Tenho em mim.
De toda crença a essência da lei que é eterna porque tudo
vem daquele que me envia.
Nada em mim de crendices tolas e se as tenho por vista
limitada expurgo
Quanto mais de mim eu tente mais delas me distancio até que não
mais as leve
Tenho em mim a tolerância e a intolerância.
Tolero muita vez quem não pensa na mesma linha
Sou intolerante com quem em diferente estagio se me agrida
com imposições hipócritas.
Tudo que não quero a mim não ofereço ao outro, e sou
vigilante nos meus atos,
Tenho em mim que vezes sem conta já me enganei e colhi
frutos amargos
Por outro lado eles me ensinam o caminho não da culpa mais
da reparação por redimir-me
Não atribuo ao outro o que me cabe e não desvio das minhas
responsabilidades
Se chorar por razão que não entenda as lagrimas não me
surpreende na compreensão que são perfeitamente justas.
Tenho para mim o Incriado me oferecendo a cada presente
porto seguro onde me encontro.
Não sem antes ter que atravessar corajosamente e vencer as
vagas ruidosas das minhas imperfeições.
Tenho ainda que a vitória é certa como se a antevisse por
fim, por meio de mais ser útil enquanto seja.
E por mim tenho apreço por amar-me tanto quanto amo ao outro
e a Deus sobre tudo que sempre seja assim.
E por certo que deixarei esse mundo de inconstâncias intimas
e desacertos, para outro mais pleno em mim mesmo, não antes de passar pelo
forno provativo e nas colheitas meritórias.
Felicidade então tenho pra mim que é viver cada momento
questionando sim as razões de Deus para que eu exista e assim encontre nas
repostas dele a mim mesmo em mim.
Porque por justa vista Ele me quer aqui e agora a traçar na
prosa o que dele sinto, vejo, entendo e espalhando por amor que sinto em mim
que é divino, entrego de graça como por graça tenho recebido.
Se queres receber é outra historia, a tua.
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Antonio Carlos Tardivelli