Por ser assim.
Um gosto de ser um pouco ternura reconforto
Depois o verso toma corpo, brada, grita me consome no
silencio.
Não há mais nada que não seja a silenciosa pagina
E gota a gota vai dizendo a mim Oh minha alma para onde vais?
Já que o trabalho aqui termina, e o que fica além deste
silencio que te consome?.
Virão outras noites e dias diz a pagina para meu olhar que
segue a letra.
E destes te consumirás em um pouco de ternura e reconforto
Por não teres maculado por nada o teu caminho, foste verdade
sempre.
Então neste misto de ser eu, ser eu a pagina, ser eu o verso?.
Traga diz a voz do mestre interno
Tudo o que tenhas e por tua missão que seja reconforto.
O ego do verso é rude
e indaga, mas e eu quando terei um ombro onde possa repousar?
Ah como se risse o mestre diz, afinal procuras
repouso ou trabalho?
Ternura como fato não é o que se tem mas o que se oferece ocultamente.
Ali uma alma geme e teu verso pode ser lenitivo, acolá alguém
busca a luz.
E toda ternura que o verso traz em si desperta o que já havia
ocultamente no outro.
Ser é uma redescoberta de estar onde a mente divina nos
situe
E o caminho áspero desta lida não traz despertamento a tua
alma ?
Não te responde a pagina quando choras, o tempo passa! Toda desilusão
é fugidia!
Mas a alegria de ter dado o melhor de ti no verso que
deveria ser seu.
Encontramos nossa alegria por termos elegido o amor
verdadeiro como vida.
E tornado verso e prosa cada movimento da vida.
Assim, por tua escolha que ela seja, canal de ternura mesmo que não tua.
Porque invadindo a alma de quem procura e vendo espelhada
sua própria figura
O verso empresta vida noutras vidas e assim tua missão divina
se cumpre.
Sois o verso vivo dos teus sonhos mais antigos, não se toma
vida, vida se doa.
E quando nas alturas ou nos abismos pesares toda loucura
Dirás a tua alma. Descansa agora querida, mas não muito.
Pois por ser ternura um dos tons do arco íris precisas
atingir o branco
Reunindo em tua alma por amar ser tanto, que a ti mesmo seja
felicidade
A Verdade que entregues em todos os tons de cores.
Sejas pois poema de ternura, conto de ventura e mesmo que
seja um caminho solitário.
Tu a pagina e nós teus amigos.
De todos os poetas redivivos. Onde eu possa ser um.
Antonio Carlos Tardivelli.
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