quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A felicidade


É algo que dura um instante se for verdadeira luz recorda-se por eternidade.
É mais que ter o ser é oferecer estar.
Nem sempre aceita, raramente retribuída intensamente, porque o mundo é feitio de egos.
De ter posse! De ser posse de alguém, não de amar alguém.
Mas o que o poeta pode falar do amor já que o sentimento já foi sublimado.
E não tenho posse senão de mim mesmo e das decepções, enganos que cometo.
Nem sempre entendo porque dure apenas enquanto chama. O que por ser felicidade deveria ser eterno.
Mas se abandonar o sonho de ser poeta então a vida termina então com amor ou sem.
Por muito tempo de lutas sem trincheiras ao céu aberto
Talvez tenha desaprendido a ser feliz ou nunca o tenha sido completamente
A não ser  no verso que o sentimento sente e diz que seja urgente ser amado mais que amar ate
Porque sentir o passar da vida sem que se tenha sido possuído por esse sentimento
Mesmo que na felicidade de um momento. O poeta nem nasceu. Se pensa morreu.
Claro que os meus amigos espirituais que me inspiram ou ditam coisas diferentes, mais profundas , mais eloquentes, mais verdadeiras, sublimes querências do amor mais sublimado.
Perdoem-me, mas estou ainda encarnado.
E fico coisado com esse misto de ser do céu ou ser na terra da terra do céu.
E quando fico como nau sem rumo no meu verso e reverso parece doido?
Ah que não tem um pouco pelo menos de lucides e loucura.
Mas dizem que o amor nasce pra morrer como a delicadeza da flor mais bela.
Só ficando na lembrança o que sentiu, se for amor permanece se for paixão se cura e desaparece.
Então ficar coisado na tristeza pra que? Ela como todas as demais negatividades da infeliz viagem confinada nesta prosa desaparece por certo no próximo verso ou prosa que o poeta tente.
Quanto amor eu sinta ainda que sonho que amor se tenha mais se empenha o poeta a definir essa loucura, pura, ser o ter ou será que ter é ser?
Ou será apenas poesia, aparência de sentimento. Frieza. Como o deitar no ultimo dia. Morrer.
Depois da alegria fiquei nostálgico eu acho e como poeta tento no verso
O que esteja agora coisado seguirei vida a fora
Que ninguém me entenda em minha loucura saiba que minha lucides é de lucides mais pura.
E um verdadeiro amor eu sinto por toda humanidade.
E porque não pela minha? Se agora o que imortalizo é vida


Antonio  Carlos Tardivelli

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