domingo, 9 de agosto de 2020

39 Antes surdos, ouvimos.

 

Ensurdecidos em primitivos estágios de consciência com a ruidosa e frequente repetição de crenças, adorações de ídolos, sugeridos  e criados por nossa imaginativa insistência, era um quadro existencial dolorido e constante, onde o que imperava era o domínio dos fortes, os fortes tinham acesso a informação pela violência, tomando para si o arbítrio do que convinha disseminar entre seus semelhantes.

Quanto falassem os profetas do eterno, tidos como loucos e mortos ou ignorados, depois vem a escolha individualizada, que mesmo em escravidão a alma não se acha cativa, o pensar sempre é livre, o despertar da consciência não carece de grandes mestres pois o sopro divino já instrumentalizou as individualidades. Neste ponto se escolhe estar alheio ao que vem do espirito, muito mais pelo sustento do dia, a grande preocupação é essa.

Se olhássemos como agora olhamos um tanto do histórico da humanidade sentiríamos nas duas abordagens acima um sentimento de compaixão profundo, não se vê saída e quando oferecida como foi com o emissário Moisés, é ouvida entretanto se lhe acrescenta tantos ritos que se perdem em meio aos acrescentamentos os princípios, ele escreve na pedra para que dure e possa ser lido, mas não acontece a adoração perfeita, já que não ouvem o que vem para a alma que dá vida ao corpo.

O tempo corre e com supremo amor o condutor de vida estabelece  por sua vontade a tempo justo, que seu filho, Jesus, viria a trazer em sua fala a glorificar os profetas antes dele e a trazer nela ( sua fala) as leis divinas encerradas em parábolas, ao nosso sentir que ouvimos um tanto outras esferas, a dos necessitados como a vista dos primitivos estágios acima, campo de trabalho a nós necessitados dele,  e as dos instrutores que coordenam nossa atividade no aprisco do Cristo abrimos os ouvidos de ouvir o mais sagrado.

Tomamos isso como pontos reflexivos para o estagio presente da humanidade, já que é provada mais uma vez coletivamente, e para quem ouve com a alma, o perfeito amor do eterno, educa, instrui, instrumentaliza, ampara, logo os conceitos expostos dos estágios humanos para vossa conta e progressiva reflexão reata pela razão o fio que falta a consciência individualizada. Que o amor supremo oferece os presentes de vida, cabe aos sopros do eterno em sua jornada ascensiva buscar realizar em si o que está inscrito, e ler o livro de própria elaboração é tarefa individualizada e será lida e relida até que se fixe na consciência seus deveres.

A alma recebe as palavras divinas através do messias e este demonstra exemplificando a verdade que é vida, quem o ouve propaga suas predicas como fosse seguidor atento, e a medida que realiza essa tarefa, seus ouvidos como faculdade de alma  adormecida desperta, sai do torpor do templo corpo e estagia passo a passo a perceber os ensinos mais elevados ao concurso de sua vontade e perseverança apoiada por emissários generosos. Não é admitido no reino dos céus os ociosos, os adúlteros, os violentos e cruéis, os déspotas, os orgulhosos, egoístas, porque essas situações temporárias ensurdecem o espirito.

Ensurdecidos promovemos em grau primitivos os maiores desatinos, já que no estagio presente, depois de Moisés e do Cristo, há que se concluir que se faz tardio o movimento coletivo nos estágios elevativos do bem realizado e a esse acodem emissários generosos compondo com o espirito de verdade uma plêiade de condutores junto a Jesus da humanidade em seu proposito redentor.

Mas sintam, ouçam com a alma, ou seja, abertos para o novo com base nos ensinos que nos foram trazidos pelo Cristo, o reino dos céus ainda se encontra com as portas abertas as almas que operarem a auto restauração, na observação das leis eternas. A do amor divino que eleva oportuniza as almas o tempo em um corpo, onde a elevação ou seu inicio pode ser concretizada, pela liberdade de escolha posta, tem barreiras, impeditivas, para aqueles que ainda cuidam de laborar no egoísmo.

Ouvidos de ouvir podemos clarificar que se relaciona com a faculdade da alma desperta, a ouvir e propagar o que recebe das esferas superiores do pensamento, o que não lhes faculta privilegio, pode ser empréstimo ou conquista, depois deste se bem, realizada a tarefa de intermediação, afinal quando abraçamos a propagação das predicas do cordeiro vamos no vagar das horas do esforço meritório, fixando em nós as virtudes que pela lei de progresso estabelecem o renovado patamar de consciência, alcançamos assim nossa redenção.

Ouvimos com mais ciência o que o amor supremo de nós espera, e como filhos submissos a sua vontade, mesmo as vagas tempestuosas nos labores em um corpo não desacomodam a certeza de nos encontrarmos sempre amparados, antes surdos agora ouvimos...

Assim é, graça e luz

Namaste

 

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Antonio Carlos Tardivelli