A vida futura no que seja presente.
Se terceiro poeta fosse e contasse um conto no verso entretendo
tua alma
Por certo afirmaria, a vida prossegue, não importa a dor que
sinta.
Ou se traga por trato de fé que raciocine, um jeito sereno
de ser
Porque o universo diante da percepção, sendo infinito,
O pai de todos creio,
pensou a vida mais do que a penso sinto ou vejo.
Mas onde repousará meu espirito, onde encontrará consolo? Força
coragem?
As vezes não sei se as tenho porque me falta o chão e sem ele a
vida perde um pouco sua cor.
Mas não que eu não seja auto amor, penso, sinto o que penso,
repenso o sentimento.
Como se medida certa houvesse para o amar, é assim e assado,
e pronto.
Se eu amo e me diz ter me amado ai o que fica do futuro por
certo?
Um laço da palavra forte que amar seja dizer que o sente? Ou se pede ter o
que esteja ausente?
E o ter passa a ser amar? Ah sei não, sei não. Parece muito
pouco para o futuro incerto
Mas a vida futura que esta a espera se o vazio aguardasse e
o nada houvesse
Calada a dor, nada sentiria, mas não seria premio para quem
odeia, agride, violenta?
Eu apenas conto com futuro incerto, se acordar amanha te
conto mais um conto em prosa e verso.
Se aqui não estiver veja bem, se me leva dentro, estarei
presente no amor que sintas.
Se não, por mais poema que minha alma tente, na vida futura se
estiver ausente
Nem se lembrarão do meu verso e prosa
Nem da cor da rosa que tentei pintar, nem do seja amar, porque
se perde o que se pensa ter
E só se leva os tesouros que se reserva num terno e sereno
amor capaz de ser renuncia.
Que por ser eterno, não precisa de juras, de palavras, só de
sentimento.
Norte do futuro, se amor pudesse, trataria o verso como
perola divina e a ti meu verso então seria.
E se amor fosse contrariando a posse diria que é teu o tempo
do penso e sinto
Se não bastar só isso, é tudo...
Nada mais tenho.
Antonio Carlos Tardivelli
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