sábado, 28 de março de 2015

A primeira letra do alfabeto


A que poderia ser de qualquer palavra
Mas a primeira que nos vem a mente é amor
Talvez porque seja algo de que todos têm necessidade
Ou a gente queira tanto sentir quando se sente um  vazio dentro
Um lugar para ser ocupado de calor humano, nem precisa ser divino.
Apenas humano. Compreensivo. Tolerante. Que aceita limitações que todos temos.
Mas é joia rara em sua plenitude, quem sente, sente quem procura encontra?
A primeira letra deveria ser abertura para o novo não para posse
Ate porque quem ama apenas ama não precisa de uma razão para sentir
Não precisa ter para ser só sentir que ama e ponto.
Deixa de ser apenas uma letra para ser um mundo que se renova
Deixa de ser solidão para ser parada obrigatória de sentimento
Aflora espontâneo sem que lhe peça abrigo
Abriga sem que lhe peça alento
Agrada sem que lhe solicite agrado
Apenas entrega sem esperar resposta
Porque quem realmente ama reconhece o valor desta joia
Que antes de ser pensada é sentida e quando sentida simplesmente doa
O que presença pode no que na ausência sinta porque amar é assim
Algo que transcende a vida porque se for por uma vida só seria pouco.
E já que é eterno que não sofras por sentir porque se sofrer será tudo menos amor
Já que amor felicita a alma, preenche de paz e calma, transporta para fora o que se leva dentro.
E se por algum movimento de prova não tiver junto a si o motivo de sua querência
Saiba que um dia porque no amor todas as almas se misturam viverás no teu amor tua suprema ventura.

Porque amar se da se oferece mesmo que pareça loucura. 
Coisa de demente para quem não entende que amar é vida.

Antonio Carlos Tardivelli

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