Deveria ser de sorriso uma vez que o desejo
Mas sai agua na ardência do coração brotando nos olhos
Ai a fala do que arde como chama reclama e sai no verso
Parece que dói sem doer, choro sem chorar, conto sem contar
Passa a ser verso de todo sonho quando no templo a vida
passa
E ai o que se foi não volta e o que volta às vezes na ardência
fica.
A querer a alegria, mas ela é fugidia, então o poeta
agradece a vida.
Porque sem que a vida tivesse não sonharia verso em todo sonho.
E o sonho que parece utopia algo que não pode ser nem será
Se perde em pequenos versos vezes sem o menor nexo
A não ser para o poeta que a ardência sente.
De certo que se belo toda musa desejaria que a ela fosse por
efeito
Por certo, todavia que só sonho por quimeras.
Porque o verdadeiro
sonho desvaneceu-se como a neblina mais
densa.
E ao olhar em volta lá estava o verde, as flores,as nuvens, o sol e a
vida.
A voz de dentro então dizia silenciosa, não deixe a ardência mandar.
Apenas viva. Apenas sinta. Apenas seja.
Antonio Carlos Tardivelli
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