Quando sentimos que estamos diante de uma obra, dependente de nossa ação continuada, a princípio pensamos que somos os benfeitores de alguém, antes mesmo de mudarmos pelos efeitos de possível educandário a nós mesmos, já que tudo o que temos é o que somos, e do ponto que agora estamos o que nos tornamos por essa ação do educar o nosso discernimento, de certo que a obra é primeiramente a nosso próprio benefício já que todo trabalho por ser ação tem consequente reação.
Por esse parágrafo introdutório, dimensionando o estado passageiro que nos encontramos nas diversas áreas de nossa existência, pensar, analisar, equacionando o que temos como passageiros deste tempo educativo e por outra o lado da continuidade da existência, suas implicações de acordo com nossas escolhas, nas situações diversas de vida.
No lado espiritualizante, quais nas obras nos inserimos, engatinhando no entendimento dos propósitos da existência, reunimos possibilidades atuativas, onde nosso discernimento de educando se assemelha a um caminho realizativo, de comum acordo com nossos semelhantes, em mesma busca natural, desde o ponto de origem, pelo impulsionamento desta vista de nós mesmos, onde o vibracional do criador, ponto de nossa origem, como princípios inteligentes ligados a matéria vai nos impulsionando gradativamente.
O conhecimento nos leva a sermos contribuintes aqueles que chegam até nós dividindo anseios, congregamos em mesmos ideais, e os nobres tratam nossa alma como que autores de nós mesmos, estabelecendo pela lei da causa e efeito, realizações comuns, e outras individuais em nós mesmos, na sequência das disposições de espírito, realizamos junto com o outro programa realizativo, que pensando nosso, muitas vezes desenvolvemos apegos, no entanto, pensando desde o ponto de origem, o que temos é o que somos, e o somos, no que tratando nossa alma nos tornamos, mais lúcidos ou ignorantes que alguém há de chegar junto a nós na continuidade de obra que abraçamos.
Por análise comparativa ligamos as obras realizadas a nós mesmos em esfera de abstração, que ela terá continuidade se nos permitimos na liberdade de escolha, reconhecer no nosso semelhante uma espécie de continuador colocando ao mesmo quadro realizativo suas noções existenciais, seus parâmetros de compreensão da obra realizativa, pensando assim, damos nossa contribuição e por efeito de continuidade o outro oferece do ponto do seu discernimento a sua, assim, toda obra posta diante do amor divino, é contributiva, nunca somente nossa, mas podemos nós outros sermos por justiça os beneficiários e benfeitores.
Na transmissão dos conhecimentos doutrinários que elevam o espírito humano, no outro, por efeito de nossa ação no compartilhamento, a extinção da ignorância dentro da oferta generosa que podemos ter como ação, o efeito é preparatório ao outro onde este considere o que recebe, acrescentando seu esforço discernitivo, e dando continuidade, pois outros há por necessidade íntima, de crer, de saber, de reconhecer-se como obra de uma inteligência suprema, que coloca as inteligências supremadas, no contato uma com as outras para um processo de comum aprendizado.
Ora se no campo realizativo religioso, vendo o seu desenvolvimento progressivo, devamos nos sentir contribuintes, não de posse dos efeitos da obra, detendo-nos como apenas nossa, convidamos nosso ego para que seja prisão asfixiante, angustiosa, porque em determinando movimento existencial de natural evolução, outro se achega a ela, para a continuidade contributiva, sendo como nós o fomos beneficiados no seu princípio, benfeitores em seu prosseguimento, e na nuance oferecida pelo amor, reconhecemos que o outro, assim como nós mesmos, renascidos pelo princípio natural da vida, como que seguimos em frente ascensivamente, deixando no rastro de luz de nosso amor, oportunidade que o outro se realize na mesma obra, que é divina desde seu princípio, antes que fosse participativa a nós outros.
Assim amados que já estejam amadurecidos o suficiente para compreender a nós outros, nossa parte é essa, pensar, meditar, compreender um tanto deixando gravado para posteriores pensadores de si mesmos, o referencial que estamos, na analogia comparativa em nossos espíritos, vamos observando o que já temos, o que nos vamos tornando, nosso nível de comprometimento junto ao amor divino, autor de toda obra inclusive de todos os espíritos postos à ligação com o corpo, intermediário de nossa ação como espíritos na sagrada obra que o amor supremo incita ao nosso supremado,
Honra, glória, louvor ao nosso criador, a parte dele é o que somos, a parte nossa é o que fazemos de nós mesmos, nas oportunidades oferecidas, a completude é estar nele para que se alcance, a limitação é nos distanciarmos de suas leis auto aplicáveis, nos equivocando, sem medirmos enganos cometidos, onde postos à prova, para nos tornarmos espíritos melhores a cada passo dado, pura obra divina em nós mesmos
namastê
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Antonio Carlos Tardivelli