Quando do serviço meritório quem serve é instrumento beneficente, entanto sente os efeitos na própria alma que é o baú de seus tesouros, acessa sutil riqueza todo tempo vez que jamais a perde só lhe acrescenta, mais a dar compartilhando, visto que a lei divina define ao que recebe na proporção da sua doação, o imperativo da lei eterna de causa e efeito é traduzida na ação, vezes que redime a alma de anteriores equívocos, como se a divindade quisesse próximos todos os seus filhos, para mais entesourar no seu eterno amor.
A parte da compreensão primitiva, parece-nos que a obra em nós é nossa não do divino, mas quando se conclui suas sublimes diretivas, no servir se acolhe o divino amor e o é eternidade afora, a obra do autor divino pressupõe verdades que o primitivismo não alcança, a não ser que de tal forma se dedique na constância para entender, o que está e o que ainda pode, na vida que se conta tempo, para depois diante da misericórdia, perceber que a morte é uma das ilusões que se tem em receios muitas vezes profundos, e nos quais a alma se aprisiona se o quiser, porque a porta para a libertação está a vista de todos, os que queiram ver na verdade do que são.
Um filho renascente matura a compreensão dos pais que o recebem, há inconstâncias em sua jornada, porém é uma alma mais antiga do que sua conta pode mensurar, a princípio pode sentir que sabe mais do que aqueles que o recebem e cuidam, entanto estes estão no caminho do servir ao senhor da vida, acolhendo muita vez espíritos necessitados de amparo caridoso, sem ansiar ganhos, servem ao criador com seu entendimento de ser, visto que o filho ou filha que lhe são concedidos por empréstimo, o amor se afigura como posse norteando seus melhores sentimentos, é onde inimigos juntados refazem no caminho redimitivo, por justa vista quando se compreende que a morte não existindo, o que se soma se leva como bagagem para o momento seguinte, como se tivéssemos em nós uma bolsa de valores em ganhos e boletos a serem resgatados.
Por certo que muitos ainda pensarão que são delírios, onde nos deixamos aprisionar ao campo dos enganos discernitivos, entanto quando e quanto se encontre um equívoco, é sentido na bagagem que se leva e é forçoso entender o que a lei define, no "a cada um segundo suas obras", que o que levamos nos torna responsáveis para a revisão constante dos valores espirituais que detemos em nós, um destes valores é a consciência de ser o que de melhor tenha em seu alforje, se bem medidas as circunstâncias de vida, pela vista de que ela se eterniza enquanto espírito, a atenção certamente se volta para as devidas correções que cabem a cada filho do eterno.
O violino tocado pelo talento expressivo, leva ao êxtase os dotados de espírito e estes, como são autores das riquezas ou penúrias que levam em seus alforjes, sabendo-se instrumentalizados pelo templo escola corpo, de concepção divina e por concessão, formando pais e filhos, despertam as qualidades de alma, a inteligencia analitica de si mesmos e, instruídos pela percepção de seu espírito, se dedicam a tocar as cordas dos momentos com cada vez mais maestria, trabalhando assim no serviço, a cada alma, por determinação das leis divinas.
Assim por condescência do pai eterno, um corpo físico e outro celestial segundo Paulo, tangível de tal forma que bem podem ser percebidos, anjos descidos vibracionalmente a serem sentidos, uns na carne em generosa oferta de tudo o que levam em seus alforjes, outros que lhe sejam receptivos, compreendendo a necessidade do trato íntimo, para que acessem a justa compreensão do eterno em sua obra, fora e dentro deles mesmos por justa vista, claro que neste ponto uma necessária abstração, onde o pensamento alcance mais além do que o tiquetaquear do relógio contando tempo, distante da concedência de privilégios, todos trazem as condições íntimas de acesso.
Portanto se o alforge carente de conteúdo a lei do trabalho lhe acrescenta ganhos expressivos, quando apreende necessidade ao próprio espírito, recebe a compreensão de que a vida é´composta de um contínuo fluxo, onde ciclos de aprendizados se repetem nas oportunidades oferecidas, para que o ser de forma individual e intransferível, se enriqueça nos valores que importam, que podem levar para além da existência física, não mais por questão de crença em doutrinas, sim por aceitação do que é por fato, um músico de procedência divina a aprender tocar harmoniosas equações de ser no estar, e despertar êxtases, em si por sua concedente inteligência, permeada de esforço discernitivo onde por seu arbítrio encontra oportunas oportunidades de aprimoramentos.
Assim a grande questão na intenção da escrita, é que avaliemos o que levamos no nosso alforge, podemos dita-lo com uma única palavra que todos de forma igualitária tem desde seu princípio: A consciência, e por ela agem no meio escola onde estejam, pois nas alturas celestiais assim como no rastejo levando o corpo pesado pelas angústias no tempo, há que se escolher o melhor manifesto do amor pelo serviço oferecido, meio que nos eleva do ponto mais primitivo ao angélico estágio de ser, o próprio amor em espírito e verdade.
namastê
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Antonio Carlos Tardivelli