sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

O perdão como resposta


                "  Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados e aflitos e eu vos aliviarei"

O que na natureza humana pode ter de divino conceito é a ação de perdoar as ofensas, as dívidas, aquilo que por displicência ou indiferença dirigem a nós agressividades, incompreensão em diversos matizes, chega um ponto de nossa trajetória entretanto, que devemos mais que perdoar, amar, mesmo que seja  a princípio pensando que nosso amor se dirige ao outro.

Tendo o perdão aos ofensores delimitado numericamente como indica o mestre dos mestres, setenta vezes sete vezes, ou seja 490 vezes a mesma falta, principiamos no objetivo de nosso trajeto ascensivo no amor ao nosso semelhante e por via de lei de retorno a nós mesmos em igual proporção, só que, quem ama verdadeiramente amplia os horizontes deste sentimento que é lei gerada pelo divino pensamento, não do nosso, somos aprendizes, sim da inteligência suprema que nos fez seres pensantes.

No sentimento de agora, a auto avaliação de como  entendemos e estendemos nossa capacidade de amar, se bem que o ego se apresenta ainda forte, limitando o entendimento do que amar seja, entretanto, esse ponto que é divino toque em nós do criador, é o princípio motor que nos movimenta do ponto que estamos, mesmo que ainda muito vinculados ao instinto. Evoluindo no prisma de amar em todos os seus matizes, entendemos o alcance das limitações impostas, a nosso bem, para que o exercício nos torne possuidores da mais ampla capacitação de amar.

Em verdade o perdão é o instrumento que toca amar em vida, quanto mais aprimoramos em semelhança ao que toca um instrumento musical, mais a harmonia de amar se expande de nós para o outro e como reação do amor em nós mesmos seguindo a diretiva trina, de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, passa a ser conquista de estar  mais tempo a proximidade consciente de Deus criador que nos direciona ao melhor esforço, tratando-nos nas situações de vida em aprendizados desde os rudimentos de amar até a sublimação de amar.

Na matemática divina que amar implica, quantos de nós não fomos perdoados pelo supremo amor muitas vezes, tanto que nos oportuniza em muitos presentes no corpo e fora dele no exercitamento desta condição essencial para que o espírito de verdade que vive em nós se manifeste como instrumento divino, no lar, no trabalho, na vida em sociedade, que não termina no túmulo, este é o umbral que passamos para  a continuidade da existência no exato ponto que nos colocamos em conquistas e perdas.

A nosso bem o senhor da vida permite-nos repetir muitas vezes a mesma lição, aqui entramos em campo de crença a muitos, de descrença a semelhante número de almas, quanto mais próximos do instinto primitivo mais distantes da mais perfeita compreensão de vida que temos, no que somos e nós fazemos, se bons filhos do divino provedor da vida, iremos em busca da compreensão de sua vontade em relação a nós mesmos e vamos delimitando no campo de nossa convivência o entrelaçamento de idéias e ideais, somando fraternidade e nunca separatividade de nós aos objetivos divinos a todos.

Em que se baseiam nossas considerações de agora, em termos de crença ou de saber que o  que se crê é inspiro do espírito de verdade, certos estamos de que nossa união de pensamentos tem ampla autorização divina, não fosse o intercâmbio interminável entre as criaturas, o descobridor da energia elétrica apenas iluminaria o cômodo habitado por ele,  chegando, entretanto por ser movido por necessidade de amar mais amplamente, compartilhou a que outros se beneficiassem do mesmo fato, a energia já existia criada por Deus, sua utilização foi permitida a inteligência criada por ele, para que se movimentasse progressivamente, a outros campos de compreensão de si e do outro.

Os parágrafos parabólicos, só compreendem os que buscam a transcendentalidade da existência, o físico é apenas um estágio, limitado o espírito em suas posses divinas, diviniza-se nas ações cotidianas, chegando ao aspecto de amar 490 vezes , compreendendo por vista de próprio histórico existencial, que também foi objeto de perdão pelo perfeito amor do pai, que a nosso ver, quer ver o mesmo manifesto divino em suas criaturas,  umas para com as outras, a um nível de acerto e não mais erro, compreendendo o alcance transformativo de amar em si e como contribuição ao coletivo.

Assim o objeto de ponderação nossa de hoje, está para a resposta individualizada como oportunidade realizativa, “a cada um segundo suas obras”, nos assevera o condutor divino, então diante de nós no aqui e agora a oportunidade de servir, se queres receber, pense nesta contextualização como comum a vossa existência, porque em verdade e espírito isso nos indica o espírito de verdade que está atuante em nós, e nós somos um no amor divino visto que libertos pela verdade que buscamos.

O que está no um está por ser descoberto no nós, no que escreve, no que dita, no que lê

É assim a transcendência de amar, porque amar só aceita o que seja amor também 490 vezes sete vezes setenta. assim deveria ser a medida referencial do nosso amor depois de mais de dois mil anos de manifesto do perfeito amar do Cristo.


Pax e lux


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Antonio Carlos Tardivelli