Já que almas eternas, algumas contas trazemos para acertos
Outras tantas para reparar erros uma e outra para seguir em
frente.
De certo que a vida parece um conto onde se soma encanto e
desencanto
Mas vida é que se leva para além do tempo que se sente agora
É como um repetir de presentes insistentemente
Onde criamos e recriamos laços cada vez mais verdadeiros e
presentes
Onde um que fala outra escuta depois manifesta o seu
sentimento
Seja raivoso ou amoroso um e outro leva a seguir em frente
Como! diz que amor e ódio conduzem sempre?
Não é o que se sente é o que se trata com teu sentimento
Explico sim! É um
momento atrás do outro refazendo laços acertos e enganos
E no refazimento do amor que seja pouco, existe o anseio de
torna-lo imenso?
Que não caiba dentro do peito por isso se estende prazeroso
ao outro
E que esteja em sombra no ódio que é menos amor do que o amor deseja
Não torna ele dor despertando o desejo de ser amor para não ter
dor?
E quando se torna pacificando restaurando redimindo-se não
cega a vista a luz que reluz?
Então não pares no menos amor que tenhas e seja ele sempre
que ele deseja
Então tuas contas mais antigas serão soma do amor que
deixaste na vida
E ela será recordada em fatos da construção do ser desperto
Paras as contas que embelezam enquanto encantam
E as contas do encanto que tragas por amor que sejas serão
contas diamantadas
E quão mais a lapide tornando-a translucida, transparente,
onde te vejam como tu és
E tu a ti mesmo como te sentes e realizas tuas contas no
divino tempo de viver
Veras por certo que estais lucrando somando tesouro eterno
no tanto do amor que estejas
Ao que não sinta, descrevas, ao que não compreende
expliques, ao chora consoles ao que não tem esperança ela então seja.
E por ser vista de momento no somar da contas que embelezem
Reluzam da tua alma como luminárias somadas com todos os
tons de cores
Então branca se torne e outras como contas de amor
infindo contagies
E no infinito tempo olhes todo tempo e se sinta livre, leve,
solto.
Porque te fez a ti
mesmo somando amor.
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Antonio Carlos Tardivelli