sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

A travessia.


Atravessando a rua.

No campo sentem-se as flores sem precisar olhar para elas
E se lhe dá as cores da imaginação quando se lhe sente os perfumes.
Na cidade o ruidoso movimento das almas se nos toca os pensamentos
Quando sem olhar para elas se lhes percebem os encantos e os desenganos.
É como transitar por caminhos onde a percepção se abre sem que olhos necessitem ver
E por força de ser no corpo o que esta fora recebe-se impressões
Como uma travessia de nós para nós mesmos no que tem no outro de maneira semelhante
Ai esse caminhar vezes inseguro na incompreensão que julga sem compreender
Condena e vezes nem olha, imagina uma pena e a aplica em processo de isolamento
Essa travessia tortuosa da divisa entre a lucides e o devaneio traz o abismo da solidão!
Imaginamos na travessia de um para outro lado que nada nos atingirá mas já estamos dentro
Quando julgamos sem amar tratamos por pena interna estado de demência
Porque reclama a consciência da travessia da luz para as sombras sofre sem saber porque
E enquanto reclama se não houver movimentação de saída ou de busca de compreensão sadia
a dor se faz presente a sombra traz confusão o discernimento se embaça e pobre alma da luz a sombra na autopunição fez-se então.
Parece pouco um viver sem compreender ou sem buscar na lucides sentir seu ser sem olhar, apenas a sentir os odores e se fétidos porque se encontra nos charcos internos e se os perfumes são outros que da alma exalam, ah felicidade na travessia como uma viagem breve de um ponto a outro de chegada como um  retorno a si mesmo plenamente vivo.
Há claro quem sinta e julgue que o tempo do perfume que clareia a alma é efêmero e só dura pelo no curso da travessia nas ai ao ver-se e sentir-se do outro lado já que tenha atravessado o que leva na bagagem? Mãos vazias coração pesado sentimento confuso desorientado se não foi lucido amor enquanto na travessia.
Ah sim, se bem compreendes não falo se não da vida.
Do ponto de partida, mas não ao ponto de chegada já que ela é eterna estrada para a alma.
Conto historia de alguém que foi e continua sendo, fui poeta como tuas mãos, via as imagens sentia os perfumes fiz a travessia mais fui rude, me deixei um tanto nas sombras mas para ver a luz de um dia, tratou-me a consciência juiz mais justo do feito de ir de um ponto a outro( minha consciência).
Com gosto entanto a misericórdia acolhe as lagrimas e os peditórios mesmo que mudos sem saber pedir e suplicantes sem que haja som de suplica apenas os pensamentos tentando lembrar perfumes, cores das flores, imagens fugidias de um tempo que se fez distante, e das musas pobres flores despetaladas em minha jornada fria, insensível alma que me fiz quando podia trazer o perfume da esperança para qual tinha vindo.
Renascido agora nesta travessia de um ponto a outro por essa ponte de luz que se faz neste lugar humildemente suplico preces para minha alma sofrida.
E guiçá possa amar de novo hei! Dizem que já estou no amor que bom! Que bom!
Estou vivo! Estou vivo!
Imensamente grato me despeço e entendi mais lucido o que é deixar perfumes.
Atravessar a rua, falar de amor sendo o próprio amor que cura.











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Antonio Carlos Tardivelli