Panaceia
Como lenitivo por vezes versando
O que minha alma sente conta
Cura-se a solidão só a da pagina?
Que se expõe pura para ser corrompida!
Já que tem assim por feito ou efeito
Cura do ponto em que me preenche
Porque outras almas não podem a minha oferecer sua vista?
O que só no silencio, no não contestar, submissa completa se me
recebe.
Se me cobra é austera se o faz me cura da inercia
Nada faz que não me anime mesmo na dor que me lancine atua e
cura
Faz do momento joia preciosa que feitio de rosa se junta aos
espinhos
E quando toca com seu suave perfume ninguém os nota
E só fere quando não entende a rosa, ela se oferece como cura.
Não se pode colher-lhe a beleza! Só admirar sentir deixar-se
perfumar!
Em sua panaceia de cores e odores a vida oferece a alma a
mesma diretiva
Se lhe se nota somente os espinhos deixa-se ferir
profundamente.
Se a calma entanto acompanha como pétala da mais pura luz da
alma cura é escola
Que ensina nos rudimentos da escrita que a alma quando canta
também chora!
Eis-me aqui a contar historia porque se vive uma vez de um
lado e outro da existência
E essa cor maravilhosa da pétala da vida que por hora se
abre a alma mais aflita!
Creiam-me por hora, a vida continua vida afora no limites do
infinito amor de Deus.
Ou podes supor alma doentia que em sua rude estrada cercada
de belezas tantas
Pudesse a mente divina ter feito tanto por nada? Para se
perder como a flor que cai a terra!
Ou pensar o ser pensante! Mais belo que as flores divinais
dos lírios que enfeitam o campo.
Já não voz disse a sublime luz dos céus, O Cristo, que sois
muito mais que as flores do campo?
Assim, que seja esta fala, dos céus onde me encontro,
perfumando com minha alma outra alma que me ouve o canto.
Seja cura na hora da amarga desventura porque a esperança é luz
divina oculta no perfume das flores mais belas.
Que a alma encanta quando dela se conta, dos luminares
celestiais da consciência liberta!
Onde por ventura do próprio amor recebe a incumbência do
espirito de Verdade que diz.
Vai a terra lenitivo de esperança trata as almas criança com
a certeza da beleza que elas retém em si. E se lhes desperte por ventura a
vista que vos trago, panaceia que cura vossa alma se desalentada.
Eis-me aqui, espirito de amor porque é por amor que me
achego a ti alma que lê a minha alma. Como fossemos a rosa e seu perfume.
Espirito de Caridade.
(panaceia= s.f Medicamento cujas propriedades podem curar todos os males.
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Antonio Carlos Tardivelli