sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O primeiro dos dez.

A felicidade é como a flor.
Que o toque áspero da indiferença torna a terra o que era belo
Entretanto por ser dinâmica da vida sempre volta a quem a busca
Laço de ternura, conto de ventura, torna tudo alegria, reflorescer.
Já que feliz cidade seja o tempo e lugar onde nos contemos
Porque chamamos de vida se vida temos.
São as pétalas que o discernimento encontra em si mesmo
Para oferecer de forma generosa não somente a quem chora
Porque felicidade é flor que por sua beleza encanta. Quem a veja, quem a sinta.
Para além da vida de onde trago um dos dez contos de reis
Pois a moeda do meu tempo era essa, tinha escravidão, tinha fogueira inquisitiva
Pavor da própria vida, temor do inferno que se fazia como premio a quem?
Pobres almas desconhecidas que a misericórdia não encontrava tempo de assistir?
Ah mas passado ao lado onde felicidade pode ser flor de eterna vida
Compor em versos o que vista não vê tem nas limitações da palavra empecilho.
Posto que a felicidade como flor eterna seja luz do Incriado distribuindo compaixão
E a luz de velas com pena rude trouxe o que pude para aliviar as almas.
Dizem que o inferno existe, pois sim, existe em quem mata a flor da esperança não fora.
No que diz que não há salvação nem perdão nem misericórdia!
Só um padre eterno a ver as almas do inferno gemendo eternamente.
Queridas almas ainda na terra do desespero, os jardins dos céus para os eleitos
é estar com a  pena a contar das flores do infinito bem
Não das dores passageiras por mais indulto que uma encarnação tenha
Elas se repetirão ate para os espíritos desterrados, pois a verdadeira flor de beleza e luz nos disse: Que nenhuma das ovelhas se perderia.
Isso nos anima mesmo que num existir em outra dimensão, porque quando aqui cheguei só encontrei as dores que trouxe na bagagem.
A forma incerta de compor no verso, o medo que pus no coração de alguém.
Como matasse a flor delicada, cálice de fina luz que ao toque da ignorância se quebrava.
Quebrantado frente às imagens que pleiteei como mais acertadas pelo verso
vi-me obrigado a voltar às carteiras do primário para entender a vida que na vida temos.
Passageiros em viagem pela nau que singra o espaço eis que o Cristo vos enlaça Nada temam!
Quando muito pesado for o fardo busquem-no como um divino amigo e condutor
E se vos disser e dirá, recomeces, pois estarei contigo onde estiveres.
A felicidade em flor despertara de novo do vosso ser em festa.
Porque a palavra dele dirigida a ti te faz renascer das cinzas e vês por certo renovada aurora.
E se ao perder-se em mundo primitivo fores retomar vosso caminho
Um dia por paz da flor reluziras como a mais bela aurora
Eis vosso verdadeiro destino.
Ser luz, ser novamente flor, ter de todas as cores os tons da beleza extremada.
A alma quebrantada ao divino pensamento que então diretamente vos conduzirá
Dizendo a todos, façamos festa, pois esse filho estava perdido e retornou.

Paz e luz


Humberto de Campos

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Antonio Carlos Tardivelli