Em nosso caminhar tateante, nas angustias,
nas provas nas lutas incessantes, encontramos dualidades quais por pensar e
sentir mais entendemos, por vezes fechamos os olhos não querendo ver da vida
quanta vida ela traz, cismados, temerosos, mesmo que distantes ainda da
plenitude, queremos entender o porque da dor que ainda experimentamos no mundo,
por ter tantas cores e belezas poderia ser só de encantos mas não!
A dualidade aqui, é ver e não ver.
Ser cego afirmando que vê, ter cegueira física, porém com capacidade de se
utilizar de outras belezas da alma vivente. Ouvidos de ouvir e sentir nos
elementos que chegam a sua percepção, alcançando verdade profundas, enfim ter
olhos para ver, entretanto, o fascínio pelo ter não permite que se entenda a
beleza da vida, que passa e se leva os valores despertos pela coragem e
perseverança que são qualidades na alma.
Antes do Cristo, tínhamos um tipo
de cegueira a qual trouxe cura, uma vez curados já que chegamos a esse desejo, vemos
com mais profundidade o que estamos, os deveres para conosco se tornam maiores,
haja vista que podemos afirmar que o discernir entre os elementos íntimos e por
vezes conflitantes em nós mesmos, é a vista que pode levar a transformação, a
deixar o velho homem carcomido por conceitos equivocados elevando ao novo,
renascente, que se torna grandioso em suas obras.
A grande obra posta a criatura,
embora ainda de visão limitada e pouca compreensão, esta relacionada com sua essência,
esse despertar romperá limites fixados pelo ego, pense no cego quando inicia a
ver, o que há para ser visto, sem as projeções do seu imaginário, necessita
permanecer vigilante quando a vista de si mesmo compreenda os seus deveres já que
vê portanto entende o que lhe impõe as leis divinas.
O desistente diz a si que é muito
difícil, o operoso inicia a jornada nova aceitando transformar-se, procura ver
na sua intimidade o que precisa ser ajustado, logo, antes era cego agora vê o
que há para ser visto, esta a um passo de despertar neste processo, aquele que
é discípulo do Cristo reconhece sua vista embaçada e entra na batalha em si
mesmo, para poder se achegar ao condutor da humanidade e dizer que quer ver,
como disse a ele o cego Bartimeu, e verá é certo, por rumo de verdade que
liberta e traz a pacificação a si na terra.
O mundo novo para os mansos,
visto que modificaram suas condições intimas mais primitivas e avançaram na vista
de si, para compor junto com outros sopros divinos, uma dimensão vibracional
que pacificando, entrando no campo da esperança com fundamentos não em expressões
ocultas, sim com clareza, traz a vista uma comunidade de pessoas que adotam a
auto pacificação e a utilização do necessário ao seu progresso, traz um grau de
vibração em si que eleva sua condição junto com aqueles que lhe dividem os deveres
indesviáveis.
As palavras detém seu
significado, as energias que elas despertam é o objetivo principal desta obra, aquele
que vê é responsável por aquilo que traz, pois entende um tanto a mais do que
aquele que é cego, portanto, suas responsabilidades e deveres são distintos, que
não se fixe a ideia de que diante de um monte bem alto sejam dispensadas as
habilidades para a escalada, nem que será de um instante chegar a gloria máxima
do cume deste monte. Serão necessárias três regras básicas já formuladas
anteriormente, disciplina, disciplina, disciplina.
Assim o que vê a necessidade da
mansuetude para que seja efetivada a terra para os mansos e pacíficos, há que
entender com visão clarificada pela verdade não por utopias plasmadas no campo
das ilusões, que dita que não precisaremos de nenhuma disposição de esforço
individualizado para chegar a esse objetivo, basta ver com clareza que os
mansos estão neste estão de alma frente a situações de vida onde essa qualidade
são expressadas objetivamente.
Assim para atingir uma posição em
participação nesta herança na terra, há que ocorrer na vista de si mesmo o
desenvolver das virtudes necessárias para compor a esfera vibracional posta,
logo se vês a ti mesmo com verdade e avalias que tua manifestação é nesta direção
de mansuetude, persevere neste estagio para alcançar outras minucias em teu
campo espiritual, pois do primeiro passo, seja a mansuetude, decorrem a
temperança na compreensão da brandura, estabelecendo uma linha de ação no
correr das oportunidades vindas.
Veja alma querida, Paulo depois
que cegou-se no contato com a luz do
cristo não tomou de um salto a condição
daquele que era cego e passou a ver, foi lhe dado entrar em damasco ser curado
por aquele que perseguia e depois manter a fé em toda sua trajetória encontrando
o homem novo ativo na consciência de seus deveres junto a humanidade.
Ser manso portanto é um dos
patamares para as almas cristificadas, é apenas um dos itens do sopro divino
com as mais amplas possibilidades de trabalho para sua própria redenção, vejam
os que quiserem ver, o feito do Cristo foi mostrar o caminho, o feito dos
eleitos para a nova Jerusalém é ir na direção deste objetivo, ou seja, caminhar
pela indicação de Jesus o cristo, os ociosos em si mesmos não entrarão no reino
dos céus.
Assim nós que antes éramos cegos,
chegando ao Cristo suplicamos ver, agora que vemos o que nos cabe frente a
vida?
Por hoje é isso
Graça e luz
Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli