A brevidade.
Da vida que parece instante quanto
passa
Olhando a ela o muito que não se
fez e queria fosse diferente
Não se volta a mesma ação ou inação,
se recolhe os efeitos!
Descobrimos cedo ou tarde que essa
lição nos diz respeito.
Por brevidade menor ainda, quanto
se saiba ou se credite na imortalidade
Não do corpo isso é fato, é o instrumento
do breve instante do espirito na carne
Por mais que longa que seja sua
estada, chega o momento da partida, como foi o de chegada
Volta pra casa! Crentes ou não na
sua imortalidade de alma, levando sua bagagem imediata
Caráter, quanto o tenha cultivado,
ética quanto a tenha aplicado entre outros tantos labores preciosos
É sempre um investimento futuro o
presente dado, a consciência dele é o diferencial em alegria ou arrependimento.
Os que aproveitam o pouco, quanto não
mais farão em auto realizações
Quando diante de si em sua
imortalidade de alma, e quão serão doloridos os ais da inercia
Da irresponsabilidade, do egoísmo que
quer a si somente, no trânsito dos presentes recebidos
Fica nosso passado assim disposto,
como olhássemos por uma janela medindo nossos feitos
O quadro que vemos são as ações que
nossa consciência avalia acerto e erro recolhendo os efeitos
No tanto em um como em no outro, pouco
acerto, as rogativas por misericórdia ao eterno
Pois a miséria também é cultivo e
é preciso muitos esforços para ser totalmente indiferente a si mesmo
E a riqueza enobrecida pelo desprendimento
volta-se em seus efeitos tomando de paz interna
Maior lucides de um e outro nas avaliações
dos presentes recebidos, e o plantio que realizou neles.
Tudo isso em ambiente onde se
sinta alegria ou por nos constatarmos deficientes, inquietações presentes
Não posso mudar o que já foi
feito? A chance de vida termina com o desligamento do corpo?
Ah minha alma, continuara a
questionar meu ser, será que posso vencer nesta batalha?
Ora, o que nos deu a mortalha também
fez a vida experimentada e as duas vigiam nossa estada
Aguardando cada uma sua hora, o
que fica na terra é o pó da composição do corpo
O que parte, ser pensante que
avalia cada instante, seus acertos e enganos é o sobrevivente!
Aquele que suplicara ao universo
nova chance, novo instante, um recomeço
Tanto nas ações do amor se foi pouco,
quanto nos enganos se foram muitos
Um e outro necessita do trato,
para que seja conquista lucida de uma via favorecendo seu prosseguimento feliz
Porque felicidade a nós é um lago
de águas cristalinas, onde mais e mais colocamos nossas vivencias sem turvá-la
Haveremos um dia de abandonar o
lamaçal das impropriedades em religião verdadeira?
e neste religare com que base
reiniciaremos nosso histórico, querendo transformar-nos?
Ou na quietude dos presentes
recolhidos egoisticamente esperando que os céus nos concedam ganhos iméritos?
Torna-se indesviável permitir que
o anjo traga seu manifesto de ternura educando a vista futura
Vigilância e autoria do amor mais
profundo que por efeito traga paz e quietude interna
Para os próximos
deveres “pois a quem muito foi dado muito será pedido”
O quanto tens a
ti mesmo é a medida justa, ao vosso discernimento a indagar-se
Na brevidade em
um corpo ou na imortalidade de tua alma.
Conceda-te
entender o que trazemos, já estás plenamente instrumentalizado a isso.
Por hoje é isso
Irmã caridade. Namaste
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Antonio Carlos Tardivelli