quarta-feira, 11 de março de 2015

O primeiro 2

O mestre dos mestres.
Quando se debatia a humanidade em seu primitivesco estagio, escravizava-se tanto o corpo quanto a alma, ao corpo impondo condições cruéis e a alma que ansiava alimentar-se na provisão divina deixava-se numa espécie de alienação e ela então se debatia.
Quando do alto surge a radiosa estrela da manhã, ainda rejeitada por muitos, buscam-na sem saber que ela se encontra como se disposta acima da terra irradiando amor balsamizando curando.
Seus ensinos claros, coerentes, de mais nada se necessitaria para uma condição mais feliz, entretanto as escolhas continuam a ferir, se deixar ferir, se deixar guiar por guias cegos que andam a beira do abismo da incompreensão da cegueira da cobiça dos bens passageiros. Sem ver a luz por inteiro.
Eis que ainda reclama a chama divina no ser, a sede de espiritualidade que enche os templos e sequiosos buscam alento, mas ainda assim não veem que o divino enviado já lhes trouxe das paragens angelicais todos os meios para se alcançar desde que seja perseverante e constante a busca desta luz que para desperta-la há que se sair de si e volta a si num processo de reconhecer-se.
Quando dita em celebre momento de bem aventuranças, liga o eterno dentro com todas suas necessidades, mas qual há de transformar-se sem que passe pelo forno provativo? Não haveria justiça ou equânime pesar se a medida usada fosse dar mais que o roteiro para que a criatura saiba dentro o que busca fora de si mesma?.
  Humildade, Mansuetude, consolação, justiça, misericórdia, pureza de coração, pacificadores.
Quantos mais elementos a angelitude necessita se essa alcançar? Se deste celeste momento onde o Cristo trouxe das paragens mais sublimes o caminho que ele é a verdade que nele esta e a vida que ele demonstra por seu verbo, que pode ser encontrada onde ela se oculta, mas não fora de ti mesmo.
A construção do que possa ser chamado de reino celeste esta onde pois estiver o anjo que as bem aventuranças vivencie, não é bem aventurado o humilde de coração como primeira condição para aspirar a segunda, não se torna manso diante das múltiplas agressividades transportando para além de si mesmo a mais pura verdade?
E se contagia com sua humildade  e mansuetude não consola a desventurada alma que nas vertentes destas três virtudes angélicas encontra justa medida de amizade verdadeira, de não alguém acima, mas alguém que caminha junto a si como o espirito de verdade que não nos deixa a sós nas provas?
E por ser humilde, manso, consolador, não agira com justiça sempre? Em todos os detalhes de sua própria existência e também com relação a si mesmo, sem auto punir-se mas sempre se auto amando despertando as potencias adormecidas de sua alma. Não se torna pois misericórdia com os companheiros de jornada a mando do Mestre? E se usa para com seus semelhantes não encontra em si a pureza de alma para pacificar outras almas e a sua própria?
Pois é por esse caminho de provas e expiações, onde a justiça divina atua em todos os corações que aqueles que seguem o divino enviado, tomando para si o justo fardo das ações presentes e outras do passado, colhem em si o despertamento para o novo mundo que se avizinha.
Não estou senão a vos repetir com outras palavras o mesmo ensinamento.
E Incriado gerou a Criatura a essa dispôs no universo em inúmeras moradas para uma jornada infinita de crescimento e elevação, não seremos o Incriado, mas somos manifesto de sua divina vontade onde quer que levemos o reino celeste que  trouxermos dentro dado por ele a todos os seu filhos não nos disse o  Cristo quando disse que o Pai é nosso?
Que a paz vos cubra o melhor discernimento, porque disse o divino enviado quando seus primeiros seguidores disseram que em seu nome estavam expulsando demônios e curando, ele então se manifesta, pois todos envia para missões bem certas.

Ele é o caminho a verdade e a vida. Nós lhes repetimos. Dele também viemos e estamos a seu mando repetindo seu chamado.

"vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados e aflitos pois eu vos aliviarei"


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Antonio Carlos Tardivelli