o provedor de vida como supremo em todos os sentidos, a justa medida
sempre surge ao discernir sobre tudo o que ocorre na jornada espiritual, por
vezes precisamos passar por auto resgates de nós mesmos, no produto que
estabelecemos quando de nossos equívocos. De mau uso que fizermos das oportunidades
o resgate é justo até porque restabelece a saúde do espirito quando verte pelo corpo
físico as negatividades acumuladas.
Assim se dá no processo de auto construção
intima, vamos somando nas oportunidades de vida, com nossas escolhas mais
elementais o contorno espiritual que oferece a vista a elevação ou penúria, na elevação
a sustentação para as necessárias aquisições no exercício de amar que se nos impõe
a lei de amor, a penúria por resgates necessários já que as ovelhas do aprisco
do Cristo nenhuma delas se perderá, é assim que é o perfeito amor.
Não fosse assim, Jesus não tomaria
um corpo vindo a nossa misérrima condição de compreensão para nos trazer esclarecimentos
quanto aos nossos deveres com relação a nós mesmos.
Sejamos assim aqueles que trazem
confiança edificando a esperança aos corações.
Pois a vinda do cordeiro é
exatamente para essa edificação nos corações de todos nós.
Se o seguimos, somos ele para os
que ombreiam conosco nos mesmos propósitos santificados de vida.
Fique minha paz
Autor espiritual